23 abril, 2006
Nelson Pereira atordoa crítica e público com Brasília 18%
Nelson Pereira dos Santos jura que não quis debochar da Academia Brasileira de Letras, na qual acaba de ingressar, para ocupar a cadeira que foi originalmente de Castro Alves. Todos os personagens de Brasília 18%, o novo longa do diretor, que acaba de estrear, têm nomes de escritores. O protagonista, interpretado por Carlos Alberto Riccelli, é um legista radicado em Los Angeles e é chamado à Capital Federal para elucidar um caso de assassinato político que envolve altos figurões da República. Nelson, como sempre, gosta de dar nomes aos personagens logo na primeira escritura do roteiro. Colocou Olavo Bilac no personagem principal e os outros foram todos surgindo com nomes de escritores. Num filme sobre a corrupção e a decadência da política (ou dos políticos), ele achou que seria interessante chamar, por exemplo, de Machado de Assis um analfabeto que não sabe redigir os próprios discursos. Para evitar constrangimentos, Nelson levou o roteiro a seus colegas acadêmicos. Eles não se sentiram melindrados nem acham que o Congresso corrupto, com nomes de autores que fizeram a história da literatura no País, vá respingar na Academia Brasileira de Letras.
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