A liminar contra a realização da prova de motocross na área de preservação permanente do Parque Julio de Mesquita Filho*, provocou críticas por parte dos organizadores do evento, que alegam ser aquela área "um mato abandonado" e depósito de entulho. Inclusive, recebi um recado via orkut do dono do trator que devastou a área injuriado com a ação dos moradores do bairro em defesa do meio ambiente. A TVTEN mostrou ontem uma reportagem sobre o assunto com entrevista de três pessoas envolvidas com o evento e favoráveis a pista (advogado, organizador, piloto e um morador), curiosamente sem nenhuma entrevista do lado oposto, por isso, estou postando a resposta do morador Alexandre Leite Proença, primeiro a denunciar a ação ilegal da prefeitura:
"1) Muitas pessoas, acham que aquilo é puro mato. Mas na realidade é a mata em recuperação. Pois existe um ciclo de recuperação: vegetação rasteira, arbustos, arvores de médio porte, árvores de grande porte. E isso leva tempo. Realmente, existem entulho, na beira da rua. Mas é função da prefeitura limpar a área. E colocar fiscais, para mudar quem continua-se com essa ação. Em 1994, a Prefeitura de Sorocaba, transformou parte da área em depósito de entulho. Atividade, barrada pelo Ministério Publico Ambiental, em 1996. Nessa época a Prefeitura de Sorocaba, se comprometeu em recuperar ambientalmente esta área."
"2) Na área de plantio de mudas, ainda não existem árvores, pois as mudas estão crescendo. Elas só se tornariam árvores adultas, daqui a 10 anos. "
*Veja postagem neste blog de 11/12/06
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2 comentários:
Concordo com a afirmação: "se havia entulho no local, a responsabilidade é da Prefeitura".
É claro. Além de não cumprir seu papel de fiscalizar e fazer a limpeza, quando necessário, o senhor Prefeito Municipal ainda pretende usar sua inoperância como argumento favorável ao desmatamento?
É um absurdo.
O crescimento da mancha urbana, acompanhado da destruição das últimas reservas de área verde em nossa cidade, num futuro não muito distante, causarão o caos. Enchentes, epidemias, graves problemas de saúde pública.
Será que vale a pena para que meia dúzia de privilegiados possam praticar um esporte de elite?
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