31 maio, 2007

BNDES

Esta semana fui a uma loja de pneus e fiquei surpreso ao ver um cartaz que fazia referência a um financiamento de pneus pelo BNDES.

Fui saber do que se tratava e descobri que o banco está com uma linha de crédito para aquisição de pneus agricolas e para ônibus. Achei muito interessante.

30 maio, 2007

Mangabeira: uma mente brilhante

Depois de passar anos ofendendo o Lula, Roberto Mangabeira Unger decidiu participar do governo, na Secretaria de Ações de Longo Prazo, a famosa "Sealopra-Mangabeira".
Enlouquecidos, seus seguidores alardearam o movimento: "Mijou, paga dez, Mangabeira!!!"
Dito isto, dez dias depois de ter aceito o convite, o gênio de Harvard entrou com uma ação contra a Brasil Telecom, controlada pelos fundos de pensão das estatais.
Os interlocutores do governo ficaram enlouquecidos, não querem que ele tome posse.
Lula, por sua vez, não quer o dito cujo, entretanto, também não quer chatear seu vice, que indicou a "mala sem alça"!
Alguns pensam em articular sua desistência, a tal mijada às avessas - parte II.
Fica a reflexão:
Num primeiro momento, Mangabeira conseguiu atrair diversos setores da esquerda coca cola, revolucionários de orkut, tradição família e propriedade, união bumba-meu-boi, entre outros. Tempos depois, mandou um "esqueçam o que eu escrevi", deixando esta turma louca da vida!
Então, resolveu mudar de time: retratou-se, apoiou Lula no segundo turno; em seguida, apagou todas as críticas que havia em seu site, relacionadas ao governo.
Agora, quando ia assumir a Secretaria Tabajara de Ações blá blá blá, dá uma dessa...
Olha que momento bom para iniciarmos o movimento:
Lula, chuta a bunda do Mangabeira!!!

Uso de celular em prisão



A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara aprovou no dia 24 de maio substitutivo do deputado Paulo Teixeira (PT-SP) ao Projeto de Lei 7024/06, do ex-deputado Alberto Fraga, que modifica o Código Penal, restringe e pune o uso indevido de aparelhos de comunicação em presídios. O substitutivo criminaliza os atos de "ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada de aparelho telefônico de comunicação móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em estabelecimento prisional". A pena prevista para quem desrespeitar a regra é de três meses a um ano de detenção.

Fabio "Grão": a vida como ela é


Quando fui candidato a vereador, em 2004, o Grão me ajudou muito. Não há campanha política em que o stress não seja absurdo.
Já muito cansado, Grão chamou o Thiaguinho para auxiliá-lo nas panfletagens - apelidado por Grão de "Gigante", Thiaguinho está à direita de Grão, na foto.
Sucede que numa manhã de campanha, Grão e Gigante sairam colocar banners pela cidade. Naquela oportunidade, iam à casa de Totó, grande amigo meu, morador da Vila Progresso. "Seo" Antonio, pai do Totó, recepcionou a dupla.
Quando para subir no muro, Grão, fora de forma, devido a seu problema crônico com obesidade, tropeçou duas vezes. Tirando risos "canto de boca" de "Totó-Pai", que não o conhecia. Foi quando teve a magnífica idéia de pôr o Gigante em cima do muro.
"Seo" Antonio, perplexo com a cena, aos 71 anos, relatou-me indignado o dia em que alguém, com estatura normal, fizera "pézinho" para que o Gigante subisse.
Fala que é mentira, Grão!!!!!!!!!!!!!!!!

Uma dia frio

Muito frio, hoje.

Frio como o coração de Renan Calheiros.

Como o frio na barriga de Aécio Neves ao saber que seu principal assessor é um dos investigados pela operação navalha.

Um péssimo dia para um tombo na praça.

29 maio, 2007

Ainda sobre pisos e pizzas

O Prefeito Vitor Lippi anunciou que vai aplicar um produto químico no piso da região central da cidade para melhorar a aderência. A área a ser atingida é de aproximidamente 40.000 metros quadrados. O custo: algo em torno de R$ 100.000,00 - que será pago por nós.

A pergunta que não quer calar: se a aplicação do produto químico é necessária e a Prefeitura reconhece que o piso causa acidentes, não é o caso do responsável pela obra pagar pelo prejuízo?

Você na mira do Serra





Olá amigos, eu apareci.

Deixa eu explicar o motivo da minha ausência no blog:

Atendendo aos apelos de Reinaldo e Alexandre Proença (Zé Dirceu), entusiastas do software livre, instalei o Linux no meu computador no lugar do Windows, o sistema é bem bacana e parece muito mais seguro que o da Microsoft.

No entanto, sou usuário do Speedy e a Telefônica colocou uma série de barreiras aos clientes que pretendem substituir o software proprietário pelo livre, o que somado a minha ignorância em assuntos de informática, fez com que ficasse duas semana sem internet.

Mas hoje o Reinaldo prometeu configurar o meu PC e espero voltar ao mundo virtual logo amanhã.

Outra Beleza, poesia de Felix Ventura


Minha beleza não é perfeita,
nem é pouca, nem muito exata.
Tem cara de gente amanhecendo,
correndo pelo sustento.


Minha beleza inspira, expira,
por vezes perde a validade
prestando contas à verdade do espelho.
Vejo não ser aquilo que vejo.
Minha beleza escorre dos dedos
segredos não ditos aos olhos nús,
Quisera eu uma cruz mais bela
que aquela que carrego escondida.

Minha beleza foi de sacola à feira
e nada comprou, roubaram-lhe a carteira.
Voltou faminta, fazia tempo não comia,
roubou lá uns farelos para não cair em anemia.

Minha beleza, outra beleza,
passou por baixo da catraca,
sentou-se à janela do ônibus,
conformou-se com o trânsito, adormeceu.
Que isto sirva de motivação a vocês, amigos: Amaral, Fabio, Reinaldo e Adailton!!!
Sincero abraço!!!

28 maio, 2007

Ramon Szermeta, Secretário Estadual de Juventude do PT, esteve em Sorocaba.
O evento ocorreu no Centro Acadêmico da Fadi, contou com a presença de representantes do Centro Acadêmico Onze de Agosto (São Paulo), Centro Acadêmico Miguel Realle (Salto) , Centro Acadêmico Rubino de Oliveira (Sorocaba), professores universitários e demais jovens.






Ontem foi aniversário do Reinaldo, colaborador do blog!

Levianamente, escondeu de todos!

Reinaldo é o maior intelectual da esquerda sorocabana.

E o mais importante: é meu amigo apesar de me conhecer!

Parabéns, Professor!!!


Todo apoio

Programação Cultural da ocupação à Reitoria da Usp:
28 de maio - 14:30h
Yann Moulier-Boutang (Universidade de Compiegne - França)
"Economia da Propriedade Intelectual"
29 de maio - 19h
Marcos Barbosa de Oliveira (Filosofia da Educação - FE USP)
"Conhecimento e mercadoria: sobre a mercantilização da Universidade"
30 de maio - 19h
Isabel Loureiro (Filosofia - FFC UNESP Campus de Marília)
"Rosa Luxemburgo e os movimentos sociais contemporâneos: o caso do MST"
31 de maio - 19h
Lúcio Flávio Rodrigues de Almeida (Política - FCS PUC-SP e revista Lutas Sociais)
"Nacionalismo e antimperialismo"
1º de junho - 19h
Olgária Matos (Filosofia - FFLCH USP)
"A educação: philia e sociabilidade"
Local: Auditório da Reitoria
Com esta programação, também penso em fixar residência lá na Reitoria!!!
"Blog mantido por alunos de graduação e pós-graduação em ciências sociais (FFLCH), direito (SanFran), economia (FEA), economia (ESALQ), engenharia (Poli), letras (FFLCH), nutrição (FSP) e quí­mica (São Carlos). A USP não é petista. Eles são apenas mais barulhentos e têm apoio partidário."
Frase utilizada no blog Tucanusp: tucanos da USP

Certa vez, assistia ao jogo Palmeiras e Noroeste (de Bauru), na residência de Fabio Diebe (ao centro), mais conhecido como Fabio "Grão", figura marcante do Jd. Paulistano, ou "Paulistano Garden", segundo ele.
Sedento em saber o mandante do jogo, indagou:
- O jogo é em Noroeste?

