29 março, 2010

ONU elogia gestão do PT na política habitacional

Um relatório sobre a cidade de São Paulo, encomendado pelo Programa das Nações Unidas sobre Assentamentos Humanos (UN-Habitat), gerou problemas para a Prefeitura da cidade. O documento, que seria divulgado no 5º Fórum Urbano Mundial, elogia a gestão de Marta Suplicy na política habitacional e critica, sem citar nomes, a gestão Serra/Kassab. Contudo, de forma lamentável, essa divulgação foi suspensa após queixa oficial.

Para o deputado Paulo Teixeira, secretário de Habitação de São Paulo na gestão de Marta, o sucesso daquela administração se deveu à diversidade de programas habitacionais e ao diálogo aberto com a sociedade. Um dos pontos positivos levantados pelo relatório foi a contribuição na regularização de imóveis em favelas.

28 março, 2010

O mundo bizarro de José Serra


Muito ainda se falará dessa foto de Clayton de Souza, da Agência Estado, por tudo que ela significa e dignifica, apesar do imenso paradoxo que encerra. A insolvência moral da política paulista gerou esse instantâneo estupendo, repleto de um simbolismo extremamente caro à natureza humana, cheio de amor e dor. Este professor que carrega o PM ferido é um quadro da arte absurda em que se transformou um governo sustentado artificialmente pela mídia e por coronéis do capital. É um mural multifacetado de significados, tudo resumido numa imagem inesquecível eternizada por um fotojornalista num momento solitário de glória. Ao desprezar o movimento grevista dos professores, ao debochar dos movimentos sociais e autorizar sua polícia a descer o cacete no corpo docente, José Serra conseguiu produzir, ao mesmo tempo, uma obra prima fotográfica, uma elegia à solidariedade humana e uma peça de campanha para Dilma Rousseff.

Inesquecível, Serra, inesquecível.

Em tempo: agora que a PM de São Paulo afirma que o homem da foto é um policial militar, é de se esperar que seu nome e função dentro da corporação sejam também revelados. Senão, a emenda terá saído muito, mas muito pior que o soneto.

fonte: Blog do Leandro Fortes

23 março, 2010

Velório do Serra

Ao lado do caixão do Serra tem vários soldados.

Nisso aparece uma velhinha com uma sacola e começa a por dentro do caixão umas cenouras, tomates, alfaces enquanto os soldados olham para ela surpresos.

Enquanto a velha continua a colocar alimentos no caixão, um dos soldados pergunta para ela:

- Senhora, por favor, o que está fazendo?

A velha, enquanto continua a colocar a comida, responde:

- O que você quer, meu filho, que os coitados dos vermes comam somente essa merda?

Delegados de Polícia em greve

A Associação dos Delegados do Estado de São Paulo anunciou que a categoria entra em greve a partir desta terça-feira.

Em nota, os trabalhadores afirmam que o prazo de dez dias dado ao governo do Estado para atender as expectativas da categoria se esgotou no sábado e nenhuma providência foi tomada.

No site da ADPESP foi divulgada uma cartilha com orientações sobre sobre como proceder durante a greve.

20 março, 2010

Planejamento Regional de Campanha Dilma/Paulo Teixeira

Quero agradecer a todas as coordenadoras e coordenadores regionais que colaboraram no planejamento: Dilma/Paulo Teixeira. Apenas três cidades não puderam comparecer.

Agradeço, também, a presença do Presidente do PT de Sorocaba Triniti, o Vereador Izidio e o planejador Gáspari.

19 março, 2010

Mário Covas: Memória e História

Lincoln Ferreira Secco

Ninguém fala mal de certas pessoas. Não é de bom tom. São unanimidades. Especialmente depois de passadas para a história (decerto, uma história construída pelos admiradores e seguidores dessas pessoas). A minha geração (que despontou na política nos anos 80) ficou fatigada muito cedo. Derrotada em 1984, ela acostumou-se à reprodução da tragédia sem fim que tem sido o desmantelamento do Estado em nome de uma administração “eficiente”. Alunos semi-analfabetos, doentes jogados em filas, professores e estudantes espancados, aposentados caindo nas ruas, doentes sem remédio, criminosos (de vários níveis) impunes são olvidados na reconstituição de biografias limpas, de homens grados de nossa terra que “engrandeceram” o Estado de São Paulo.

Discutir a memória e a imagem de uma personalidade histórica é sempre um desafio para o historiador. Maior se as marcas dessa personalidade são ainda vivas, visíveis e afetam (pioram) as nossas vidas.
Na história recente, a memória paulista tem sido construída em torno de dois modelos políticos: Paulo Maluf e Mário Covas.

O primeiro, embora ainda vivo está politicamente morto (ou quase). Não encontrará guarida na história senão como exemplo pior de dilapidação do patrimônio público sem as compensações que êmulos seus deixaram no passado, como Antonio Prado, Prestes Maia e Faria Lima.

O segundo foi revelado como competente e ético e seria o paradigma da boa reforma do Estado. Do casamento do “social” com a responsabilidade fiscal e a eficiência administrativa. Estranhamente, ele encarna melhor essas supostas virtudes do que um político muito mais importante em termos nacionais: Fernando Henrique Cardoso. Talvez porque a história política paulista sempre tenha corrido um pouco à margem (e às vezes contra) a política nacional, espelhando mais o seu industrialismo desenfreado do que o trabalhismo nacionalista e estatizante do período 1930-1980 – Afinal, as elites paulistas (não o povo) odiaram Getúlio Vargas.

