O presidente do Iraque, Saddam Hussein, deposto pela invasão do país em 2003 pelas forças lideradas pelos Estados Unidos, divulgou nesta quarta-feira (27/12) uma carta em que pede aos iraquianos que "permaneçam unidos, sejam tolerantes e evitem o ódio em relação aos demais".
Hussein divulgou a mensagem um dia depois do tribunal supremo iraquiano, instalado pelos ocupantes americanos, ter ratificado sua condenação à morte.
Em sua nota, o presidente diz que o "povo iraquiano deve lembrar que Deus, o Altíssimo, o escolheu para ser um símbolo de tolerância, coexistência fraternal e anistia". Logo em seguida, Hussein diz que, se for executado, "oferecerei a mim mesmo em sacrifício".
"Se o Clemente quer levar meu espírito, este ascenderá para viver com os mártires", continua o presidente na mensagem divulgada nesta quarta-feira por sua equipe de advogados de defesa. "Apesar das dificuldades que enfrentamos antes da revolução e depois, Deus não quis tomar minha vida", concluiu.
Hussein, no fim da mensagem, acrescenta: "Deus é grande, longa vida a nosso povo, longa vida ao Iraque, e longa vida à Palestina".
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