23 maio, 2007

Ainda sobre a navalha

O Blog do Noblat divulgou uma conversa bastante esclarecedora entre Zuleido Veras, dono da empreiteira Gautama e o jornalista Cláudio Humberto.

Zuleido Veras liga para o jornalista Cláudio Humberto em 7 de julho de 2006 para agradecer a publicação de uma nota em sua coluna que o favorece.

Zuleido: Cláudio?

Humberto: É.

Zuleido: Parabéns, tá?

Humberto: Ficou bom?

Zuleido: Muito bom.

Humberto: Você não imagina a choradeira, viu?

Zuleido: Foi (risos).

Humberto: Rapaz, mas foi pela madrugada.

Zuleido: A hora que bateu na internet, foi?

Humberto: Foi. Rapaz, a coisa é mais grave. O cara tá lá comprando ministros, foi expulso de uma sala. Eu dei a coisa mais amena possível.

Zuleido: Aquela frase final foi terrível.

Humberto: É bom porque constrange, né?

Zuleido: Tá bom, meu amigo. Parabéns, obrigado.

Humberto: Às suas ordens, viu?"


Cláudio Humberto, O jornalista e porta-voz do governo Fernando Collor, escreve uma coluna para 36 jornais de 25 Estados, que totalizam mais três milhões de exemplares. Tem um blog com acesso médio mensal, em 2006, foi de 3,5 milhões de visitantes únicos.

A relação pecaminosa de empreiteiros e políticos não é exclusiva. Também atinge grande parte da imprensa e do judiciário.

Como já disse na postagem anterior, é urgente a criação de uma "Lei Geral das Propinas" para disciplinar a roubalheira.

Além dos 10% para os políticos, também é bom reservar algum para as "verbas publicitárias".

A navalha de Occam

A "Operação Navalha" nos faz lembrar outra navalha, mais antiga e de melhor fama: "A Navalha de Occam"

É um princípio lógico atribuído a William de Ockham (século XIV) e que hoje em dia se enuncia: "se há várias explicações igualmente válidas para um facto, então devemos escolher a mais simples".


A explicação mais simples é: todos roubam. Como o que há para ser roubado é limitado, é urgente uma legislação para disciplinar a roubalheira.

Uma "Lei Geral das Propinas".

Cada obra realizada terá seu valor acrescido em 10% em favor dos governantes que a concluiu, com participação menor para os parlamentares que "agilizaram" o projeto.

Pronto. Disciplina-se a matéria e está resolvido o problema.

Sobre pisos e pizzas

O governo Lippi conseguiu impedir que uma CEI (Comissão Especial de Investigação) fosse criada na Câmara de Vereadores para investigar a famigerada pesquisa que contratou para "melhor definir o planejamento estratégico do município".

Na verdade, era uma peça eleitoreira, para reunir informações úteis ao planejamento da campanha da reeleição dele. Com a nossa grana.

Para registro: apenas os vereadores do PT votaram pela criação do CEI. Os demais preferiram empurrar a sujeira para debaixo do tapete.

Curioso como no Congresso Nacional a postura dos tucanos e demos é outra.

Assim como os vereadores escorregaram em sua obrigação de fiscalizar o prefeito, o povo escorregou à vontade na praça central. Aquilo já causava acidentes diários com o tempo bom. Agora, com as chuvas, é um festival.

Hoje, a TV TEM fazia uma matéria sobre as "quedas", entrevistando transeuntes, quando uma senhora passou ao lado e... TOMBO!

Há pessoas que se feriram com gravidade e várias entraram com ações contra o poder público municipal, exigindo indenizações. Que nós pagaremos.

O mais incrível é conseguiram laudos garantindo que o piso era seguro. Portanto, inseguro é o povo, que cai sem razão, contrariando os laudos.

Pizza Pizza Pizza.

21 maio, 2007

Sobre a Operação Navalha, em poucos versos, Chico Buarque explica:
Homenagem ao malandro (refrão)

Agora já não é normal
O que dá de malandro regular, profissional
Malandro com aparato de malandro oficial
Malandro candidato a malandro federal
Malandro com retrato na coluna social
Malandro com contrato, com gravata e capital
Que nunca se dá mal

O cheiro da merda

A operação "Navalha", da Polícia Federal, já levou dezenas de empresários e políticos à cadeia, acusados de corrupção na construção de obras públicas.

É improvável que eles permaneçam encarcerados durante muito tempo.

O pior caso é o do Ministro Silas Rondeau, ligado a Sarney e Renan. Um assessor recebeu uma grana (R$ 100.000,00) de um representante da empresa, entrou no gabinete do ministro e voltou sem nada. A cena foi para o Fantástico.

Jaques Wagner, governador da Bahia, quase enrolou a ministra Dilma Roussef. Levou a dama para passear de barco... a lancha do dono da Gautama! Que deveria ter sido alugada, mas não foi. O ex-marido da atual mulher não disse onde havia conseguido... Que rolo!

A própria oposição, a princípio, não demonstrou interesse em investigar as grandes construtoras do país. É claro que não! Teriam que começar investigando o buraco do metrô, vulgo buraco do Serra.

E todas as obras que superfaturaram durante décadas.

Uma boa lição: quem pretende fazer da política uma forma de transformação social, deve ter muito cuidado com as alianças que estabelece, com as práticas que aceita.

Depois de trabalhar muito tempo no esgoto, você não sente mais o cheiro da merda.

Operação Navalha e o blog Bah!Caroço

Esclarecemos que nosso colaborador Daniel Lopes não figura entre os investigados pela Polícia Federal na operação Navalha.

A divulgação de tal boato deve-se à maldade de seus inimigos políticos.

Como todos sabem, a operação Navalha investiga o envolvimento carnal de políticos e empreiteiros e não a capacidade como motorista de nosso companheiro.

Educação no trânsito

"E por falar em emprego", blog do José Alberto Farias

A belga Tania Derveaux é candidata ao Senado na Belgica pelo NEE. Ao lançar sua campanha através de outdoors em que aparecia nua e prometia 400.000 empregos (jobs), a candidata foi supreendida por milhares de emails com pedidos de blowjobs (sexo oral).

A intenção era fazer uma crítica aos adversários de outros partidos que prometem novos empregos em quantidades absurdas, mas, sensível aos pedidos dos seus potenciais eleitores, Tania Derveaux não se fez de rogada: lançou um novo cartaz prometendo 400.000 blowjobs para aqueles que se cadastrarem no seu site.


Enquanto isso, no Brasil, os políticos costumam praticar em seus eleitores modalidades sexuais não tão agradáveis.
Como sonhar não custa nada, visite o site de Tania Derveaux e aproveite para dar uma olhadinha nas fotos em alta resolução que ela disponibiliza para divulgação da sua candidatura.

20 maio, 2007

É o capeta!



