16 junho, 2006

EUA impediram UNESCO de reconhecer método cubano de alfabetização

AFP

Uma frente internacional de apoio a Cuba atribuiu à influência dos Estados Unidos o fato de a UNESCO não reconhecer o método de alfabetização "Yo, sí puedo", "Eu, sim, posso" - que a ilha aplicou com sucesso em mais de 15 países, anunciou a imprensa cubana.

"Trata-se de um problema político que se explica com a reativação dos Estados Unidos como membro da UNESCO (...) e a designação da primeira-dama Laura Bush (...) como embaixadora da Década para a Alfabetização", declarou a argentina Claudia Camba, coordenadora da Frente Internacional de Apoio ao programa "Yo, sí puedo", à revista cubana Granma Internacional. Cuba, o único país da América Latina com uma taxa de analfabetismo quase inexistente, exportou seu método de alfabetização para mais de 15 países, entre eles Haiti, Venezuela, Argentina e México, e nações da África.Segundo dados oficiais, o programa permitiu alfabetizar dois milhões de pessoas com menos da terça parte do orçamento - 160 dólares per capita - que a Organização das Nações Unidas para a Educação a Ciência e a Cultura (UNESCO) considera necessário.Na conferência de Dacar-2000, a UNESCO declarou a primeira década do novo século como a da Alfabetização, e traçou a meta de reduzir para a metade até 2015 os atuais 879,1 milhões de analfabetos que existiam então no mundo.

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