28 julho, 2006

A insignificância da ONU para o poder

A ONU pediu a Israel, 10 vezes, para que parassem com os ataques ao Líbano. E para cada vez que foi feito o contato com as autoridades israelenses havia o comprometimento de que os pedidos seriam atendidos. Só não disseram quando. Talvez quando dizimarem a população civil, entre elas crianças e mulheres que tiveram o azar de nascer na fronteira com este Estado, dito democrático e de atitudes terroristas. E a polícia do mundo? Não irá exigir da ONU uma reunião no Conselho de Segurança, tal como fez com os “Estados Terroristas” do Afeganistão, Iraque e futuramente Irã, Síria, Cuba e Venezuela?
Infelizmente a ONU, uma instituição que poderia ser (e já foi) um símbolo da luta pela paz e justiça mundial é (na verdade sempre foi), uma ferramenta para as manobras de acordo com os interesses, principalmente dos EUA. A idéia que formou a instituição é válida e interessante, mas a forma como é financiada e administrada precisa ser revista urgentemente.
Para que haja um equilíbrio de forças a ONU deverá ser menor e mais atuante. Equação difícil de ser resolvida, mas inevitável. Aliás, é interessante perceber como em todos os debates sobre a reformulação da ONU não há nenhuma proposta que abra mão da predominância do dinheiro enviado pelos EUA. Onde há dinheiro, há poder. É fato. Enquanto o financiamento de seus custos operacionais e administrativos for financiado em sua maior parte pelos EUA, a ONU irá ser apenas o que já é atualmente. Insignificante para o poder.
Desta forma, defendo que não haja predominância de colaboradores e que tanto a presidência, como a própria sede seja rotativa entre os continentes. Caso contrário a ONU será sucessivamente desmoralizada.
do blog do Marcio Pimenta

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