Mario Covas (o homem concreto) certamente apresentou qualidades. Foi um dos campeões da luta pela democracia e, no PSDB, tentou inclinar seu partido à esquerda durante o Governo Collor. Seu discurso barroco (como o chamava Florestan Fernandes) não invalidava essa história de compromisso democrático.
Todavia, ele precisa ser entendido pelos seus atos administrativos e posturas políticas reais e não imaginadas pelos seus áulicos e seguidores. Se o situarmos na história política brasileira dos últimos 30 anos, nós poderemos ver Mario Covas em duas díades. No que tange à díade São Paulo – Brasil, ele foi mais à esquerda na política nacional (como senador, principalmente) e mais conservador na política paulista. Na díade temporal poderíamos dividi-lo entre o período ditatorial (quando ele, de fato, juntou-se aos defensores da democracia radical) e o período “democrático” quando ele tendeu ao conservantismo.
As condições históricas jogaram Covas numa dimensão conservadora demasiada fazendo coincidir sua hegemonia política com o comando do executivo estadual paulista justamente nos anos 90. Esse entrecruzamento de duas linhas conservadoras na sua biografia política foi ainda facilitado pelo clima neoliberal daquele período. Eis o Covas reivindicado pelo PSDB paulista.

Ninguém gosta de lembrar que o governador Covas usou métodos ilegais para reprimir greves de professores. Prendeu e exonerou aqueles que estavam organizados politicamente em grupos de inconformados radicais. Privatizou o patrimônio público (bancos, empresas, rodovias) e conviveu com focos de corrupção em seu governo. Não bastasse isso, ele cometeu dois erros que pesarão em sua biografia: a desestruturação da educação pública de primeiro e segundo graus em nosso Estado e o fim das ferrovias de nosso interior.

Os paulistas já sabem identificar analfabetos funcionais pelo nome: eles pertencem à “geração Covas”. Passaram por escolas lotadas (pois Covas fechou escolas!!!), com professores que, além de mal pagos, apanham da polícia e até dos alunos e sob o famigerado sistema “pedagógico” de aprovação automática sem as bases materiais condizentes com tal prática.

Por fim, quem viaja pelo interior de São Paulo vê belas estações de trem destruídas e abandonadas.
E o historiador Fernand Braudel dizia que a França foi construída com escolas e ferrovias...

Chegará a hora e a vez de personalidades como Covas acertar as contas com a história.

De minha parte, eu repito o lema do velho Marx: “Disse e salvei a minha alma”.

Deputado Paulo Teixeira manda um alô ao pessoal do Bacaroço

Entrevista com Sérgio Amadeu sobre software livre


Qual o benefício para uma criança, na escola, aprender a mexer num computador usando um software livre? Mais tarde, não será requisito para emprego que ela saiba usar softwares do modelo proprietário?

Ensinar com software livre significa formar uma pessoa dando opções. Ela passa a aprender a funcionalidade, ela não fica restrita a um tipo único de interface ou design. Ela não é adestrada, ela aprende. Eu não conheço um caso de uma pessoa que conhece Linux e não consegue emprego. Eu conheço o contrário. Eu sou sociólogo e vejo técnicos de Windows aqui e descubro que conheço mais de informática do que eles. Isso é ridículo. A verdade é o contrário: o modelo proprietário retira do usuário a autonomia do uso da máquina, a inteligência; o livre faz o contrário. Se a Microsoft muda a versão do Windows as pessoas que vem do modelo proprietário já não sabem como usar, porque foram adestradas. Você pode tanto dar condições ao jovem aprender hoje que software é mídia e não é simplesmente algo que tem que ser feito por um técnico, que se pode discutir funcionalidade e que ele precisa saber como funcionam os protocolos da Internet. Não tem a mínima condição confundir informatização com ampliação de um poder de monopólio que está perdendo força nos EUA, que tem que comprar o Yahoo para sobreviver, porque ele não tem a mínima condição de ficar de pé, porque é um modelo que não se amplia mais na rede. Eu estou informatizando meu país e vou fazer a sociedade ficar refém dessa plataforma de monopólio? Levar a sociedade ao mundo da informática é levá-la a ser prisioneira de um modelo de negócio de uma empresa de software norte-americana? Com muito mais facilidade hoje eu instalo o Ubuntu, aliás, muito mais fácil do que o Windows Vista, um fracasso total. Se você disser que o melhor navegador é da Internet Explorer, me desculpe, o melhor é o Firefox, que, por ser aberto, tem mais de 3.000 plugins de coisas fantásticas que eu posso conectar a ele. Tudo produzido por pessoas diferentes, do mundo todo, o cara na Nova Zelândia, na Índia, porque tem gente criando e disponibilizando para os usuários do Firefox. Já a Microsoft tem que criar tudo dentro dos seus funcionários.


Sérgio Amadeu da Silveira é sociólogo e doutor em Ciência Política pela USP. Implantou os Telecentros Comunitários em São Paulo durante a gestão Marta Suplicy, presidiu o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), entre 2003 e 2005; e coordenou o Comitê de Implementação de Software Livre (CISL) no Governo Federal. Desde então dá aulas na pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero e é consultor do Instituto Campus Party Brasil. É autor de Software Livre: a luta pela liberdade do conhecimento e Exclusão Digital: A miséria na Era da Informação

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O ensino público paulista sobreviverá?