O governador José motoSerra, posando de Arnaldo Essuasnegas.

Bom, pelo que ele vem fazendo pela educação, merece o título de Exterminador do Futuro.

O blog A dissidência apresenta algumas sugestões para a fotografia do tinhoso:

* Colocar na porta da geladeira. É um ótimo motivador para gordo fazer regime.

* Colocar nas portas dos bancos, durante às noites. Evita assalto. Mas tem que tirar quando amanhacer ou clientes não entram.

* Assustar leitores do blog.

Eu acredito em Papai Noel e no Lippi

O Prefeito Vítor Lippi contratou um pesquisa, por R$ 75.000,00 da nossa grana, alegando que os resultados serviriam ao planejamento estratégico da cidade e também funcionariam como instrumento de gestão.

Surgiram denúncias de que a tal pesquisa seria puramente eleitoreira e traria perguntas sobre o desempenho pessoal de Lippe e sobre intenções de voto para o próximo ano. O Prefeito e seus assessores negaram.

Depois, diversos entrevistados confirmaram o teor da perguntas eleitoreiras: Qual seu partido de preferência? Em quem você votará nas próximas eleições.

A vereadora Tânia Bacelli, do PT, propôs a criação de uma CEI (uma CPI municipal) para investigar o caso.

A casa caiu e a vaca caminhava a passos largos para o brejo quando Lippi anunciou que quem inseriu as perguntas "estranhas" no questionário, foi a empresa contratada!

Isso mesmo: a empresa iria fazer um serviço "a maior" para Prefeitura.

Eu acredito em Papei Noel. Mas quando o Lippi anunciou que a empresa, depois de coletar os dados, concordou em cancelar o contrato, sem receber nada, passei a acreditar em mula-sem-cabeça, saci, gnomos e duendes.

Em verdade vos digo: A pesquisa foi contratada tendo como "fachada" o suposto "planejamento estratégico". As questões mais importantes são exatamente as de cunho eleitoral e ja estavam previamente combinadas.

Agora, rompe-se o contrato, sem qualquer pagamento, para tentar evitar a investigação. A empresa desitiu de receber da prefeitura porque receberá o mesmo valor, ou o valor acrescido de cala-boca, de alguma empresa, empresário ou amigo de infância de algum sujeito oculto da administração municipal.

A investigação não pode ser deixada de lado. Se o prefeito alega que não haverá pagamento, por erro causado pela empresa, então o referido instituto de pesquisa deve indenizar o poder público municipal pelos danos que causou ao agir de forma indevida, atrasando o "planejamento estratégico".

CEI neles!

Veja: CARTA ABERTA A UMA REVISTA TENDENCIOSA, MANIPULADORA E ARROGANTE

Ao Diretor de Redação, VEJA:

Envio-lhe esta terceira mensagem porque o Sr. olimpicamente ignorou as duas anteriores, embora fosse minha a posição correta, em termos jornalísticos e éticos. Então, para ter a certeza de que os leitores da Veja poderão ter acesso ao "outro lado" -- o qual lhes vem sendo sistematicamente sonegado pela revista --, faço desta uma carta aberta.
Na edição de 09/05/2007, a Veja publicou no espaço informativo a matéria "Um perigo chamado MR-8", sobre o mesmo assunto e com o mesmíssimo enfoque alarmista da coluna semanal de Diogo Mainardi, o que, em si, já seria ridículo para qualquer veículo da grande imprensa, à qual cabe fazer jornalismo e não proselitismo.
Nos dois textos, uma afirmação obscura do jornal de um pequeno partido serviu como pretexto para a delirante acusação de que se trataria de uma exortação ao assassinato de Mainardi. Em nenhum momento a Veja ressalvou que a frase comportava outras interpretações, como a de que seu colunista, além do dinheiro que perdeu ao ser condenado pela Justiça como caluniador, poderia ser privado também da liberdade por um juiz de "alma pia".
O tratamento parcial e bombástico dado à pretensa ameaça de morte no texto "informativo" foi reforçado pela coleta de depoimentos de apoio junto a personalidades que têm óbvios motivos para preferirem continuar nas boas graças da Veja.
Cabe a pergunta: se o MR-8 cometeu crime tão grave como o de incentivar um homicídio, porque Mainardi e a Veja não o denunciaram à Justiça? A resposta, claro, é serem eles os primeiros a saber que se tratou apenas de uma tempestade em copo d’água e que nenhum tribunal do mundo condenaria alguém a partir de uma afirmação tão ambígua e inconclusiva. Então, optaram por tentar obter dos leitores uma condenação que jamais conseguiriam dos juízes.
Isto tem nome: manipulação da opinião pública. E caracteriza abuso de poder de uma grande revista contra um pequeno jornal.
Como leitor e cidadão, até aqui eu já teria motivos de sobra para indignar-me com as más práticas jornalísticas da Veja. Mas, a revista foi além: em suas tortuosas tentativas de tornar crível que o MR-8 representasse algum perigo para Mainardi, acusou esse partido de “terrorista no passado” e de haver, junto com a ALN, promovido “seqüestros, roubos a banco e atos de intimidação".
Omitiu que o MR-8 original foi massacrado pela repressão da ditadura em 1969. Já estava extinto quando a Dissidência Estudantil da Guanabara, ao seqüestrar (juntamente com a ALN) o embaixador dos EUA Charles Elbrick, co-assinou o manifesto como MR-8, apenas para desmoralizar os militares, que haviam alardeado a vitória sobre esse grupo de resistência.
Em seu afã de usar acontecimentos de quase 40 anos atrás como prova de periculosidade atual, a Veja omitiu também que, afora os próprios detentores da sigla, pouquíssimas pessoas na esquerda brasileira consideram o MR-8 atual como legítimo herdeiro daquele que confrontou heroicamente o despotismo.
Mas, o pior de tudo foi a Veja ter exumado um termo -- “terrorista” -- que, no auge da guerra suja por eles travada contra os combatentes da liberdade, os serviços de guerra psicológica das Forças Armadas resolveram aplicar indevidamente aos resistentes, seguindo a máxima goebbeliana de que uma mentira martelada ao infinito acaba passando por verdade.
Hoje em dia, só a extrema-direita utiliza esse jargão falacioso e aponta como negativos os atos praticados no exercício do direito de resistência à tirania. A Veja, que jamais se referiu aos militares que usurparam o poder e praticaram em larga escala o terrorismo de estado como “déspotas” ou “genocidas”, não teve pejo de adotar os conceitos e a terminologia das viúvas da ditadura, igualando-se aos Brilhantes Ustras da vida. Descumpriu o dever jornalístico de isenção e equanimidade, tomando partido... e justamente ao lado daqueles que os historiadores conceituados e o próprio Estado brasileiro reconhecem como os vilãos do período!
Por último, a Veja ignorou o dever de abrir espaço para o “outro lado” na edição de 16/05/2007, publicando apenas oito cartas de leitores favoráveis à sua posição e jogando no cesto todas as contrárias. E sepultou o assunto de vez na edição de 23/05/2007, alheia à indignação dos ex-presos políticos e suas famílias, vítimas da ditadura e cidadãos com espírito de justiça, expressa em dezenas de mensagens encaminhadas à redação.
O patrimônio mais valioso para qualquer publicação é a credibilidade, cuja perda logo desencadeia a debandada de leitores e anunciantes. Temo, Sr. Diretor de Redação, que esse processo já esteja avançado na Veja, após ter passado boa parte de 2005 tentando alavancar o impeachment do presidente Lula e boa parte de 2006 tentando impedir sua reeleição, numa atuação que, independentemente da justeza ou não dos fins perseguidos, atropelou de forma flagrante os princípios jornalísticos.
Se sua revista quer se tornar um veículo partidário como o Hora do Povo, que o faça. Tendo, pelo menos, a decência de informar antes os leitores, para que eles deixem de ser enganados como estão sendo agora, ao procurarem informação isenta nas páginas da Veja.

