Segundo levantamento da ONG "Transparência Brasil", o Congresso Brasileiro custa, por ano, mais de seis bilhões de reais. É o segundo parlamento mais caro do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. Cada brasileiro paga R$ 32,64 anualmente para manter a casa legislativa e, nesse aspecto, supera os americanos, que gastam em média R$ 27,00 (a população deles é maior e, portanto, o representação também).
Além de torrar dinheiro público sem miséria, nossos parlamentares são pródigos em escândalos e corrupção.
Apesar disso, avaliam que está tudo bem.
Ontem, enterraram, definitivamente, a reforma política. Rejeitaram as proposta de voto em lista pré-ordenada, o financiamento público de campanha e até mesmo a bisonha e bizarra proposta de lista flexível.
Pretendem alguns deputados que "dá para salvar alguma coisa" aprovando a fidelidade partidária e o fim das coligações proporcionais. Não é verdade. A fidelidade partidária, na verdade, já existe e o TSE já decidiu nesse sentido. Apenas reconhecerão a decisão judicial como "lei nova".
Sobra o fim das coligações proporcionais. É muito pouco para chamar de reforma política.
Os defensores da manutenção do status quo afirmavam que a votação em lista iria tirar o direito do eleitor escolher o seu candidato e que as cúpulas partidárias teriam muito poder. Outra mentira.
No sistema atual o eleitor só vota em quem as direções partidárias permitem. O voto já é em lista e, para figurrar numa lista, o candidato deve contar com o apoio da direção partidária.
O pior é que o eleitor, atualmente, vota sem saber quem será eleito.
Como já mencionei em outra postagem, o cidadão votou na Iara Bernardi porque queria eleger um deputado do PT que não estivesse envolvido no escândalo do mensalão. Os votos que foram dados a ela serviram para eleger o João Paulo Cunha. Alguém queria eleger um deputado estadual do PT em Sorocaba, mas preferia o Gabriel Bintencourt, não queria o Hamilton. Os votos dados ao Gabriel elegeram o Hamilton.
Isso é honestidade com o eleitor?
O sistema em listas pré-ordenadas, entre outras questões, deixaria claro para o eleitor que ele estava votando num determinando partido político, conheceria a lista completa de seus candidatos e saberia a ordem pela qual eles seriam eleitos.
Com a derrota da reforma política, assistiremos, no próximo ano, mais uma vez, uma campanha eleitoral caríssima, a maioria das pessoas votando em candidatos que não serão eleitos, mas cujos votos elegerão outras pessoas. Para financiar as campanhas os candidatos assumirão compromissos com empresários e grupos econômicos - compromissos que custarão muito caro para o contribuinte.
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Um comentário:
bom comeco
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