O secretário de educação do Estado de São Paulo, Paulo Renato de Sousa, está correto ao insistir em avaliar professores por meio de provas teóricas, propostas para professores temporários e também aos já concursados, para efeito de promoção na carreira. Todavia, a presidente da APEOESP está também correta ao lembrar que, para Paulo Renato, um dos principais problemas da educação paulista é que “os professores são vítimas de um sistema de formação docente que privilegia o teórico e o ideológico em detrimento do conteúdo e da didática” e, sendo assim, é estranho que o governo, nas provas realizadas, tenha insistido no plano exclusivamente teórico. Desse modo, o que Maria Izabel Noronha, da APEOESP, aponta no discurso de Paulo Renato é um erro de coerência entre o que ele diz que pensa e o que ele faz. (Sousa, P.R. Melhora Sutil. JC, 04/03; Noronha, M. I. Pela melhora verdadeira da educação estadual. JC, 18/03)

Não penso que o problema de Paulo Renato, quanto ao que importa objetivamente, que é a melhora do ensino paulista, seja somente o de coerência. Um de seus erros centrais está na sua concepção a respeito da formação dos professores. Seria uma loucura acreditar que os estudantes de pedagogia que, enfim, irão ser os futuros professores de parte considerável do Ensino Fundamental, tenham uma sobrecarga de formação teórica. Paulo Renato parece não fazer a menor idéia do que é um curso de pedagogia. Ele se baseia, muito provavelmente, em estudos da direita política em educação, aqueles de Eunice Durhan (artigo meu) e das ex-secretaria de Educação de S. Paulo, Maria Helena de Castro, que insistem nessa idéia que, se fosse verdadeira, faria dos professores experts na discussão em filosofia, história e sociologia da educação. Mas, sabemos, não é este o caso.

Até mesmo quem não cursou pedagogia sabe bem que essa licenciatura é sobrecarregada de afazeres práticos, com uma quantidade mínima de horas dedicada à leitura dos clássicos e de apreço real ao “teórico”. Entre os cursos de Humanidades da universidade brasileira, o curso de pedagogia é conhecido por ser o menos exigente em termos de “leituras teóricas”. Aliás, a crítica geral do público universitário, seja de professores ou de alunos, é exatamente nesse sentido. Fala-se até em preconceito contra o estudante de pedagogia por causa dessa sua pouca dedicação aos clássicos. Sendo assim, qual a intenção de Paulo Renato ao dizer o que diz? Será que é puro desconhecimento de sua parte? Ele que, como gosta de expor, já foi secretário de Educação de São Paulo (governo Montoro), reitor da Unicamp e ministro da Educação por oitos longos anos, não sabe de nada a respeito do curso de pedagogia? Não creio.

Uma melhor leitura da frase de Paulo Renato pode revelar, talvez, sua verdadeira intenção. Ele não diz somente que a formação do professor é inflacionada teoricamente, ele diz, também, “ideologicamente”. Ah! Eis aí o ponto. Sabendo que Paulo Renato é alimentado por pesquisas com viés conservador, não é de todo descabido conjecturar que ele não faz uma correta distinção entre o teórico e o ideológico e, ao atacar o primeiro pode muito bem estar é preocupado mesmo é com o que pensa ser o segundo termo. Como uma boa parte da literatura pedagógica nossa, em termos bibliográficos, é formada por textos de pensadores de esquerda (Paulo Freire à frente), é provável que Paulo Renato esteja navegando nas águas da revista Veja. Ele ataca a “teoria” porque no fundo quer tirar da formação do professor o que verdadeiramente lhe incomoda, que é postura crítica de nossa literatura pedagógica.

Será que Paulo Renato tem coragem de assumir isso, publicamente, nos termos que a revista Veja, sua promotora, faz de modo escancarado? Será que ele, de público, falaria que quer ver livros de Paulo Freire fora do curso de pedagogia? E ele pararia aí? Talvez Paulo Renato, uma vez encorajado a dizer isso, desse até passos além e começasse a confessar o que outros, próximos a ele, dizem descaradamente, que Rousseau, Dewey, Anísio Teixeira antes atrapalhariam os professores que os ajudariam.

Aliás, já escrevi em livro (Filosofia e história da educação brasileira. São Paulo-Barueri: Manole, 2008) que Paulo Renato faz parte do que chamei de Partido dos Tecnocratas em Educação (PTE), que acredita que a única pesquisa não ideológica em educação é a comprometida ideologicamente com a direita política, e que se quer fazer passar por não ideológica à medida que se recheia de estatísticas.

Até aqui, abordei a questão da formação dos professores. Volto os olhos agora a outro tema enfocado na polêmica entre Paulo Renato e Maria Izabel Noronha. Trata-se do problema central quanto à qualidade do ensino paulista: os salários e as condições de trabalho do professorado.

Maria Izabel de Noronha está correta quando enfatiza que uma boa educação deve ser avaliada olhando para a sociedade e vendo os cidadãos que ela produziu. Justamente os americanos, que a tudo quantificam, fazem isso. Diante de um criminoso ou diante do Presidente eles sempre querem saber a respeito da primeira escola daquela pessoa, de sua primeira professora e coisas semelhantes. Faz-se aí uma relação direta, até mesmo ingênua às vezes, a respeito de quanto um cidadão é formado ou não pela escola. Creio que se nossa sociedade pensasse dessa maneira, mesmo que ingenuamente, isso seria um ganho para a escola. Todavia, a presidente da APEOESP não acerta quando insiste que esse modo de avaliar é o único que realmente deve ser levado adiante. O método de avaliação do secretário Paulo Renato, que é o das provas individuais, está correto e é sim um modo de mensurar o saber do professor. Com exames, o professor é incentivado a estudar. Ainda que, em algumas avaliações, exista problema na preparação das provas, não há dúvida que a época de concursos e provas é um período muito útil na vida do professor. Depois que passa, ele próprio diz que “valeu a pena”. Ora, mas se é assim, onde está o problema?

