O debate, sem a presença do Lula, não teve a menor graça. É como um filme apenas com atores coadjuvantes.
Logo no início, Cristovam Buarque disse que "quando duas solidões se encontram, elas se anulam". Dizer isso olhando nos olhos do Alckmin? Sei não.
Num outro momento, ele disse que o problema da saúde não é apenas a falta de remédios, mas a falta de "carinho". Sem comentários.
Heloísa Helena insinuou que o bolsa família incentiva a gravidez na adolescência. Ela não deve se lembrar, mas o que incentiva a gradivez é o sexo. Não é possível que alguem acredite, seriamente, que uma moça irá engravidar apenas para receber ajuda do governo federal. É uma visão preconceituosa.
Heloísa Helena, aparentemente, rompeu o acordo estabelecido entre os três patetas e passou a atacar, bem de leve, o candidato Alckmin, fazendo referências ao governo FHC. Segundo ela, tudo de mal que existe no Brasil, é culpa dos últimos "doze anos de governo FHC e Lula". Portanto, isentou o Itamar, o Collor, o Sarney e os governos militares. Muito bem. Essa moça é o orgulho do Luiz Estevão.
Alckmin e Cristovam Buarque apenas não se beijaram durante o debate porque a Globo ainda não aceita beijo gay em horário nobre. Era um alisando o outro o tempo todo. "Você é ótimo, não você que é..." E a Heloísa Helena coitada, dando mole, viu que iria dormir chupando o dedo. Ou teria que partir para cima do Willian Bonner.
Enquanto o barraco rolava, Lula estava em São Bernardo do Campo, fazendo seu último comício. E, segundo as más línguas, assistiu ao debate, tomando uns goles com os companheiros. A oncinha estava com sede...
Finalmente, manifestamos nosso repúdio pela ausência no debate do candidato Rui Costa Pimenta, do PCO, que promete jornada semanal de trabalho de 35 horas e salário mínino de R$ 1.900,00.
Provavelmente, Lula não foi ao debate em solidariedade ao Rui Costa Pimenta, que não foi convidado, por contrariar os interesses dos grandes capitalistas malvados da rede Globo.
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Um comentário:
Análise muito interessante.
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