Muçulmanos de todo o mundo reagiram com indignação e revolta às declarações do papa Bento XVI, que em um discurso na Alemanha criticou o conceito de guerra santa. Na Turquia, o partido do governo comparou o papa a Hitler e Mussolini; no Líbano, líderes exigiram a retratação pessoal do pontífice. Em outros países, manifestações e ataques ao Vaticano marcaram o dia.
O partido do governo turco juntou-se à onda de críticas ao papa acusando-o de tentar reviver o espírito das Cruzadas. Líderes muçulmanos do Oriente Médio se mostraram consternados. "Bento, autor dessa frase tão infeliz e insolente adverte que ele vai descer na história com suas palavras. No entanto, ele está descendo na história à mesma categoria que líderes como Hitler e Mussolini", enfatizou o líder do partido do governo turco, Salih Kapusuz. No Paquistão, o parlamento condenou por unanimidade as declarações.
Já no Líbano, um clérigo muçulmana exigiu que Bento XVI peça desculpas pessoalmente. "Nós não vamos aceitar desculpas através de canais oficiais do Vaticano. Nós pedimos a ele que faça uma retratação publica", disse o ayatollah Mohammed Hussein Fadlallah hoje durante um sermão.
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Um comentário:
Pessoalmente, penso que a citação foi mal escolhida; mas identificar aquela citação como sendo a opinião de Bento XVI, é fazer uma distorção grotesca do texto.
O Islão não sai beliscado com as palavras do Papa, mas a sua imagem no Ocidente é mais uma vez denegrida por reacções exacerbadas e violentas dos próprios muçulmanos.
As portas do diálogo inter-religioso estão-se a fechar...
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