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Mais de 5.000 pessoas são contaminadas por lixo químico na Costa do Marfim

Mais de 5.000 pessoas foram intoxicadas e três morreram pelas emanações de produtos químicos descarregados de um navio estrangeiro e despejados no fim do mês de agosto em aterros sanitários públicos de Abidjan, de acordo com um novo balanço estabelecido neste sábado pelo ministério marfinense da Saúde.

As vítimas se queixam geralmente de vômitos, erupções cutâneas, mal-estar, diarréias e cefaléias.

De acordo com o Greenpeace, trata-se de 400 toneladas de lodo procedentes do refino petroleiro, ricas em matéria orgânica e em elementos sulfúricos altamente tóxicos.

Uma equipe de seis especialistas franceses que chegou na sexta-feira a Abidjan para ajudar as autoridades marfinenses a enfrentar a poluição iniciou sua missão neste sábado no lixão de Akudeo, um dos locais poluídos, constatou a AFP.

Eles inspecionaram os rios e poças de água onde foi despejada a solução tóxica, uma lama negra de aspecto oleoso que queimou a grama em volta dela.

No local, a solução tem um cheiro forte e desagradável e emanações que irritam a pele.

A alguns metros do local contaminado, cercado agora por um cordão de segurança, moradores continuavam neste sábado a cultivar seus tomates, explicando que já se acostumaram com o mau cheiro.