Litoral com ciclones tropicais e avanço do nível do mar, floresta amazônica e nordeste com paisagens de deserto e uma reorganização da produção agrícola brasileira. Esses são alguns cenários que a organização não-governamental Greenpeace prevê para o Brasil no próximo século, devido ao aquecimento global.
A previsão está no documento “Mudanças do Clima, Mudanças de Vida – Como o aquecimento global já afeta o Brasil”, apresentado pela ONG nesta quarta-feira, em São Paulo.
A população das cidades da costa brasileira – hoje estimada em 42 milhões – enfrentaria também o aumento de 30 cm a 80 cm do nível do mar nos próximos 50 a 80 anos.
Com isso, as construções a beira-mar desapareceriam, provocando o remanejamento de moradores. Os sistemas de esgoto mais precários não suportariam a alteração do nível do mar.
O Greenpeace elogia o uso de biocombustíveis no Brasil. O estudo sugere que o uso de biodiesel pode “resultar em significativa diminuição das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera”.
“O governo brasileiro tem dito nas negociações internacionais que o país fez a sua parte em relação ao problema das mudanças climáticas e o aquecimento global”, diz a introdução do documento.
“Na verdade, fazemos muito pouco para reduzir de forma efetiva o desmatamento da maior floresta tropical do planeta, investimos pouco em fontes de energia renováveis ou na promoção de estudos de vulnerabilidade e planos de adaptação às mudanças climáticas.”
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