CELSO LUNGARETTI

19 maio, 2007

Fadi: 50 anos

Orgulho-me de ter estudado na Fadi. Fazer parte de sua história, conviver com suas tradições, seus atrasos. É isto que dá o charme!
Uma das poucas faculdades que conservam metodologia de ensino da década de 50. Período letivo anual, com duas provas semestrais, média 7,0 e, como segunda época: prova oral, onde todos podem assistir.
É traumatizante e recompensador fazer Fadi.
A Fadi influênciou a vida de muitas pessoas, dentre as quais, estão meus pais, além de mim. Tive o prazer de participar mais intimamente de suas entranhas, entender o raciocínio de juízes, promotores e advogados.
Presidir o Centro Acadêmico Rubino de Oliveira também foi muito gratificante. Lá fiquei por 2 mandatos.
Ontem, a "Nossa, de Direito", como é conhecida entre os acadêmicos, completou cinquenta anos de existência.
Necessário se faz render homenagens a Helio Rosa Baldy, professor de meus pais - que cheguei a conhecer -, e a José Pereira Cardoso que, com 91 anos, foi meu professor, vindo a falecer com 94.
Saudade dos mestres!!!
A Fadi influencia Sorocaba a todo instante: seja quando forma grandes advogados, promotores e juízes, mas também quando proporciona que muitos de seus "filhos", participem da vida política, como vereadores, prefeitos e deputados.
Parabéns, Fadi!!!
Orgulho dos alunos e antigos alunos!!!

18 maio, 2007



Na manhã desta sexta-feira (18), um menor de 17 anos prestou queixa na 14ª DP (Leblon). Segundo ele, Latino o agrediu após o rapaz ter feito imagens do cantor na companhia de uma mulher, na Pizzaria Guanabara, no Leblon. Segundo uma testemunha, Latino contou com a ajuda de três amigos para agarrar o adolescente e pegar sua câmera.


Paulo assume presidência da Frente Parlamentar pela Reforma Urbana


Foi lançada no dia 9 de maio, na Câmara dos Deputados, a Frente Parlamentar pela Reforma Urbana, presidida pelo deputado Paulo Teixeira, com a participação do presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano, deputado Zezeu Ribeiro.

A Frente Parlamentar pretende manter uma relação institucional com as comissões temáticas que tratem de temas ligados à Reforma Urbana, com o objetivo de ampliar a sua linha de ação e identificar as necessidades de elaboração de novos instrumentos legais que permitam perseguir as principais bandeiras das entidades do movimento social. Além disso, a interlocução com as instâncias governamentais propiciará o trabalho articulado na construção e efetivação de políticas públicas de desenvolvimento urbano.
Meu nome é Celso Lungaretti, jornalista e escritor. Como ex-preso político que fui entre 1970 e 1971, tendo sofrido lesão permanente nos porões da ditadura e amargado a perda de pelo menos 20 companheiros e amigos queridos, fiquei chocado ao constatar que a revista Veja, na matéria “Um Perigo Chamado MR-8” (edição de 09/05/2007), havia exumado a propaganda enganosa que os serviços de guerra psicológica das Forças Armadas idealizaram durante o período mais brutal do regime militar, ao qualificar o MR-8 como “terrorista no passado”.
A Veja, que jamais se refere aos déspotas fardados do período como “carrascos” ou “genocidas”, atentou contra o princípio de isenção e eqüidistância que deve nortear a atuação da imprensa, ao encampar a terminologia da extrema-direita, igualando-se aos Brilhantes Ustras da vida.
Escrevi imediatamente carta à redação, cuja publicação deveria servir de desagravo não só a mim, como a todos os ex-presos políticos e suas famílias, insultados pelos conceitos que a Veja emitiu e pelo jargão utilizado.
No entanto, numa demonstração de que sepultou também a obrigação de dar voz ao “outro lado”, a Veja preferiu selecionar para publicação apenas oito cartas louvaminhas que concordavam com os exageros e faniquitos de prima donna com que Diogo Mainardi relatou o episódio em sua coluna, não aproveitando nenhuma das dez mensagens que os leitores encaminharam a propósito do do texto “Um Perigo Chamado MR-8”.
Então, enviei novamente minha carta à Veja, exigindo sua publicação, mesmo que atrasada, como leitor frustrado e cidadão agredido por tal matéria, pois aquele texto inoportuno e tendencioso tripudiou sobre o sofrimento de todos os heróis e mártires que se sacrificaram no limite das suas forças para que o estado de direito fosse restabelecido no País.
Apelo a todos os companheiros, amigos e cidadãos com senso de justiça, no sentido de que abarrotem a caixa de mensagens da Veja com protestos contra suas más práticas jornalísticas e seu desrespeito pela justa indignação dos ex-presos políticos.
Pode ser mandada por carta, para a caixa Postal 11079 - CEP 05422-970, São Paulo, SP; por fax, para (11) 3037-5638; ou por e-mail, para veja@abril.com.br.
Para simplificar, eis um modelo que poderá ser adotado por quem não quiser ou não tiver tempo para criar sua própria mensagem:
Diretor de Redação, VEJA:
Como cidadão com senso de justiça e respeito pela verdade histórica, senti-me agredido pelos conceitos emitidos e jargão utilizado na matéria "Um perigo chamado MR-8" (edição de 09/05/2007). Exijo, portanto, que a Veja cumpra o dever jornalístico de abrir espaço para o outro lado, ignorado na edição de 16/05/2007.
Em seu texto alarmista e tendencioso a Veja encampou a propaganda enganosa da linha-dura militar de outrora e dos néo-integralistas atuais, ao qualificar, logo no subtítulo, o MR-8 de "terrorista na ditadura". Em seguida, afirmou que "O MR-8 e a ALN foram duas das organizações esquerdistas que, sob a bandeira da luta contra o regime militar, promoveram seqüestros, roubos a banco e atos de intimidação".
O regime militar brasileiro foi fruto da usurpação do poder por um grupo direitista que vinha conspirando contra a democracia desde os anos JK e já fizera várias tentativas golpistas (a principal delas quando quase impediu a posse de João Goulart). Ao conseguir êxito em 1964, rasgou a Constituição e governou sob terrorismo de estado.
Os verdadeiros terroristas eram aqueles niilistas do século XIX que, incapazes de conduzir o povo à revolução, tentavam, com balas e bombas, criar o caos e impedir que a classe dominante governasse.
Os movimentos de resistência ao nazi-fascismo e às ditaduras militares latino-americanas jamais quiseram criar o caos, mas sim conscientizar as massas e organizá-las para a derrubada dos tiranos.
Os heróis e mártires que ousaram enfrentar o arbítrio no Brasil, em situação de terrível desigualdade de forças, nada mais fizeram do que exercer o direito de resistência à tirania, que nos foi legado pela civilização grega, tanto quanto a democracia. Devem, portanto, ser tratados com o respeito que fizeram por merecer.

17 maio, 2007

Serra, um governo arredondado

O governo Serra decidiu adotar uma prática polêmica: as médias escolares serão arredondadas sempre para cima. Em tese, um auxílio para aprovar alunos que não atingiram a nota necessária. Um aluno que tiver 4,1 terá sua nota automaticamente "arredondada" para 5,0 - e estará aprovado.

