10 setembro, 2006

Jornais em debate - empresas, patrocinadores e leitores

A imprensa, que se mete na vida de todo mundo, dedicou três dias (29, 30 e 31/8/2006) para se olhar no espelho e examinar seus próprios dramas. Representantes dos principais jornais impressos do país foram escalados pelo seu sindicato – a Associação Nacional dos Jornais – para discutir a relação das empresas com seus patrocinadores, leitores, com a justiça e com seu futuro.
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Liberdade sim, igualdade não
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O cientista social DaMatta explorou o desconforto de quem tem de fazer a ponte entre as "duas comunidades" – a virtual e a real – que coabitam o país; e a complexidade de unificá-las em uma só. "Queremos ao mesmo tempo um Brasil igualitário, mas queremos também manter os privilégios de elite", afirmou, para arrematar que "a liberdade sempre interessou à elite, mas a igualdade não". Mais adiante, contudo, o próprio concedeu que "a igualdade é um mito".
Aliviando um pouco o cientificismo da análise, o sociólogo fez um paralelo da situação do jornalismo com o filme americano O homem que matou o facínora, onde o principal protagonista, em momento de megalomania afirma ser "a consciência de Deus". O jornalista, disse, "como todo bom jornalista, vive embriagado", esclarecendo: "Embriagado com a liberdade, com a notícia, com o prazer da revelação".
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Do Observatorio da Imprensa

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