“O jornal O Estado de S.Paulo publica amanhã (domingo) reportagem de Diego Escosteguy que revela saques acima de R$ 100 mil no Banco Rural feitos diretamente ou por meio de empresas ligadas aos deputados Armando Monteiro (PTB-PE), João Lyra (PL-AL), Remi Trinta (PL-AL), Tatico (PTB-DF), Ênio Tatico (PTB-GO), Átila Lira (PSDB-PI) e Nice Lobão (PFL-MA), além dos senadores Edison Lobão (PFL-MA) e Teotônio Vilela Filho (PSDB-AL). O dinheiro das retiradas saiu de contas pessoais dos parlamentares ou de empresas relacionadas a eles. Enquadradas pela lei como transações com indícios de lavagem de dinheiro, as operações foram comunicadas pelo Rural ao Banco Central no decorrer dos últimos três anos. Esses dados, assim como todos os comunicados de transações suspeitas enviadas pelo Rural ao BC, estão sob investigação do Ministério Público Federal”.
”A devassa começou por determinação do procurador-Geral da República, Antonio Fernando de Souza, depois que as investigações do mensalão mostraram a conivência do Rural com os saques e operações do valerioduto. Nos comunicados das retiradas na conta da agência SMPB, por exemplo, o banco deixou de informar ao BC a identidade dos sacadores - mesmo sabendo quais eram. Com base em documentos apreendidos em agências do Rural pela Polícia Federal, os procuradores já descobriram que o banco também foi omisso no caso de transações suspeitas de outros políticos e grandes empresas. Na lista dos supostamente protegidos pelo banco, consta uma penca de políticos estaduais. As investigações mostram que o valerioduto é só a ponta do iceberg das conexões políticas do Rural”.
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