O problema conjuntural pode ser o da qualidade da prova aplicada. Mas o problema estrutural, e é esse que importa aqui, é que as provas são aplicadas aos professores enquanto estes se mantém em condições extremamente desgastantes e infrutíferas e, além disso, não são o real instrumento de promoção na carreira do magistério. Ou seja, as provas são aplicadas em professores que estão ganhando muito pouco, abaixo de qualquer outro trabalhador com os mesmos anos de estudo, e isso é altamente desmotivador. Os salários são tão aviltantes (7 reais a hora-aula!) que a própria condição de vida do professor é afetada. Ele não se sente cidadão e, portanto, não vê como poderia formar outros cidadãos. Não se pode querer aplicar uma política que prevê provas para a promoção dos professores a partir de um patamar zero de ganhos. É necessário que aqueles que vão se submeter às provas promocionais estejam já em algum patamar digno, caso contrário não terão força suficiente para galgar o primeiro degrau.

Se não bastasse isso, há ainda a denúncia correta da presidente da APEOESP contra Paulo Renato, que diz respeito ao modo como a promoção é feita: somente 20% dos professores podem fazer a prova e, talvez, ficar esperando ter algum benefício salarial advindo daí. Ora, 20% é muito pouco. Se 80% de uma categoria de trabalhadores da educação não tem chance de promoção pelo único critério escolhido pelo governador, é possível dizer que, neste caso, há uma política educacional neoliberal vigente? Não! Isso não é uma política neoliberal, como alguns da esquerda dizem. Uma política neoliberal autêntica forçaria a produtividade individual e, para que isso viesse a resultar em uma boa produtividade no conjunto, faria questão de ver todos os que recebem salários produzindo ao máximo. Uma política educacional neoliberal autêntica inverteria a relação: talvez só 20% ficassem sem acesso às provas promocionais. Ora, essa política de Paulo Renato é muito pouco arrojada para se querer tirar qualquer resultado proveitoso dela. Então, o que ocorre aqui?

Tudo indica que objetivos outros que não os de qualquer política educacional é que dão as prioridades do governo José Serra. Paulo Renato não é secretário da Educação, ele é apenas um político que o governador usa como testa de ferro diante de greves que, de antemão, já se sabe que é possível suportar. Em outras palavras: no cômputo geral do dinheiro de São Paulo, o governador tem outras prioridades (talvez até algo não confessável) e um dos setores deverá se sacrificar em benefício de outros. A educação pública foi escolhida para o sacrifício e, no interior desta, a categoria dos professores é a menina dos olhos de Serra para ser punida. Uma greve de professores se torna logo impopular – isso o governador sabe bem. E uma escola pública capenga em qualidade, para um Brasil pobre, é até mais do que o trabalhador sonha. Os grupos de classe média? Bom, esses grupos que se virem e paguem escolas particulares, ainda que estas, na atual situação, também não estejam lá muito bem das pernas em termos de qualidade pedagógica.

Diante disso, o ensino público paulista sobreviverá? Não! Não há qualquer chance para ele se essa política continuar. No momento em que escrevo os professores paulistas estão em greve. Creio que pode ser uma das últimas greves dessa categoria antes de um real colapso que, depois, será negado através da maquiagem das estatísticas.

Paulo Ghiraldelli Jr, filósofo

16 março, 2010

Operação "Tempestade no Cerrado" - É guerra!

“Tempestade no Cerrado”: é o apelido que ganhou nas redações a operação de bombardeio midiático sobre o governo Lula, deflagrada nesta primeira quinzena de Março, após o convescote promovido pelo Instituto Millenium.

A expressão é inspirada na operação “Tempestade no Deserto”, realizada em fevereiro de 1991, durante a Guerra do Golfo.

Liderada pelo general norte-americano Norman Schwarzkopf, a ação militar destruiu parcela significativa das forças iraquianas. Estima-se que 70 mil pessoas morreram em decorrência da ofensiva.

A ordem nas redações da Editora Abril, de O Globo, do Estadão e da Folha de S. Paulo é disparar sem piedade, dia e noite, sem pausas, contra o presidente, contra Dilma Roussef e contra o Partido dos Trabalhadores.

A meta é produzir uma onda de fogo tão intensa que seja impossível ao governo responder pontualmente às denúncias e provocações.

As conversas tensas nos "aquários" do editores terminam com o repasse verbal da cartilha de ataque:

1) Manter permanentemente uma denúncia (qualquer que seja) contra o governo Lula nos portais informativos na Internet.

2) Produzir manchetes impactantes nas versões impressas. Utilizar fotos que ridicularizem o presidente e sua candidata.

3) Ressuscitar o caso “Mensalão”, de 2005, e explorá-lo ao máximo. Associar Lula a supostas arbitrariedades cometidas em Cuba, na Venezuela e no Irã.

4).Elevar o tom de voz nos editoriais.

5) Provocar o governo, de forma que qualquer reação possa ser qualificada como tentativa de “censura”

6)Selecionar dados supostamente negativos na Economia e isolá-los do contexto.

