Diz respeito a duas matérias semelhantes que D. Mainardi teria publicado na Veja em períodos distantes. Uma em fevereiro e outra recentemente. Aqui estará a parte final do texto.
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Um leitor atento vai reparar que o assunto de fevereiro é o mesmo tratado na edição da semana passada (edição nº 1956, de 17/5/ 2006). Na coluna de fevereiro, que acompanha a reportagem baseada em sua própria "apuração", o parajornalista Mainardi "explica" o "caso Nahas" situando o pagamento que o investidor recebeu a título de consultoria como parte da guerra de bastidores travada pelo controle da Brasil Telecom – que envolve a Telecom Itália, de um lado, e o banqueiro Dantas e seu Opportunity, de outro.
Na semana passada, a coluna de Mainardi foi trazida para o início da revista para acompanhar a "denúncia", esta assinada por Márcio Aith, de que Daniel Dantas teria em seu poder um dossiê com supostas contas bancárias no exterior de autoridades federais e ex-ministros do governo Lula, incluindo o presidente da República. Como pano de fundo nos dois casos, a disputa pela Brasil Telecom, as investigações da Kroll e as palavras de Daniel Dantas, com quem Mainardi esteve "por 4 horas", conforme informou o colunista na semana passada.
A publicação da coluna de Mainardi nas páginas nobres da revista e a participação do parajornalista na apuração das duas reportagens – no material de Márcio Aith há indícios claros da colaboração de Diogo, além da entrevista com Dantas – revelam que Veja está levando a sério o que Mainardi tem a dizer. Enquanto sua coluna se resumia aos ataques repletos de adjetivos ao presidente Lula e sua equipe, Veja tinha a desculpa – meio esfarrapada, é verdade – de que publicava Mainardi para garantir o espaço ao contraditório, em nome da liberdade de expressão. Os leitores, por sua vez, poderiam tomar os textos do colunista pelo que realmente são – ataques gratuitos de um clown de extrema-direita, um bufão a procura de um papel.
Veja, no entanto, decidiu levar Mainardi a sério e passou a "comprar" os delírios do colunista. A direção da Abril deve saber o que está fazendo. A cada dia que passa, porém, cresce a sensação de que a revista Veja perdeu o senso de realidade e se dedica não ao jornalismo, mas a uma campanha política contra Lula e o PT.
Na semana passada, a coluna de Mainardi foi trazida para o início da revista para acompanhar a "denúncia", esta assinada por Márcio Aith, de que Daniel Dantas teria em seu poder um dossiê com supostas contas bancárias no exterior de autoridades federais e ex-ministros do governo Lula, incluindo o presidente da República. Como pano de fundo nos dois casos, a disputa pela Brasil Telecom, as investigações da Kroll e as palavras de Daniel Dantas, com quem Mainardi esteve "por 4 horas", conforme informou o colunista na semana passada.
A publicação da coluna de Mainardi nas páginas nobres da revista e a participação do parajornalista na apuração das duas reportagens – no material de Márcio Aith há indícios claros da colaboração de Diogo, além da entrevista com Dantas – revelam que Veja está levando a sério o que Mainardi tem a dizer. Enquanto sua coluna se resumia aos ataques repletos de adjetivos ao presidente Lula e sua equipe, Veja tinha a desculpa – meio esfarrapada, é verdade – de que publicava Mainardi para garantir o espaço ao contraditório, em nome da liberdade de expressão. Os leitores, por sua vez, poderiam tomar os textos do colunista pelo que realmente são – ataques gratuitos de um clown de extrema-direita, um bufão a procura de um papel.
Veja, no entanto, decidiu levar Mainardi a sério e passou a "comprar" os delírios do colunista. A direção da Abril deve saber o que está fazendo. A cada dia que passa, porém, cresce a sensação de que a revista Veja perdeu o senso de realidade e se dedica não ao jornalismo, mas a uma campanha política contra Lula e o PT.
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