07 fevereiro, 2007

De volta para casa

"O retorno da UNE para a praia do Flamengo, nº 132, no Rio de Janeiro, tem recebido diversas manifestações de solidariedade. O acampamento erguido no terreno desde a última quinta-feira (01) receberá hoje a visita do ator Paulo Betti, às 17h.

O acampamento, hoje, possui 100 barracas onde estão alojados 150 estudantes de todos os estados do Brasil. Já visitaram o acampamento o ministro do Esporte, Orlando Silva (ex-presidente da UNE); o boxeador Acelino de Freitas Popó; o Vice-governador, Luis Fernando Pezão; o artista plástico e ex-senador, Abdias Nascimento; a atriz Vera Holtz; o cineasta Zózimo Bulbul; o músico Marcelo Yuka; o escritor Arthur Poerner; e o ex-deputado federal Raimundo Oliveira.

fonte: boletim da UNE

A ditadura militar destruiu a sede da UNE, proibiu a existência da organização e prendeu seus dirigentes.

A entidade recuperou o direito de existir, vários de seus dirigentes foram eleitos para o parlamento. O deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB), foi presidente da Câmara dos Deputados e - ainda que durante pouco tempo - ocupou a Presidência da República.

Agora a UNE volta para casa. A nova sede será um projeto de Oscar Niemeyer. A última vitória contra a ditadura.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ok, a conquista da UNE é muito grande.

Mas "última vitória contra a ditadura" é um pouco demais não?

E os arquivos hein?

E a Lei da Anistia?

Reinaldo disse...

Caro Renan: quando falo em "última vitória contra a ditadura", é evidente que se trata da VITÓRIA DA UNE. Cada campo popular obteve suas vitórias.

Com relação aos arquivos, sinceramente, acredito que já foram destruídos.

Com relação a Anistia, penso que não deveríamos ter aceito da forma que se deu.

Assassinos e torturadores continuam impunes, e muitos casos, vivendo bem e trabalhando para o governo.

Deveriam ser responsabilizados por seus crimes.

É um absurdo a Lei da Anistia tratar da mesma forma agentes do estado, que agiram contra as leis, matando e torturando; e pessoas que resistiram, de todas as formas possíveis, contra um regime de opressão.