OS EUA mantinham naquela época e mantém ainda hoje uma esquadrilha de 16 bombardeiros B52 carregados com ogivas nucleares, cada avião permanece voando fora da fronteira russa, mas sempre a menos uma hora de um alvo dentro daquele país. A esquadrilha recebe ordens de comando de uma base dentro do território estadunidense e, em caso de guerra total, essa base cortaria todo o contato com o mundo exterior, os bombardeiros atingiriam seus alvos muito antes que os misses ICBMs (nuclear de longo alcance), de ambos os lados fossem lançados - seriam sempre o primeiro disparo de uma guerra total.
Mas por que resolvi postar isto agora?
A semana passada o presidente russo anunciou que vai retomar os vôos de bombardeiros estratégicos próximos aos alvos nos EUA e na atual União Européia, o mundo mudou muito mas a beligerância continua, vôos que tinham sido encerrados com o fim da URSS em 1992 (por contensão de despesas), ajudando a manter o ambiente de segurança pós guerra-fria, agora são retomados. Em todo o mundo se pensa que vivemos, desde a queda do muro de Berlim, uma era de paz e tranqüilidade, só interrompida de evz enquando por ataque de bárbaros terroristas.
Não sou pessimista, mas todo esse ambiente pacífico me faz lembrar a Belle Époque, momento ligeiramente anterior a primeira guerra mundial de euforia e paz e que nas palavras Erick Hobsbawm, um dos mais sensíveis historiadores do século XX, “foi uma era de paz sem precedentes que antecedeu uma era de guerras igualmente sem precedentes”
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