7)Trabalhar os ataques de maneira coordenada com a militância paga dos partidos de direita e com a banda alugada das promotorias.

8)Utilizar ao máximo o poder de fogo dos articulistas.

Quem está por trás

Parte da estratégia tucano-midiática foi traçada por Drew Westen, norte-americano que se diz neurocientista e costuma prestar serviços de cunho eleitoral.

É autor do livro The Political Brain, que andou pela escrivaninha de José Serra no primeiro semestre do ano passado.

A tropicalização do projeto golpista vem sendo desenvolvida pelo “cientista político” Alberto Carlos Almeida, contratado a peso de ouro para formular diariamente a tática de combate ao governo.

Almeida escreveu Por que Lula? e A cabeça do brasileiro, livros que o governador de São Paulo afirma ter lido em suas madrugadas insones.

O conteúdo

As manchetes dos últimos dias, revelam a carga dos explosivos lançados sobre o território da esquerda.

Acusam Lula, por exemplo, de inaugurar uma obra inacabada e “vetada” pelo TCU.

Produzem alarde sobre a retração do PIB brasileiro em 2009.

Criam deturpações numéricas.

A Folha de S. Paulo, por exemplo, num espetacular malabarismo de ideias, tenta passar a impressão de que o projeto “Minha Casa, Minha Vida” está fadado ao fracasso.

Durante horas, seu portal na Internet afirmou que somente 0,6% das moradias previstas na meta tinham sido concluídas.

O jornal embaralha as informações para forjar a ideia de que havia alguma data definida para a entrega dos imóveis.

Na verdade, estipulou-se um número de moradias a serem financiadas, mas não um prazo para conclusão das obras. Vale lembrar que o governo é apenas parceiro num sistema tocado pela iniciativa privada.

A mesma Folha utilizou seu portal para afirmar que o preço dos alimentos tinha dobrado em um ano, ou seja, calculou uma inflação de 100% em 12 meses.

A leitura da matéria, porém, mostra algo totalmente diferente. Dobrou foi a taxa de inflação nos dois períodos pinçados pelo repórter, de 1,02% para 2,10%.

Além dos deturpadores de números, a Folha recorre aos colunistas do apocalipse e aos ratos da pena.

É o caso do repórter Kennedy Alencar. Esse, por incrível que pareça, chegou a fazer parte da assessoria de imprensa de Lula, nos anos 90.

Hoje, se utiliza da relação com petistas ingênuos e ex-petistas para obter informações privilegiadas. Obviamente, o material é sempre moldado e amplificado de forma a constituir uma nova denúncia.

É o caso da “bomba” requentada neste março. Segundo Alencar, Lula vai “admitir” (em tom de confissão, logicamente) que foi avisado por Roberto Jefferson da existência do Mensalão.

Crimes anônimos na Internet

Todo o trabalho midiático diário é ecoado pelos hoaxes distribuídos no território virtual pelos exércitos contratados pelos dois partidos conservadores.

Três deles merecem destaque...

1) O “Bolsa Bandido”. Refere-se a uma lei aprovada na Constituição de 1988 e regulamentada pela última vez durante o governo de FHC. Esses fatos são, evidentemente, omitidos. O auxílio aos familiares de apenados é atribuído a Lula. Para completar, distorce-se a regra para a concessão do benefício.

2) Dilma “terrorista”. Segundo esse hoax, além de assaltar bancos, a candidata do PT teria prazer em torturar e matar pacatos pais de família. A versão mais recente do texto agrega a seguinte informação: “Dilma agia como garota de programa nos acampamentos dos terroristas”.

3) O filho encrenqueiro. De acordo com a narração, um dos filhos de Lula teria xingado e agredido indefesas famílias de classe média numa apresentação do Cirque du Soleil.

O que fazer

Sabe-se da incapacidade dos comunicadores oficiais. Como vivem cercados de outros governistas, jamais sentem a ameaça. Pensam com o umbigo.

Raramente respondem à injúria, à difamação e à calúnia. Quando o fazem, são lentos, pouco enfáticos e frequentemente confusos.

Por conta dessa realidade, faz-se necessário que cada mente honesta e articulada ofereça sua contribuição à defesa da democracia e da verdade.

São cinco as tarefas imediatas...

1) Cada cidadão deve estabelecer uma rede com um mínimo de 50 contatos e, por meio deles, distribuir as versões limpas dos fatos. Nesse grupo, não adianda incluir outros engajados. É preciso que essas mensagens sejam enviadas à Tia Gertrudes, ao dentista, ao dono da padaria, à cabeleireira, ao amigo peladeiro de fim de semana. Não o entupa de informação. Envie apenas o básico, de vez em quando, contextualizando os fatos.

2) Escreva diariamente nos espaços midiáticos públicos. É o caso das áreas de comentários da Folha, do Estadão, de O Globo e de Veja. Faça isso diariamente. Não precisa escrever muito. Seja claro, destaque o essencial da calúnia e da distorção. Proceda da mesma maneira nas comunidades virtuais, como Facebook e Orkut. Mas não adianta postar somente nas comunidades de política. Faça isso, sem alarde e fanatismo, nas comunidades de artes, comportamento, futebol, etc. Tome cuidado para não desagradar os outros participantes com seu proselitismo. Seja elegante e sutil.

3) Converse com as pessoas sobre a deturpação midiática. No ponto de ônibus, na padaria, na banca de jornal. Parta sempre de uma concordância com o interlocutor, validando suas queixas e motivos, para em seguida apresentar a outra versão dos fatos.

