O criminoso João Arcanjo Ribeiro, “comendador” do crime em Mato Grosso, parece ter mesmo soltado a língua. Mirou nas arcas do PSDB. E encrencou a vida do senador tucano Antero Paes de Barros.
"O ex-policial civil João Arcanjo Ribeiro, 55, condenado a 37 anos de prisão por comandar o crime organizado em Mato Grosso, afirmou ontem à Folha que o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) foi à sua fazenda em Cuiabá, em 2002, pedir dinheiro para a campanha eleitoral.
Conhecido como "comendador", Arcanjo disse que não tratou de valores: encaminhou o senador ao seu ex-gerente de factoring Nilson Roberto Teixeira. O ex-policial não soube dizer se foi repassado dinheiro ao tucano.
Em depoimento à Justiça em 2002, Luiz Alberto Dondo Gonçalves, ex-contador de Arcanjo, disse que a empresa Confiança Factoring liberou R$ 5,7 milhões para bancar a campanha de Antero por meio do Grupo Gazeta. A operação teria sido um caixa dois. O senador tucano, que presidiu a CPI do Banestado, nega a acusação.
Arcanjo afirmou ainda que está disposto a fazer uma acareação com o senador, caso o tucano negue o encontro, porque houve testemunhas: "Tinha pessoas que estavam lá comigo e viram. Ele estava acompanhado de uma pessoa. Estou tentando lembrar quem era (...)", disse.
Ouvido, Antero negou que tenha pedido dinheiro a Arcanjo. Admitiu, porém, que esteve na fazenda do “comendador” do crime organizado. Foi, segundo disse, conhecer um projeto de piscicultura, em 1999.
projeto de piscicultura? A versão dos empréstimos não contabilizados no PT é mais convincente. Até pra inventar história pra boi dormir o PSDB é devagar...
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