Desde ontem, estudantes de Floripa não podem mais se utilizar do cartão eletrônico para comprar passagens de ônibus fora do horário de aula. Os empresários do transporte, através de seu sindicato representante, sustenta a legalidade em um decreto(1968/03), que diga-se de passagem, abre precedente:
o Sistema de Bilhetagem Eletrônica poderá bloquear a utilização dos créditos fora dos itinerários, dos dias e do turno escolar registrados por ocasião do cadastramento do aluno.
O Movimento do Passe Livre de Floripa é radicalmente contrário a medida. Argumentam que a educação não se dá apenas nos horários das aulas. Alunos frequentam bibliotecas em períodos diversos e etc.
O Movimento defende que o passe deve ser gratuito aos estudantes e custeados pelas classes mais ricas da sociedade.
O correto é mobilizar mas, ao mesmo tempo, lutar para que derrubem o Decreto. Esta é a maneira legal! Articular com vereadores e deputados da região.
É normal observarmos movimentos deste gênero em todos os lugares do Brasil, inclusive em Sorocaba. Em geral, sempre possuem bons argumentos, fazem boas mobilizações, mas não manobram juridicamente, que é o que poderia produzir resultado mais rapidamente.
Não sei se há desinformação dos líderes ou oportunismo político.
Um comentário:
A questão do transporte é cada vez mais central no debate do urbanismo.
Envolve problemas ambientais, o trânsito caótico e - principalmente - a distribuição de renda, uma vez que os mais pobres gastam até um terço do que ganham com transporte.
Discussão fundamental, em especial em Sorocaba, nossa Macondo do carro individual, onde é mais barato ir de carro, movido a gasolina, do que andar de ônibus.
Sem contar o tempo perdido e o desconforto.
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