26 outubro, 2006

Suruba político-partidária

O PL e o Prona formalizaram nesta quinta-feira a fusão dos dois partidos com a criação do Partido da República, que terá a sigla PR. Com a fusão, o PR consegue superar a cláusula de barreira e mantém o direito a tempo de TV e uma participação maior no fundo partidário. O novo partido, que terá 25 deputados e 3 senadores, passará a existir formalmente depois que o Tribunal Superior eleitoral conceder o registro, o que deverá acontecer em cerca de um mês.

O PR será presidido por Sérgio Tamer, que atualmente é do PL. A articulação política, no entanto, será conduzida pelo senador Alfredo Nascimento (AM), que exercerá o cargo de presidente de honra. O deputado Enéas Carneiro (SP), do Prona, será um dos novos vice-presidentes do PR.

Já o PPS, PMN e PHS anunciaram hoje sua fusão para cumprir a cláusula de barreira, e formarão o partido Mobilização Democrática (MD). Juntos, os três partidos conseguem 5,5% dos votos nacionais para a Câmara dos Deputados, contando com 27 deputados federais e um senador. Segundo informou o site do PPS, o PV ainda estuda a possibilidade de se juntar ao novo partido.

Que salada! PL, o partido supostamente "liberal" se funde com os nacionalistas extremados do Prona. O PPS, antigo PCB - atual rabo do PSDB privatista e neoliberal - se funde ao PMN, declaradamente nacionalista e ao PHS, que seria um partido político supostamente ligado e influenciado pela igreja católica. Que é contra o neoliberalismo. E ainda há a possibilidade de juntar-se ao PV, cujo expoente maior defende a legalização da maconha.

E há quem condene o povo por eleger Frank Aguiar e Clodovil.

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