É necessário esclarecer que tal proposta surgiu, em primeiro lugar, para unificar os critérios de avaliação. No estado de São Paulo, província tucana há mais de uma década, adotava vários sistemas de avaliação. Em algumas escolas de 0 a 10, em outras conceitos através de letras A, B, C, D - e, por fim, em alguns lugares, conceitos como "bom", "regular", etc.

Tal variedade de conceitos e formas de avaliação criavam um problema enorme, principalmente para comparar o desempenho entre escolas ou quando alunos eram transferidos: como "transformar" o conceito "bom" ou "C" para uma escola de 0 à 10?

Portanto, unificar os conceitos é bom. Porém, usar tal unificação para criar um estímulo ainda maior ao baixo desempenho escolar - é lamentável.

São Paulo - a província tucana - é péssimo exemplo em termos de educação. Nossos alunos sofrem as piores avaliações e não é incomum encontrar alguns, que concluíram o ensino médio e mal sabem ler e escrever.

16 maio, 2007

Um perigo chamado Veja

Por Celso Lungaretti em 15/5/2007
No final de 1969, numa matéria de capa histórica, a Veja se posicionou contra o assassinato, sob tortura, do militante da VAR-Palmares Chael Charles Schreier. Como ilustração, uma gravura medieval mostrando os suplícios do tempo da Inquisição: a donzela de ferro, a roda, os ferros em brasa etc. Marcou época.
Hoje, infelizmente, a Veja se entrega à mais rasteira demagogia, como na matéria "Um perigo chamado MR-8", publicada na edição de 9/5/2007. A revista cometeu graves pecados jornalísticos em sua reação ao texto infeliz do jornal A Hora do Povo, que a um observador isento sugere menos uma exortação ao assassinato de Diogo Mainardi do que um gracejo malfeito: "...o pequeno canalha perdeu apenas algum dinheiro [ao ser condenado por caluniar Franklin Martins]. Sabemos o que o vil metal significa para certo tipo de pessoas. Ainda assim, ao que tudo indica, ele está pedindo para perder algo mais. Pode ficar tranqüilo. Não faltarão almas pias para fazer a sua vontade".
Logo no subtítulo, a Veja qualificou o MR-8 de "terrorista na ditadura", endossando um termo tendenciosamente aplicado pelos especialistas em guerra psicológica das Forças Armadas aos efetivos da resistência contra a ditadura que travaram a luta armada. Ou seja, a Veja encampou a propaganda enganosa da linha-dura militar de outrora e dos neo-integralistas atuais. Ficou na honrosa companhia de Brilhante Ustra...
Viúvas da ditadura
Independentemente de que, hoje, só a extrema-direita insiste nessa terminologia falaciosa, há o fato de que o MR-8 foi aniquilado pela repressão em 1969 e nada tem a ver com os atuais detentores da sigla.
O MR-8 original ficou conhecido principalmente por ter em seus quadros o bancário Jorge Medeiros Valle (apelidado de "o bom burguês"), que desviou cerca de 2 milhões de dólares para a guerrilha; e por haver planejado libertar presos políticos de uma ilha-presídio com um esquema mirabolante, que incluía mergulhadores. Depois que seus integrantes foram presos, a repressão se vangloriou, pela imprensa, de ter acabado com o MR-8. Em represália, a Dissidência Comunista da Guanabara, ao participar junto com a ALN do seqüestro do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, co-assinou o manifesto como MR-8.
O inusitado desse episódio fez com que ele ficasse na lembrança das pessoas... e, principalmente, dos jornalistas, claro. Então, a Veja não tem como ignorar que inexiste relação de continuidade entre o MR-8 original e o que hoje ela exageradamente acusa de ameaçar a vida de Mainardi.
Além do subtítulo indefensável, a Veja continuou ecoando a retórica das viúvas da ditadura no texto, ao afirmar que "o MR-8 e a ALN foram duas das organizações esquerdistas que, sob a bandeira da luta contra o regime militar, promoveram seqüestros, roubos a banco e atos de intimidação".
Carta-desagravo
Em carta à redação da Veja, aprofundei essa questão, como ex-preso político que sou. Já houve tempo em que a ditadura afixava cartazes em logradouros públicos do país inteiro, com minha foto e meu nome, acusando-me falsamente de terrorista e assassino. É absolutamente inaceitável que continuemos a ser tratados dessa maneira em plena democracia. Então, espero que a revista tenha a decência de publicar esse desagravo, a mim e a todos os companheiros insultados por sua matéria:
"O regime militar foi fruto da usurpação do poder por um grupo direitista que vinha conspirando contra a democracia desde os anos JK e já fizera várias tentativas golpistas (a principal delas, quando quase impediu a posse de João Goulart). Ao conseguir êxito em 1964, rasgou a Constituição e governou sob terrorismo de Estado. Então, os heróis e mártires que ousaram enfrentar o arbítrio, em situação de terrível desigualdade de forças, nada mais fizeram do que exercer o direito de resistência à tirania, que nos foi legado pela civilização grega, tanto quanto a democracia.
Os verdadeiros terroristas eram aqueles niilistas do século XIX que, incapazes de conduzir o povo à revolução, tentavam, com balas e bombas, criar o caos e impedir que a classe dominante governasse. Os movimentos de resistência ao nazi-fascismo e às ditaduras militares latino-americanos jamais quiseram criar o caos, mas sim conscientizar as massas e organizá-las para a derrubada dos tiranos.
Os seqüestros de diplomatas serviram para salvar presos políticos da morte e das torturas mais atrozes. As expropriações de bancos, para sustentar militantes clandestinos em condições de rigorosa clandestinidade. E nenhum ato de intimidação porventura cometido pelos idealistas (sempre há excessos, em conflitos desse tipo) equivale à prática sistemática da tortura por parte dos militares, atingindo dezenas de milhares de brasileiros, ou à política de extermínio por eles adotada a partir de 1971, quando passaram a levar os resistentes aprisionados diretamente para centros clandestinos de tortura, nos quais os massacravam e depois executavam, dando sumiço até em seus restos mortais."

12 maio, 2007

O Mainardi é nosso e ninguém tasca!

A revista "Veja" iniciou uma "luta de titãs" contra o jornal "Hora do Povo", ligado ao MR-8 (ou ao que sobrou dele). Teriam ameaçado seu colunista maior, Diogo Mainardi. Pior para "Veja". Perde a briga com a "Hora do Povo", que, acima de tudo, apesar de ser apontado como grupo terrorista, risco para a democracia, mostra-se bem-humorado e divertido. A seguir, divulgo trecho de um editorial da Hora do Povo

Os familiares do sr. Mainardi e seus amigos – se é que ele possui algum – não têm razão para se preocupar com a sua integridade física.

Apesar da celeuma que “Veja” pretendeu causar com a nota de 10 linhas aqui publicada, na edição do dia 27 de abril, ele não corre nenhum perigo.

(…)

Para que não reste nenhuma dúvida quanto às nossas intenções, todos os companheiros aqui da Redação do HP declaram solenemente que assumem integral responsabilidade pela segurança do sr. Mainardi. Ela muito nos interessa.

E vamos explicar a razão.

Mainardi é uma das causas do isolamento e declínio de “Veja”, esse instrumento golpista e visceralmente antidemocrático a serviço de tudo o que há de mais esclerosado no mundo. Porque ele consegue, sem grande esforço, se colocar freqüentemente à direita da linha editorial nazi-africâner da publicação, acelerando com isso o seu desprestígio.

