04 outubro, 2006

Múltiplos braços do poder burguês

Acompanhei estarrecido o dia anterior às eleições de primeiro de Outubro, não imaginei que viveria um momento de tão grave risco à democracia. A mídia agindo na prática como um partido, militante da causa burguesa – derrubar o PT a qualquer custo, mesmo que coloque em risco o Estado – “acabar com esta raça” a qualquer preço é o mote; quem acompanhou os últimos dias da eleição viu a notícia do maior acidente aéreo da história brasileira (queda do avião da Gol) ser abordada como de segunda importância; em primeiro lugar, no Jornal Nacional e no Jornal da Globo, foi veiculada a matéria sobre a compra do “Dossiê Sanguessuga”. Assim, como pôde uma matéria que não trazia nenhuma novidade, que apenas reiterava afirmações feitas a dois dias, tomar o lugar de destaque nos jornais de maior audiência, enquanto um fato de importância inquestionável acabava de acontecer?
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A Globo e outros veículos de importâcia parecem ter dado um tempo ao jornalismo, dedicado-se integralmente a combater o governo Lula, a Folha de São Paulo e o Estadão, parecem ignorar a existência da democracia e estão tentando arrastar o país para um caminho sem saída - se provocada, a violência popular não tem controle, e não queiram provocar os ânimos deste povo que, até agora nunca recebeu atenção por parte do Estado. A elite esta tentando derrubar pelo golpe um governo que tem imenso apoio popular, talvez nunca visto.
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Na véspera da eleição, o Ministro do STE, Marco Aurélio de Mello, aquele que é primo do ex-presidente Fernando Collor de Mello, fez um apelo ao povo brasileiro para que “votasse bem”, não faltou muito para que ele pedisse – dirija-se as urnas e vote 45 – fez tal pronunciamento depois de o Jornal Nacional ter atacado Lula durante uma hora, para encerrar, logo após seu pronunciamento, sem intervalo comercial, foi ao ar um direito de resposta do candidato José Serra – assim terminou o primeiro tempo da disputa.
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Hoje, o TSE anunciou que pode flexibilizar a cláusula de barreira para permitir a passagem do PPS, PTB e PL, que ficaram de fora. Ora, se a cláusula de barreira foi criada para impedir a atuação de partidos de aluguel, ele perde completamente sua função, já que, o que diferencia o PTB do nanico PSL, é o preço cobrado pelo apoio no congresso. A legislação exige que o partido obtenha pelo menos 5% de votos, não há porque tentar incluir partidos que não se respaldaram pelo voto.
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O impedimento de partidos de aluguel é uma segurança para que o futuro governo não precise se sujeitar a uma massa enorme de parlamentares que, só estará disposta a votar com quem lhes pague mais, uma massa imunda de parlamentares famintos por dinheiro sujo - sem a barreira aos partidos de aluguel não há como lutar contra a corrupção.
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“Quem não esta estarrecido é porque não esta esclarecido”
Visconde de Barbacena

Um comentário:

Anônimo disse...

Pergunta: De quem é a autoria da Cláusula de Barreira??