22 novembro, 2006

“CELSO DANIEL” É A “ESCOLA BASE” II

A doutora Elizabeth Sato é uma das mais respeitadas policiais de São Paulo. Ela é a delegada titular do 78º Distrito Policial e acaba de concluir o segundo inquérito sobre a morte do prefeito de Santo André, Celso Daniel. Segundo inquérito, repita-se.

A noticia saiu hoje numa pagina interna do primeiro caderno do Estadao, sem chamada na primeira pagina.

Tanto quanto no primeiro, no segundo inquérito a Dra. Sato concluiu que a morte de Celso Daniel não foi um “crime político”.

Repita-se: não foi um “crime político”.

A Dra. Sato concluiu que os argumentos dos irmãos de Celso Daniel e dos promotores de Santo André não tinham fundamento.

Eles é que exigiram (com a ajuda da imprensa) um segundo inquérito.

A Dra. Sato concluiu que o primeiro inquérito estava certo. Logo, o segundo foi perda de tempo e de dinheiro.

O primeiro inquérito se concluiu na gestão de Geraldo Alckmin, do PSDB. O segundo se concluiu agora, na gestão de Cláudio Lembo, do PFL.

A cobertura da imprensa sobre a morte de Celso Daniel, porém, sempre teve a dimensão de um “crime político”. A imprensa exumou a reputação de Celso Daniel e pisou nela.

A única exceção de que me lembro foi o jornalista Percival de Souza, que, na TV Record, sempre disse ter motivos para acreditar na versão da polícia de São Paulo.

Lembro-me que, a certa altura, procurei o deputado (PT-SP) Luiz Eduardo Greenhalgh para ouvir sua versão. O presidente Lula tinha pedido a Greenhalgh para acompanhar o inquérito, em nome do PT. Greenhalgh me disse que acreditava na versão da polícia.

Percival e Greenhalgh eram um grão de areia num mar de lama.

A cobertura do “caso Celso Daniel” é uma “Escola Base”.

fonte: blog do jornalista Franklin Martins

Um comentário:

Anônimo disse...

A Escola base está sendo indenizada, pelo Grupo Folha em 250.000,00 R$. Seus proprietários e o motorista da perua, que na época foram acusados de assediar crianças (alunos)passam dificuldades até hoje, para se reequilibrar na vida. Quase foram linchados na época. Parece que não há mais como recorrer, mas o Grupo Folha diz que não vai desistir. É pra refletir...