Ernest Hemingway ganhou o prêmio nobel de literatura depois de escrever “O velho e o mar”. Muitos acreditam que ele recebeu o prêmio em razão deste livro. De fato, “O velho e o mar” é um dos livros mais fantásticos já escritos.
Apesar disso, acho que o melhor livro de Hemingway não é “O velho e o mar”, mas sim “Por quem os sinos dobram”.
Hemingway conta a história de Robert Jordan, norte-americano, professor de espanhol, que, durante a guerra civil espanhola, voluntariamente se junta à luta contra os fascistas. Trata do amor entre Robert e Maria, resgatada por partisans depois de ter seus pais assassinados e ser violentada pelos falangistas (homens do general Franco). E conta a história de Robert e Maria, junto aos partisans, durante uma missão: destruir uma ponte, atrás das linhas inimigas.
Pode-se dizer que conta a história da humanidade no século XX.
Hemingway, embora assuma o lado dos republicanos contra os fascistas, não o faz de maneira ingênua. Mostra que ambos os lados em guerra são capazes de cometer crueldades tremendas. Que há idiotas em ambos os lados. Que os “heróis” duvidam de seus próprios motivos, são tomados pelo medo. Mostra que um grande número de pessoas, envolvidas na guerra, não sabe do que se trata a república ou o fascismo.
Publicado em 1940, no início da segunda guerra mundial, tratava da luta entre fascistas e comunistas. Por sua temática, num mundo envenenado pelo ambiente da conflagração mundial e, logo depois, pela guerra fria, não foi tratado com justiça pela crítica.
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