Agora que estamos devidamente conversados, firmeza, pessoal: o Mainardi ninguém tasca!

O preço da vida

A aposentada Maria Luiza Bezerrade, de 53 anos, que sobrevivia graças a um aparelho elétrico, morreu por insuficiência respiratória, na periferia de Fortaleza, após a Companhia Energética do Ceará (Coelce) desligar a luz de sua casa.

Cerca de nove horas antes de sua morte, funcionários que prestam serviço para a Coelce fizeram um corte por causa de uma dívida de R$ 204.

A própria Coelce - empresa privada que pertence ao grupo espanhol Endesa -, por meio de sua gerência de comunicação, admitiu que Maria Luiza constava de um cadastro de 150 pessoas no Estado que dependem da energia para viver e que, mesmo em caso de inadimplência, não poderiam sofrer um desligamento.

A aposentada havia sofrido, há nove meses, um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e, desde então, precisava de um respirador, um aparelho de inalação e uma sonda para manter-se viva.

Os parentes da aposentada contaram que, um dia antes da morte da aposentada, funcionários da Coelce apareceram na casa para fazer o desligamento, mas foram convencidos a recuar, depois de a filha apresentar um atestado médico que comprovava a necessidade dos equipamentos.

No dia seguinte, porém, novos funcionários apareceram. O desligamento ocorreu às 11h30. Durante todo o dia, uma das filhas de Maria Luiza, Ana Cristina da Silva, tentou, por telefone, pedir que a energia fosse religada. Segundo ela, os funcionários da companhia elétrica alegavam que não havia documentos que comprovassem a situação de saúde de sua mãe.

A aposentada sobreviveu até as 20h. No mesmo dia, às 23h, a luz foi restabelecida. Era aniversário de Maria Luiza.

fonte: JB Online

11 maio, 2007

Frase da semana

Se os homens ficassem grávidos, essa questão [o aborto] já estaria resolvida há muito tempo.
Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, ao comentar a postura anti-aborto do vaticano.

Cuidado, comeu tem que casar!

Em 2006, o sudanês Charles Tombe foi obrigado a se "casar" com uma cabra, depois de ser flagrado transando com o animal.
No Sudão, onde a lei islâmica é aplicada, os crimes são julgados por um "conselho de anaciãos". Para dar exemplo aos sudaneses e fazer com que Tombe fosse humilhado publicamente, o conselho tomou uma decisão inusitada, ordenou que o zoofilista se casasse com o animal.
"Rose", como era chamada, tornou-se a cabra mais conhecida do país e morreu esta semana depois de engolir um pequeno saco plástico (espero que não seja camisinha).
Fonte: Terra

09 maio, 2007

No túnel do tempo...



Esta foto é da Semana Jurídica de minha primeira gestão a frente do Centro Acadêmico Rubino de Oliveira, eterna paixão!

De vestido, a Dra. Luciana Kaplan, juíza de Direito. Silvia Araujo está de blusa branca, minha vice-presidente, e diga-se de passagem, a mais bonita da história do C.A..

Dr. Cardoso, fundador da Fadi, já falecido, prestigiou desde o primeiro momento o evento. Deixou saudades!!!

Destaque para o rapaz de vermelho, é Eliton, colaborador deste blog, aqui, ocupando a função de Papagaio de Pirata. Reparem como ele era magro!!!

"Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando... Fazendo que planejando... Vivendo que esperando... Porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu." (Luiz Fernando Veríssimo)

08 maio, 2007

Não fale mal do "seu" Frias, o democrático

A redação do jornal Meio & Mensagem decidiu fazer greve em protesto contra a demissão do editor adjunto Costábile Nicoletta.

Ele publicou na edição de ontem, 7 de maio, o obituário de Octavio Frias Filho, escrito por Edgar Olímpio de Souza. Num box intitulado "Nem tão liberal assim", recapitula críticas de Mino Carta à posição pró-golpe de 1964 da Folha de S. Paulo.

"O liberal Frias teve, de fato, uma história controversa em suas posições políticas. Logo ao comprar a Folha, teria feito do jornal um instrumeento a serviço da conspiração golpista. Estampava manchetes sensacionalistas contra o ´perigo comunista´ e assinava editoriais contra ´a corrupção e a subversão´. Na fase mais aguda da ditadura militar, por exemplo, a Folha da Tarde, também do grupo, divulgava a ´morte de terroristas em emboscadas policiais´quando estes ainda estavam na prisão".

fonte: Observatório da Imprensa
Ainda bem que não temos vulcões no Brasil.
Se tivesse correriamos o risco de contrair Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose, uma doença gravíssima causada pela inalação de cinzas vulcânicas e responsável pela maior palavra da língua portuguesa, segundo o dicionario Houaiss.
Ufa, seria um caos gramatical e hospitalar!

07 maio, 2007

Duplo sentido ou dupla utilidade?


Sarkozy

Muita gente adora reverenciar a vasta inteligência francesa e alto nível dos cidadãos na terra da fraternidade, igualdade e da liberdade em oposição ao brasileiro - “Homer Simpson”, na visão da mídia.

Reverenciam os franceses e abominam o povo brasileiro, ignorante e comprável, verdadeiros grotões que elegeram um bárbaro presidente da República.

No entanto o bárbaro brasileiro anda dando aulas de civilidade e democracia aos citoyens da mídia. Na passárgada francesa, um conservador foi eleito presidente ontem, prometendo uma política anti-imigrante, antitrabalhista e belicista, aos moldes de Bush.

