20 maio, 2007

Eu acredito em Papai Noel e no Lippi

O Prefeito Vítor Lippi contratou um pesquisa, por R$ 75.000,00 da nossa grana, alegando que os resultados serviriam ao planejamento estratégico da cidade e também funcionariam como instrumento de gestão.

Surgiram denúncias de que a tal pesquisa seria puramente eleitoreira e traria perguntas sobre o desempenho pessoal de Lippe e sobre intenções de voto para o próximo ano. O Prefeito e seus assessores negaram.

Depois, diversos entrevistados confirmaram o teor da perguntas eleitoreiras: Qual seu partido de preferência? Em quem você votará nas próximas eleições.

A vereadora Tânia Bacelli, do PT, propôs a criação de uma CEI (uma CPI municipal) para investigar o caso.

A casa caiu e a vaca caminhava a passos largos para o brejo quando Lippi anunciou que quem inseriu as perguntas "estranhas" no questionário, foi a empresa contratada!

Isso mesmo: a empresa iria fazer um serviço "a maior" para Prefeitura.

Eu acredito em Papei Noel. Mas quando o Lippi anunciou que a empresa, depois de coletar os dados, concordou em cancelar o contrato, sem receber nada, passei a acreditar em mula-sem-cabeça, saci, gnomos e duendes.

Em verdade vos digo: A pesquisa foi contratada tendo como "fachada" o suposto "planejamento estratégico". As questões mais importantes são exatamente as de cunho eleitoral e ja estavam previamente combinadas.

Agora, rompe-se o contrato, sem qualquer pagamento, para tentar evitar a investigação. A empresa desitiu de receber da prefeitura porque receberá o mesmo valor, ou o valor acrescido de cala-boca, de alguma empresa, empresário ou amigo de infância de algum sujeito oculto da administração municipal.

A investigação não pode ser deixada de lado. Se o prefeito alega que não haverá pagamento, por erro causado pela empresa, então o referido instituto de pesquisa deve indenizar o poder público municipal pelos danos que causou ao agir de forma indevida, atrasando o "planejamento estratégico".

CEI neles!

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