O Tribunal de Contas do Estado (TCE) suspendeu novamente a licitação de compra das cestas básicas de alimentos para os servidores municipais da Prefeitura de Sorocaba. O anúncio foi feito 5ª feira (13/4), pela própria Prefeitura por meio de edital publicado no Diário Oficial do Estado. A Prefeitura não detalha o motivo da suspensão, mas informa que a mesma ocorreu "a fim de se proceder a uma reavaliação técnica dos termos do edital".
Esta é a segunda vez que o TCE determina a suspensão da licitação para que a Prefeitura possa providenciar alterações nos termos do edital de compra. A primeira suspensão se deu em março último, atendendo representação protocolada por uma empresa do ramo de cestas básicas. A compra destina-se ao fornecimento de cestas básicas para cerca de sete mil servidores municipais. A Prefeitura Municipal de Sorocaba informou, ainda no edital, que "a nova data (para a reabertura do pregão) será designada oportunamente".
A licitação está sendo realizada por meio do pregão eletrônico nº 009/2006 do Sistema Eletrônico do Banco do Brasil (www.licitacoes-e.com.br). A Secretaria Municipal da Administração estima que o pregão eletrônico do Banco do Brasil vai proporcionar uma redução de 30% a 40% na compra das cestas básicas. Conforme informações do Sindicato dos Servidores Municipais, a Prefeitura estaria pagando R$ 89,90 por cesta básica, mas com a compra estando feita no pregão eletrônico, poderá vir a conseguir um preço de até R$ 65,00 ou menos.
O Sindicato dos Servidores Públicos já informou, recentemente, que a maioria dos servidores quer continuar recebendo a cesta básica de alimentos, não se interessando pelo cartão-alimentação. Para o sindicato, o cartão-alimentação viria a aumentar os custos da Prefeitura, já que a estimativa é de que cada servidores precisaria de R$ 100,00 para poder comprar no varejo todos os produtos que integram a cesta básica que é adquirida no atacado.
Pagar R$ 89,90 por uma cesta básica que custa R$ 65,00? Sete mil cestas por mês? Reza a lenda que a compra de cestas básicas era um dos maiores "esquemas" do governo anterior. A proposta de fornecer cartão-alimentação, quebraria o "esquema". E ainda contribuiria com a economia local, pois os servidores municipais fariam uso do cartão-alimentação em diversos estabelecimentos comerciais de Sorocaba. Mas o sindicato dos servidores, caninamente leal ao prefeito anterior, não concordou. Dessa vez Lippi pretendia fazer algo correto. Mas ficou refém das estruturas de poder do montadas pelo ex-prefeito. São tais "esquemas" e "rabos", deixados pelo ex-prefeito, que inviabilizam o governo Lippi. Que por sua vez não teve coragem para confrontar. Ainda.
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