20 abril, 2007

O preço dos intelectuais

Roberto Mangabeira Unger é um daqueles intelectuais respeitadíssimos por uma certa inteligentsia classe média, que se julga ultra-esquerdista, odeia Lula e o PT, e passa os dias conspirando por uma revolução sem trabalhadores, gestada através de mensagens no Orkut.

Formou-se em direito no Rio de Janeiro, prosseguiu os estudos em Harvard e escreve para a Folha de São Paulo.

Já foi ligado ao PDT, depois ao PPS, onde escreveu o programa de governo de Ciro Gomes à Presidência. "Desencantou-se" com Ciro e, recentemente, participou da fundação do PRB - Partido Republicano Brasileiro - que tinha a pretensão e reunir toda a bancada evangélica numa única sigla. Manobra que não funcionou, pois o novo partido era por demais ligado à Igreja Universal, o que afastou outras denominações.

No auge da chamada "crise do mensalão", Mangabeira Unger tinha acessos diários de ética. Fazia discursos e escrevia artigos que arrepiavam comprometedoramente a pequena-burguesia nacional e, em particular, alguns quadros da pequena-burguesia bacaroça.

Defendia o impeachment de Lula e, num artigo publicado na Folha, afirmou "o governo Lula é o mais corrupto de nossa história."

Agora, como representante do PRB, assumirá a nova "Secretaria Especial de Ações de Longo Prazo", do governo federal.

Mangabeira: vem pro colinho do Lula, vem.

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