4) Em caso de matérias com graves deturpações, escreva diretamente para a redação do veículo, especialmente para o ombudsman e ouvidores. Repasse aos amigos sua bronca.

5) Se você escreve, um pouquinho que seja, crie um blog. É mais fácil do que você pensa. Cole lá as informações limpas colhidas em bons sites, como aqueles de Azenha, PHA,Grupo Beatrice, entre outros. Mesmo que pouca gente o leia, vai fazer volume nas indicações dos motores de busca, como o Google. Monte agora o seu.

A guerra começou. Não seja um desertor.

Mauro Carrara - fonte: blog - Escrevinhador

14 março, 2010

Deputado Paulo Teixeira cumprimenta o Vereador Izidio, de Sorocaba

José Eduardo Cardozo não será candidato a reeleição

O deputado federal José Eduardo Cardozo (PT/SP) anunciou em seu site que não será candidato nas próximas eleições.

Segundo declarou:

Comecei a ter uma vida política mais intensa no movimento estudantil, especialmente quando, ao final dos anos 70, fui Presidente do Centro Acadêmico “22 de agosto” da PUC/SP. Desde a sua fundação, ingressei no PT onde hoje, pela segunda vez, ocupo o cargo de Secretário-Geral Nacional. Convidado por Luiza Erundina, tive a honra de participar da primeira gestão petista na Cidade de São Paulo, na condição de Secretário de Governo do Município, deixando o cargo apenas para disputar minha primeira eleição ao Legislativo Paulistano.
(...)
Desde a última campanha eleitoral, disse e repeti, por diversas vezes, que achava difícil a possibilidade de vir a participar de uma nova eleição à Câmara dos Deputados, se não houvesse uma radical reforma do sistema político brasileiro. Afirmava que, se houvesse oportunidade e fosse útil ao meu partido, minha disposição poderia vir a ser até a de disputar eventualmente um cargo majoritário. Mas, antevendo o futuro, já começava a dialogar com os meus eleitores sobre a possibilidade daquela ser a minha última disputa para um mandato proporcional. Fazia isso, no curso de uma campanha, por já não me sentir confortável em disputas onde os recursos financeiros cada vez mais decidem o sucesso de uma campanha, onde apoios eleitorais não são obtidos pelo convencimento político das idéias, pelo programa ou pela própria atuação do candidato proporcional, mas quase sempre pelo quanto de “estrutura” financeira ele pode distribuir. Já naquele momento começava a me sentir desestimulado em disputar eleições onde os órgãos fiscalizadores partem de interpretações tão rígidas e formais das regras eleitorais que mesmo os mais sérios e cautelosos dos candidatos poderão sofrer pesadas punições, enquanto os adeptos de práticas não republicanas correm praticamente os mesmos riscos quando realizam suas campanhas milionárias, engordando seus patrimônios pessoais e obtendo votos a peso de ouro. Hoje um político sério no Brasil pode vir a ser punido ou mesmo correr o risco de perder o seu mandato, por um mero descuido ou erro formal. Será então exposto à impiedosa execração pública que o tratará como um criminoso de alta periculosidade, com seu nome e fotografia estampado pelos órgãos de comunicação, sem que se busque saber, exatamente qual “delito”, de fato, ele cometeu. Seus familiares, mesmo conscientes da lisura ética do punido, amargarão a vergonha e a zombaria pública, recebendo também uma sanção social implacável. Já os corruptos cuidadosos que podem pagar bons e caros técnicos que os assessoram, costumam não cometer erros desta natureza, ao engendrarem suas grandes “falcatruas”. Bem assessorados, quase sempre saem “limpos” das disputas eleitorais e aptos a continuar a assaltar os cofres públicos com a mesma desenvoltura de sempre. Quando, porém, eventualmente, são pegos pelas malhas da lei, já possuem os cofres nutridos para pagar bons advogados e fortuna suficiente para fugir da execração social em lugares acolhedores do mundo. Por serem desonestos, já estavam preparados para o “risco” das suas atividades perigosas.

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09 março, 2010

Nota do Partido dos Trabalhadores

É com perplexidade e absoluta indignação que o Partido dos Trabalhadores vem acompanhando a escalada de ataques mentirosos, infundados e caluniosos por parte de alguns órgãos da imprensa a partir de matéria sensacionalista publicada na última edição da revista Veja.

O mais absurdo desses ataques se deu hoje, terça-feira (9), quando o jornal O Estado de S.Paulo usou seu principal editorial para acusar o PT de ser “o partido da bandidagem” – extrapolando todos os limites da luta política e da civilidade sem qualquer elemento que sustente sua tese.

O PT tem uma incontestável história de lutas em defesa da democracia, da cidadania, da justiça e das liberdades civis. Nasceu dessas lutas, se consolidou a partir delas e, nos governos que conquistou, tem sido o principal promotor da idéia de um Brasil efetivamente para todos, com absoluto respeito às instituições democráticas, às regras do jogo político e ao direito fundamental à liberdade de opinião e expressão.

Para nós, a diversidade de opiniões é a essência não só da democracia, mas também do próprio PT. Devemos a essa característica, em grande parte, o sucesso de nosso projeto de país, cujo apoio majoritário da população se dá em oposição aos interesses da minoria que nos ataca.

