O pior argumento que se pode fazer a favor do Estado é de que as pessoas são “más” e “cruéis”. Ora bolas, as pessoas que fazem parte da máquina estatal também são pessoas más e cruéis. São as mesmas pessoas controlando outras pessoas, aquelas mesmas que os anti-anarquismo dizem não serem capazes de cuidar de si próprias. E boa parte do comportamento violento é incentivado, não coibido pelo Estado. A guerra às drogas, o sistema prisional, tudo isso transforma pequenos comerciantes em criminosos da pior espécie.
Os grandes assassinos da História não são os bárbaros, terroristas ou assaltantes. São os Estados nacionais, que promoveram a Guerra dos Cem Anos, a Guerra dos Trinta Anos, duas guerras mundiais. São os Estados que criaram os pavorosos impérios, deslocamentos forçados, colônias, incentivaram a escravidão. Os africanos e árabes só enfrentaram guerras e genocídios quando abandonaram sua estrutura tribal em detrimento à estrutura estatal importada da Europa. Ninguém em bom senso irá dizer que Pablo Escobar ou John Gotti Jr. são criminosos mais violentos que Stálin ou Hitler.
Haverá ainda um dia em que a humanidade irá perceber que o Estado, assim como qualquer organização social, são de natureza opressora, cruel e ineficiente, e irá por si só aboli-las.
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