Uma grande quantidade de cágados pode ser vista no ponto em que o córrego Supiriri encontra-se com o rio Sorocaba, na avenida Dom Aguirre. A cena chamou a atenção do leitor Valdecir Alvares, que registrou o “banho de sol” dos animais.Mas, ao contrário do que o próprio Valdecir sugere, de que eles resistem à poluição e representam vida aquática, a presença de cágados pode ser associada a ambientes alterados pelo homem.
Essa é a avaliação do biólogo Nobel Penteado de Freitas, coordenador do Núcleo de Estudos Ambientais da Uniso (Universidade de Sorocaba). “Assim como o pardal e a garça, o cágado sobrevive ao ambiente restrito pelo homem e se adapta ao impacto ambiental das regiões urbanas”, explica. Segundo o professor, “eles se alimentam de qualquer coisa; comem, inclusive, larvas de mosquito e nesse sentido contribuem para o controle de pernilongos e moscas na região”. No local onde são vistos com mais freqüência na Dom Aguirre, ainda há lançamento de esgoto.
A partir da implantação dos coletores-tronco para a despoluição do rio, Nobel acredita que a população de cágados que ali se reproduz sem predadores possa encolher. “Com as águas mais limpas, teremos mais espécies de peixes e mais aves naturais para competir com eles”, avalia.
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