Nem o PT nem a sociedade brasileira podem aceitar o baixo nível para o qual parte da mídia ameaça levar o embate político às vésperas de mais uma eleição presidencial. O Brasil não merece isso. A democracia não merece isso. A liberdade de imprensa, defendida pelo PT mais do que por qualquer outro partido, não merece que façam isso em nome dela.

O PT não entrará nesse jogo, no qual só ganham aqueles que têm pouco ou nenhum compromisso com a democracia. Mas buscará, pelas vias institucionais, a devida reparação judicial pelas infâmias perpetradas contra o partido e seus milhões de militantes nos últimos dias.

Acionaremos judicialmente o jornal o Estado de S.Paulo, pelo editorial desta terça, e a revista Veja, pela matéria que começou a circular no último sábado. Também representaremos no Conselho Nacional do Ministério Público contra o promotor José Carlos Blat, fonte primária de onde brotam as mentiras, as ilações, as acusações sem prova e o evidente interesse em usar a imprensa para se promover às custas de acusações desprovidas de qualquer base jurídica ou factual.

José Eduardo Dutra
Presidente Nacional do PT

08 março, 2010

Dinei no pagode do Navio do Centenário

Não ao facismo

por José Carlos Triniti Fernandes - Presidente do PT Sorocaba

Antônio Luiz Pimentel e Manoel de Souza, advogados, escreveram, respectivamente no Bom Dia de domingo (7) e segunda-feira (8), cartas que assustam não pelo eventual conteúdo crítico às políticas implementadas pelo governo Lula, uma vez que todo poder democrático está aberto a questionamentos.

Elas assustam pelo tom golpista e reacionário: um, Antônio, considera os eleitores “reles e analfabetos”. A consequência lógica é: acabem com as eleições diretas, pelas quais tanto lutou o conjunto do povo brasileiro. Outro, Manoel, implora – como fazia a velha UDN de Carlos Lacerda – às Forças Armadas que “botem Dilma para correr”.

É o fascismo em estado puro, o golpismo reacionário botando os dentes para fora. A resposta a esta gente não pode ser só nossa, do PT. Clamo a todas as forças democráticas, ligadas aos partidos que combateram a ditadura militar, que fiquem alertas. Uma disputa eleitoral, mesmo tão importante como a que viveremos neste ano de 2010, não pode abrir espaços para retrocessos de tão grande monta.

A ditadura já infelicitou o Brasil por gerações. Não vamos permitir que uns poucos saudosistas ignorantes (porque ignoram a História) coloquem em xeque a democracia, bem maior que custou luta, lágrimas e sangue de muitos democratas.

Serra chupando uva com a cleptogovernadora Yeda Crusius (PSDB-RS)


03 março, 2010

O "Estado de Minas" detona Serra e o PSDB de São Paulo

Indignação. É com esse sentimento que os mineiros repelem a arrogância de lideranças políticas que, temerosas do fracasso a que foram levados por seus próprios erros de avaliação, pretendem dispor do sucesso e do reconhecimento nacional construído pelo governador Aécio Neves. Pior. Fazem parecer obrigação do líder mineiro, a quem há pouco negaram espaço e voz, cumprir papel secundário, apenas para injetar ânimo e simpatia à chapa que insistem ser liderada pelo governador de São Paulo, José Serra, competente e líder das pesquisas de intenção de votos até então.

Atarantados com o crescimento da candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, percebem agora os comandantes do PSDB, maior partido de oposição, pelo menos dois erros que a experiência dos mineiros pretendeu evitar. Deveriam ter mantido acesa, embora educada e democrática, a disputa interna, como proposto por Aécio. Já que essa estratégia foi rejeitada, que pelo menos colocassem na rua a candidatura de Serra e dessem a ela capacidade de aglutinar outras forças políticas, como fez o Palácio do Planalto com a sua escolhida, muito antes de o PT confirmar a opção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na política, a hesitação cobra caro, mais ainda numa disputa que promete ser das mais difíceis. Não há como negar que a postura vacilante do próprio candidato, até hoje não lançado, de atrair aliados tem adubado a ascensão da pouco conhecida candidata oficial. O que é inaceitável é que o comando tucano e outras lideranças da oposição queiram pagar esse preço com o sacrifício da trajetória de Aécio Neves. Assim como não será justo tributar-lhe culpa em caso de derrota de uma chapa em que terá sido apenas vice, também incomoda os mineiros uma pergunta à arrogância: se o mais bem avaliado entre os governadores da última safra de gestores públicos é capaz de vitaminar uma chapa insossa e em queda livre, por que Aécio não é o candidato a presidente?

Perplexos ante mais essa demonstração de arrogância, que esconde amadorismo e inabilidade, os mineiros estão, porém, seguros de que o governador “político de alta linhagem de Minas” vai rejeitar papel subalterno que lhe oferecem. Ele sabe que, a reboque das composições que a mantiveram fora do poder central nos últimos 16 anos, Minas desta vez precisa dizer não.

Estado de Minas (Editorial)

Bateria da Gaviões no Navio do Centenário

02 março, 2010

Hoje, Paulo Teixeira na MTV

O deputado Paulo Teixeira participa hoje (2), às 22h30, do programa MTV Debate, que terá como tema a regulamentação e os limites da liberdade na internet.

    Além do deputado, participarão da conversa:
  • Denny Roger, que trabalha com segurança na internet;
  • Sergio Amadeu, sociólogo e defensor da liberdade na rede;
  • Camilla do Vale, advogada especialista em crimes cibernéticos;
  • Carlos Eduardo Miguel Sobral, delegado da Polícia Federal e chefe da unidade de repressão aos crimes cibernéticos;
  • Julio Semeghini, deputado federal (PSDB-SP) que está envolvido com o projeto de lei sobre regulamentação na internet

O debate será conduzido por Lobão, apresentador do programa.

