Ao votar o projeto que cria Super-Receita, o Congresso Nacional aprovou a famigerada emenda 3 que impede, na prática, o combate ao trabalho escravo.
A referida emenda permite a criação das "empresas de uma pessoa" - espécie de exército de um homem só das ambições neoliberais.
Uma pessoa registra uma "empresa" - da qual ela é o único sócio e toda a mão de obra - e passa a "prestar serviços" para outras empresas (empresas de verdade). O nano-empresário não terá direito a carteira assinada, férias, décimo terceiro, FGTS ou seguro desemprego. É o paraíso neoliberal.
O Presidente Lula vetou a tal emenda, atendendo a pedidos dos movimentos dos trabalhadores.
O Senador José Agripino Maia (PFL) disse que seu partido iria "fazer o diabo" se o governo vetasse a medida, ameaçando travar a pauta do Congresso até que o veto Presidencial fosse derrubado.
Por outro lado, o deputado e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), disse em entrevista ao jornalista Paulo Henrique Amorim que as centrais sindicais vão fazer uma greve geral caso o Congresso não aceite o veto do presidente Lula à Emenda 3.
O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Artur Henrique da Silva, disse que a CUT já está preparada para pressionar o Congresso contra a Emenda 3. Segundo ele, se a Emenda 3 for sancionada "não precisará mais de reforma trabalhista porque não haverá mais trabalho com carteira assinada".
Nós, trabalhadores, devemos pressionar o Congresso, apoiando as iniciativas das Centrais Sindicais, enviando cartas ou mensagens eletrônicas para os deputados e senadores.
Protestando em frente às casas deles, bloqueando o caminho de seus carros. Segui-los quando forem à Igreja, quando forem buscar seus filhos no colégio ou quando forem ao banheiro. Exibindo cartazes e gritando palavras de ordem.
Eles não prometem "fazer o diabo"? Então, vamos transformar a vida deles num inferno.
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