Eu juro que é apenas ficção.
Numa cidade qualquer do interior paulista, dois guardas municipais realizam sua patrulha de rotina, num dos bairros mais temidos da cidade. Não deveriam estar ali sozinhos.
Numa esquina, um cidadão - louco, bêbado ou algo que o valha - passa a ofendê-los. Diz coisas impublicáveis sobre a coorporação, sobre o prefeito e sobre a mãe dos guardas. Isso já é demais. O sujeito merece uma lição.
Decidem enquadrar o "elemento". Mas, como o sujeito não regula bem, assim que os guardas desembarcam da viatura, ele salta sobre um deles. O segundo guarda tenta ajudar seu parceiro, que está "empelotado" com o louco, mas não consegue. A situação piora: O louco grita como um doido e chama a atenção da vizinhança, naturalmente hostil aos guardas.
Pouco a pouco, portas vão se abrindo e os moradores cercam os guardas. Enquanto o primeiro ainda está atracado com o louco, o outro tenta conter a multidão, usando seu cacetete e fazendo disparos para o alto.
Alguém diz: "vai buscar o cachorro". O que isso significará? "Cachorro" é a alcunha de alguém? Infelizmente não. Um garoto se aproxima, carregando um cão branco, da raça pitbull. Coloca-o no chão e indica o guarda municipal que estava entretido com o louco. O animal obedece ao comando e ataca o guarda.
O louco conseguiu fugir. O segundo guarda refugiou-se dentro da viatura, pedindo apoio pelo rádio. E aquele bairro humilde viveu um dia digno do Coliseu Romano. Um guarda municipal enfrentando um cão pitbull, trocando cacetadas e dentadas.
E eis que aparece, inesperadamente, o salvador. Um cão vira-lata, surgido não se sabe de onde, investe contra o pitbull, que também foge, levando consigo o boné do guarda.
Sujo, rasgado, arranhado, mordido; o guarda municipal retorna para a base. Terá que explicar para seu comandante como um cachorro fugiu levando o boné da coorporação.
Depois, terá que explicar os arranhões e as mordidas para sua esposa.
Já o cão herói, o vira-lata desconhecido, esse segue seu destino. Protegendo os fracos e oprimidos, combatendo o crime sempre que necessário.
Para que a cidade repouse em paz.
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