06 maio, 2007

O PAC e o amadurecimento da democracia no Brasil

Os debates que vêm sendo acumulados desde o lançamento do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) lançado pelo Governo Lula, pelos mais diversos segmentos da sociedade, têm a nos confirmar que a democracia brasileira definitivamente avançou.
A bem da verdade, esse é um processo que vem amadurecendo ao longo da última década e que se aprofundou com a eleição do primeiro presidente operário da história do Brasil, tornando-se mais evidente a partir das eleições do ano passado, sobretudo em seu segundo turno, quando as discussões em torno de privatizações convidaram o eleitor a comparar os dois principais modelos oferecidos ao país por dois dos maiores partidos representados no Congresso, PT e PSDB.
O modelo defendido pelo PT e discutido com todo um bloco que hoje se materializa na chamada base de sustentação do governo Lula, é um modelo que defende a intervenção do estado na economia de forma muito mais ativa, incisiva. Daí surge o PAC.
Já o modelo defendido pelo PSDB e seus aliados, pretende um estado aos moldes das grandes empresas, onde o mercado constantemente observa os sucessos e insucessos uns dos outros, para então procurar os menores riscos e definir uma estratégia a seguir.
Assim, por exemplo, aprenderam a privatizar, a congelar a contratação de servidores para o serviço público, a cortar gastos com programas sociais, etc.
Esse modelo vem sendo implementado em Sorocaba há dez anos e do ponto de vista “empresarial” tem sido bem sucedido. Do ponto de vista social, já temos uma geração de adolescentes que não conhece uma cidade que invista em políticas de inclusão e justiça social. O que será dessa geração daqui a cinco ou seis anos sem que haja um forte revés nessa tendência, só Deus sabe.
Pois bem, o PAC reacende esse debate, interessantíssimo, aliás, ao país.
Há os que dizem torcer a favor, mas entendem que o esforço será em vão, pois crêem que se trata apenas de um “factóide” criado pelo governo, que o Brasil deveria se espelhar em experiências outras, em detrimento de nossas próprias particularidades, para estabelecer um novo modelo de crescimento, que é impossível avançar com as altas taxas de juros praticadas pelo Banco Central, que a classe média vem empobrecendo, etc.
Pois entendo perfeitamente esse posicionamento dos quadros tucanos. Eles de fato não concebem a idéia de o estado intervir na economia e utilizar seus instrumentos como BNDES e CEF para fomentar investimentos em infra-estrutura. Para eles isso é papel da iniciativa privada, o que considero um imenso equívoco e um grande prato para um bom debate.
O PAC determina o fim do período neoliberal iniciado pelo governo Collor e aprofundado por FHC e que o governo Lula tratou de paulatinamente cuidar de seu encerramento, fazendo de seus primeiros quatro anos um período de transição, que agora se encerra dando início a um novo modelo de desenvolvimento com prioridade para a distribuição de renda e combate aos efeitos da miséria.
Fruto dessa herança, o Brasil ainda possui uma taxa de juros altíssima, hoje em 12,5% a.a., mas não se pode esquecer que Lula assumiu o país com taxas de 25% e que em tempos mais sombrios do governo FHC passou dos 40%.
O Programa de Aceleração do Crescimento é tão importante quanto necessário, pois o governo Lula tem conseguido garantir o que nenhum outro vinha conseguindo, o crescimento com distribuição de renda.
É bem verdade que crescimento do PIB brasileiro em 2006 foi abaixo da média do continente, apenas 3,7%, mas trouxe consigo algo de diferente, crescer distribuindo. O estado como indutor dessa distribuição e enfrentando a pobreza e a miséria, aliás, só quem não as conhece critica o Bolsa-Família. E essa situação deve melhorar, já que a previsão de crescimento para 2007 gira em torno de 4,4%.
O salário mínimo hoje tem uma política de recuperação e já alcança uma importante marca histórica, em 2002 era de R$ 200,00, hoje está em R$ 380,00, pouco para o queremos, mas bastante pelas condições do país.
O PAC prevê investimentos em infra-estrutura da ordem de R$ 503,9 bi, dos quais R$ 170 bi virão do próprio orçamento da União.
Isso significa preparar o país para um longo e sustentável período de crescimento.
E para aqueles que julgam o programa como um factóide tirado da cartola por marqueteiros, sugiro que analisem os últimos quatro anos, o chamado período de transição. Nesse tempo, o governo Lula instituiu marcos regulatórios para as áreas de habitação e saneamento, implementou uma política de comércio exterior altiva e ousada com excelentes resultados, estabeleceu um novo papel para os Bancos Públicos que passaram a financiar projetos de infra-estrutura, incentivaram a agricultura familiar e políticas de inclusão social.
Somente o BNDES já recebeu mais de 100 projetos oriundos das oportunidades oferecidas pelo PAC à iniciativa privada, pelos quais já estão sendo liberados R$ 25 bi para projetos que envolvem a construção de hidrelétricas, termoelétricas, rodovias e investimentos em moradia e saneamento, portanto, o PAC já é uma realidade, não se encontra mais no papel.
O PT oferece ao país um novo modelo de desenvolvimento que se aprofunda com o PAC, modelo esse que, diga-se de passagem, já tem transformado o Brasil num lugar mais justo, com importantes diminuições nos índices de pobreza e que finalmente dá a seus jovens oportunidades e perspectivas de um futuro melhor, como o faz através do PROUNI.
Por fim, reafirmo o que disse no início, o simples lançamento do PAC proporcionou a abertura de um debate tão importante ao país, que dá condições de cada vez mais o cidadão perceber as diferenças entre os projetos propostos pelos partidos políticos e isso é um grande serviço prestado à democracia.
Crescimento, com distribuição e justiça social, é o Brasil no rumo certo.


Paulo Henrique Soranz Presidente DM PT Sorocaba

Um certo garoto de aluguel - segunda parte

A revista Veja repercutiu a "ameaça", bem como outros órgãos da grande mídia, afirmando que a liberdade de imprensa estaria em perigo e que se trata de fato "gravíssimo".

Vejamos:

1. O eventual desaparecimento de Diego Mainardi, por razões naturais ou outras, não traria qualquer prejuízo à intelligentsia nacional. Nós também não sentiríamos sua falta.

2. O texto do jornal "Hora do Povo" não faz qualquer ameaça explícita. Faz alusões que apenas de forma muito tortuosa poderiam ser entedidas como ameças sérias.

3. Por outro lado, Heloísa Helena, O ACMzinho e outros ameaçaram "dar uma surra no Presidente da República", de forma bastante clara, mas não houve qualquer indignação. Nenhuma das "liberdades fundamentais" estaria em risco.

4. O atual MR-8 e seu jornal "a Hora do Povo" são uma tênue lembrança do grupo que durante os anos de chumbo enfrentou a ditadura. Trata-se portanto de uma farsa: o confronto entre um pseudo jornalista que acha que quase derrubou o presidente e um pseudo grupo revolucionário que se acha quase revolucionário.

Um certo garoto de aluguel - primeira parte

A polêmica dos últimas dias diz respeito sobre uma suposta ameaça que o dublê de jornalista Diego Mainard teria sofrido por parte do jornal "Hora do Povo".

Depois de ser condenado a indenizar o jornalista Franklin Martins, em razão de tê-lo difamado, Diego disse ser o "Bacuri do Petismo".

Em tempo: Eduardo Leite, de codnome Bacuri, herói da resistência armada à ditadura brasileira, foi preso pelo DOPS e seu corpo foi entregue à família com os dois olhos vazados, as duas orelhas decepadas, todos os dentes quebrados ou arrancados, costelas partidas, cortes profundos, hematomas por pancadas e marcas de queimadura por brasas de cigarros em todo o corpo.

O Jornal "Hora do Povo", porta-voz do MR8 - ou do que sobrou dele - publicou o seguinte texto:

" Condenado com seus patrões da “Veja” a pagar 30 mil reais ao ministro Franklin Martins, em processo por calúnia, o garoto de programa Diego Mainardi houve por bem se auto-intitular “o Bacuri do petismo”.

Bacuri foi martirizado por 109 dias seguidos no Deops e perdeu a vida em 1970 por negar-se a revelar aos algozes informações que pudessem prejudicar o andamento da luta revolucionária contra a ditadura. Foi um herói na plena acepção da palavra.

Já o pequeno canalha perdeu apenas algum dinheiro.

Sabemos o que o vil metal significa para certo tipo de pessoas. Ainda assim, ao que tudo indica ele está pedindo para perder algo mais.

Pode ficar tranquilo. Não faltarão almas pias para fazer a sua vontade."

Gabeira não é o mesmo

O deputado Fernando Gabeira participou da resistência armada à ditadura no Brasil. Foi um dos precursores do movimento ambientalista, um político de viés libertário, representante do movimento gay e defensor da legalização da maconha. Eleito deputado federal pelo PV e, depois, pelo PT, era uma das referências da esquerda.

Era.

Tornou-se um dos principais porta-vozes da oposição conservadora contra o governo Lula. Tinha ataques histéricos de integridade, nas diversas CPIs, e, não raro, era visto nos braços de tucanos e demos, esbaldando-se com as derrotas do governo.

Para nosso bem, todo o esforço deu em nada. Lula foi reeleito e a oposição vive uma crise existencial.

Mais recentemente, Gabeira recusou-se a participar da tradicional "marcha da maconha". Segundo divulgado pelo Blog dos blogs, disse que:

- Depois que o governador Sérgio Cabral defendeu a legalização, achei que era melhor eu não ir à marcha este ano. Não é um protesto contra nada. (...) Mas quero, com minha ausência, marcar uma diferença. (...) A legalização pura e simples, sem controle, pode aumentar o nível de violência.