01 março, 2010

PT, CUT e moradores pedem que Serra cumpra promessa do Poupatempo

O Partido dos Trabalhadores de Sorocaba, em conjunto com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), realizou ato, no último sábado (27/2), em protesto à demora da construção de uma unidade fixa do Poupatempo ao lado do terminal São Paulo, em Sorocaba. Além de moradores, estiveram presentes à manifestação o presidente do diretório Municipal do PT, José Carlos Triniti Fernandes, o deputado estadual Hamilton Pereira, a representante do MEC no Estado de São Paulo, Iara Bernardi, e os vereadores Francisco França e Izídio de Brito Correia.

A realização do protesto foi definida em reunião do diretório do Partido na semana passada. Segundo Triniti, a instalação do Poupatempo vem sendo prometida desde 2007. "Naquela oportunidade, o governo do Estado disse que seria entregue no segundo semestre de 2008, exatamente em ano eleitoral, depois ficou para 2009, mais uma vez a promessa não se concretizou", relata. "Então jogaram para 2010 e agora o governador José Serra alega que talvez em 2011, enganando novamente o povo sorocabano", destaca o presidente.

Hamilton Pereira explicou que desde 2005 vem cobrando do governo, através de requerimento, que a obra saia do papel, mas que as respostas são sempre evasivas. O deputado informou também que está preocupado com o modelo de atendimento que o governo estadual estabelecerá para a cidade. Quando a construção da unidade fixa foi anunciada, a secretaria destacou que o posto local oferecerá cerca de 50 serviços públicos, entre eles a emissão de RG, Carteira de Trabalho e Renovação de CNH, além de acesso gratuito à internet, que, de acordo com o órgão, correspondem a cerca de 70% da demanda atual nas unidades em funcionamento. "Isso é um desrespeito à população, um absurdo. Outras cidades têm até 400 serviços prestados e Sorocaba também merece", opinou o parlamentar.

O vereador França afirmou que também cobrou a construção equipamento público através de requerimento ao prefeito Vitor Lippi (PSDB), mas que "infelizmente o executivo aceita passivamente essa situação que o governo impõe a Sorocaba". Ele informou que o Partido, juntamente com a CUT, se comprometeu em organizar um cronograma das promessas não cumpridas e cobrar para que não caia no esquecimento da população.

Para Iara Bernardi o descaso do Governo Serra não está apenas no abandono do Poupatempo, mas também na educação e na saúde. "São Paulo está na contramão do crescimento do país, estamos corretos em protestar para cobrar as promessas não compridas pelo estado e pelo município", afirmou Iara.

Já o vereador Izídio de Brito falou sobre o modelo de administração do PSDB, que promete e não faz. "O Poupatempo, que beneficiaria tanto Sorocaba como toda a região, hoje é um pasto servindo de estacionamento e mais um local para receber bandido", afirma o vereador. "Esse governo tucano não tem projetos e vem perdendo, inclusive, recursos do governo federal", completa Izídio citando que recentemente Sorocaba perdeu mais de R$ 1 milhão que seria destinado ao Parque São Bento.

No final do ato, em clima de protesto, foi cantado parabéns e cortado um bolo distribuído aos presentes pelo aniversário da não construção do Poupatempo em Sorocaba. Os organizadores concluíram dizendo que ficarão atentos e que não descartam a realização de outras manifestações cobrando esta e outras promessas não cumpridas pelo governo do Estado e pela Prefeitura de Sorocaba.

Jose Carlos Triniti Fernandes, presidente do PT de Sorocaba

Confira parte do Show do Toquinho no Navio do Centenário do Timão!!!!!

Realidade macabra

Tufão,Farinha, Quinho, Xoto, Lála, Gedião, Gordinho, Paulinho, Pixo, Decrei, Japão, Leandro, Cukão, Messias... poderiam ser da escalação do EC Laranjeiras, mas infelizmente é a lista de alguns amigos que morreram de forma violenta no bairro em que moro.

Assassinatos são a causa de 46% das mortes entre jovens de 12 a 18 anos; na maioria pobre e negra. Um estudo realizado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) transformou em dados estatísticos uma realidade já conhecida pela maioria das famílias que vivem nas periferias do Brasil: se nada for feito para mudar essa situação, desde 2006 – quando os dados foram coletados – até 2011, cerca de 33,4 mil adolescentes serão mortos.

Em termos nacionais e em quase todos os setores sociais da juventude, os homicídios estão à frente de todas as demais causas de morte nesta mesma faixa etária. As chamadas causas naturais são responsáveis pelo óbito de 25% dos jovens. Já os acidentes, correspondem a cerca de 23%.

Obviamente, quase toda a mídia deu destaque para o fato de que boa parte dos assassinatos tinha alguma relação com a criminalidade ou consumo de drogas. Uma constatação não só tardia como também cínica.

Enquanto a política pública mais próxima da periferia for a polícia, essa situação tende a se repetir, nossa juventude necessita urgentemente de socorro, aqui no Parque das Laranjeiras ou na Vila Cruzeiro.

Sei lá, muito velório rolou de lá pra cá, qual a próxima mãe que vai chorar? (RACIONAIS M´CS)

por Josué de Lima