Jornal denuncia lobby de deputada tucana a favor de presidiário
O jornal Folha de S.Paulo, do último dia 30 de dezembro, publicou matéria sobre o pedido feito pela deputada Zulaiê Cobra (PSDB-SP) ao secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, para a transferência de um preso. Segundo a reportagem, Zulaiê Cobra encaminhou ofício ao secretário para que ele verificasse a "possibilidade de transferência" de um preso condenado a 30 anos por latrocínio (roubo seguido de morte) e formação de quadrilha, a um centro de ressocialização - onde ficam presos considerados de baixa periculosidade.
A reportagem diz ainda que o pedido, datado de 27 de janeiro de 2005, foi atendido, e o preso foi transferido em 24 de maio para Mogi Mirim. Quatro dias depois, ele foi resgatado. A polícia investiga a suspeita de o preso ser ligado à facção criminosa PCC. Zulaiê encaminhou o pedido cerca de dois meses depois de outro, feito pelo próprio preso Jean Francisco Iotti, que foi negado pela mesma Secretaria da Administração Penitenciária. Na época, a secretaria alegou que ele não tinha perfil para ficar no centro.
A matéria da Folha de S.Paulo afirma que a Procuradoria Geral de Justiça investigou Furukawa, que é subordinado do governador tucano Geraldo Alckmin, mas decidiu arquivar o caso. Diz ainda que a Procuradoria não tem competência de investigar uma deputada federal - o que só poderia ser feito pela Procuradoria Geral da República, que não foi acionada. Segundo a reportagem, não foi constatado indício de que Furukawa e Zulaiê Cobra tenham tido participação no resgate do preso. Segundo a Folha de S.Paulo, Jean Francisco Iotti foi recapturado, em novembro de 2005, em Americana (128 km a noroeste de São Paulo). Com ele, foi encontrada a contabilidade do PCC (Primeiro Comando da Capital). Iotti seria, segundo a polícia, contador da facção criminosa em Campinas.
18 maio, 2006
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