A filósofa Marilena Chauí, que sofre ataques virulentos da grande mídia desde que decidiu não considerá-la como interlocutora, disse ontem em uma palestra sobre Mídia e Poder, no Sindicato dos Bancários de Brasília, que a crise do mensalão foi uma "construção fantasmagórica" da mídia, de acordo com matéria na Folha de S.Paulo.
De acordo com o jornal, ela “usou a crise política e os escândalos de corrupção para exemplificar sua tese de que a mídia usa 'a ideologia da competência' e seu aparato de encenação e persuasão como forma de poder. (...) Vimos esse poder em 2005 com a criação midiática da crise política. (...) Ela citou o filósofo Hegel para dizer que houve predomínio da cultura de terror na qual todos são suspeitos e todos os suspeitos são culpados". A filósofa “não falou especificamente das acusações de corrupção ou pagamento de mensalão. Mas disse que a corrupção no país é 'endêmica' e 'estrutural'. 'Não existe a [corrupção] jamais vista. A [corrupção] jamais vista começou em 1500'".
“O que parece se anunciar nas próximas eleições é que a realidade é mais forte que o simulacro, que o pensamento é mais forte que a manipulação e que a experiência social é mais forte que a intimidação. A construção da democracia está a caminho", disse ela, segundo o jornal. "Ao que tudo indica, o povo tem opinião e a exprime publicamente. Ela disse também que suas primeiras impressões são de que nestas eleições há uma 'auto-afirmação das classes populares'", relata a matéria.
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