Mudou o mundo ou mudou o Gabeira?

A virada de Gabeira rumo ao pensamento conservador provoca comentários maldosos. Dizem que, dia desses, ele será surpreendido dirigindo-se à deputada Emanuela (PCdoB/RS), uma das musas da Câmara dos Deputados:

- E aí, gostosa?

04 maio, 2007

A pesquisa de Lippi

A grande polêmica envolvendo o prefeito Vítor Lippi, esta semana, diz respeito a uma pesquisa que pretende contratar, para avaliar a cidade e seu governo. A alegação é de que tal pesquisa serviria ao planejamento estratégico do município.

A bancada do PT contestou tal projeto e, de imediato, o secretário de governo, Maurício Biazoto, disse que as críticas da oposição seriam infundadas e que o próprio PT contratou pesquisas semelhates nas cidades onde governa.

É lógico que a realização de pesquisas pode - e muito - auxiliar o governo na definição de prioridades e na formulação de planos de maior fôlego.

Porém, o que chama a atenção no caso atual é número de questões formuladas a respeito da pessoa do prefeito Vítor Lippi - É um bom líder? É competente? - entre outras, demonstrando, claramente, que se trata de uma pesquisa com a finalidade de preparar a campanha de sua reeleição no próximo ano.

É um direito do prefeito fazer pesquisas para saber o que pensam. Mas não com o nosso dinheiro.

Se quer saber o que a população pensa dele, pague. Ou saia as ruas. Tenho certeza que será uma experiência bastante pedagógica para o nosso alcaide.

02 maio, 2007

Gente fina é outra coisa

A Força Sindical é uma entidade conhecida por seu espírito conciliador. Uma central sindical rosada.

Ainda que a CUT nao seja tao combativa como antes, que a bandeira vermelha tenha se desbotado, ainda assim a Força Sindical e insuperavel em seu peleguismo.

Recentemente, decidiram atuar em outras frentes políticas. Debater a questão ambiental, o problema do aquecimento global, que foi um dos temas do ato realizado no 1º de maio.

Para introduzir o assunto aos trabalhadores, o líder da Força Sindical, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT), com a delicadeza que lhe é peculiar, disse:

“Coisa de ambiente, vamos falar a verdade, até pouco tempo atrás era coisa de veado. Agora nós queremos fazer com que todos os trabalhadores defendam o meio ambiente”

Caro Paulinho: "coisa de veado" é ser líder da Força Sindical.

CPI no governo dos outros é refresco

O presidente tucano da Assembléia Legislativa, Vaz de Lima, faz o que pode para evitar CPIs que atrapalhem o governo Serra.

Depois que a justiça determinou que ele instalasse as CPIs arquivadas, a "criatura" disse que não entendeu a decisão judicial. É para instalar todas as 81 CPIs arquivadas, ou apenas as 11 CPIs requeridas este ano?

Para dirimir a dúvida, apresentou um recurso conhecido como "embargos de declaração". Que também poderia ser conhecido como recurso "ou você não sabe escrever ou eu não sei ler".

A imprensa paulista, tão atenta às "manobras do governo Lula para evitar a CPI do apagão aéreo", não mostra qualquer interesse com as 81 CPIs arquivadas em São Paulo.

Tal condescendência tem explicação. Uma das CPIs pretende investigar a distribuição de recursos publicitários, através da Nossa Caixa, para diversos jornais e rádios, ligados a deputados, para garantir apoio ao governo, na Assembléia Legislativa.

A investigação pode atingir duramente veículos de comunicação que desejam parecer impolutos aos olhos de seus leitores. Não são.
Sorocaba é engraçada. Protagoniza acontecimentos folclóricos. Desde prefeito proibindo beijo em público a comedor de cocô, lembram das histórias?
Vira e mexe tem gente subindo em torre, querendo cometer suicídio. Toca a cidade toda ficar sem energia elétrica. E ainda tem uns caras de pau, que param embaixo do "quase-suicida", gritando: -Pula, pula...!
A maior quantidade de zoológico para gordo está em Sorocaba: é spa disso, spa daquilo... e assim vai.
Tem a dengue também, que fez o prefeito decretar estado de alerta.
Aliás, nem o prefeito atual é daqui. Sequer vivia aqui. Chegou de repente, virou Secretário de Saúde e depois Prefeito.
Mas sua maior característica é o provincianismo. No pior sentido. Sorocaba cresceu, mas ainda tem hábitos e mentalidades antiquadas. É a cidade que torce pro jacaré! É terra de cornetas! De Nelson Rubens e Leão Lobo! O sucesso dos outros é combatido ferrenhamente. E instintivamente. Os insucessos são personificados. Há crucificação!
E se acham que estou mentindo, façam o teste. Ou melhor, basta ler a coluna social da Jak Catena.

Imposturas parlamentares

O nível de nossos parlamentares é mesmo de dar medo.
Em 2006 Clodovil, antes mesmo de ser eleito pelo PTC, colocou lenha na fogueira do debate sobre ética parlamentar ao afirmar que não entendia nada de política e que aceitaria propina sem peso na consciência.

Um ano antes, Heloisa Helena (Psol) e Artur Virgílio (PSDB) subiram na tribuna do Senado e ameaçaram dar uma surra no presidente Lula.
No mesmo ano a deputada Angela Guadagnin (PT) praticou a "dança da absolvição" para comemorar o resultado do julgamento de seu colegas na CPI.

Mas o pior é que estas “parlamentarices” medonhas não são endêmicas do Congresso, nossas Câmaras Municipais, por vezes proporcionam sessões de riso ou de choro, dependendo do sarcasmo de quem assiste.

Em Sorocaba, no início do ano, o vereador França (PT) levantava denúncias de abuso de poder e interferências no legislativo pelo prefeito Vitor Lippi (PSDB) quando a vereadora Neuza Maldonado (PDT), da bancada evangélica, saiu em defesa do prefeito alegando que “todo poder é investido por Deus”.

No mês passado o vereador de São Paulo Agnaldo Timóteo (PR) se envolveu em uma horrível discussão sobre sexo no plenário da Câmara ao criticar a proposta da ministra do Turismo, Marta Suplicy (PT), de combater o turismo sexual.
Para Timóteo, o visitante que vem ao País em busca de sexo não pode ser considerado criminoso – vê se pode!?. Durante o debate com a uma vereadora petista, que rebateu as declarações afirmando que "uma menina de 16 anos é adolescente e não mulher", Timóteo chegou a perguntar quando ela teve sua primeira relação sexual.

Coluna social

Finalmente Angelina Jolie resolveu assumir seu relacionamento com Reinaldo Domingues, depois de adotar três crianças africanas e de rodar o mundo em campanhas humanitarias, ela resolveu sossegar para cuidar de seu casamento com o nosso companheiro.

01 maio, 2007

O operário em construção

(...)

Sentindo que a violencia
Nao dobraria o operario
Um dia tentou o patrao
Dobra-lo de modo contrario
De sorte que o foi levando
Ao alto da construcao
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a regiao
E apontando-a ao operario
Fez-lhe esta declaracao:
- Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfacao
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher
Portanto, tudo o que ves
Será teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer nao.


Disse e fitou o operario
Que olhava e refletia
Mas o que via o operario
O patrao nunca veria
O operario via casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objetos
Produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrao
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mao.
E o operario disse: Nao!

- Loucura! - gritou o patrao
Nao ves o que te dou eu?
- Mentira! - disse o operario
Nao podes dar-me o que é memu.


Vinicius de Moraes