CUT realiza manifestações pela redução da jornada de trabalho

Os sindicatos da CUT de Sorocaba realizaram no dia 28 duas manifestações relacionadas ao Dia Nacional de Lutas pela Redução da Jornada. A primeira, na região industrial da cidade, parou por duas horas aproximadamente 3 mil trabalhadores das empresas Tecsis e Flextronics. A segunda foi no Paço Municipal, onde o secretário Maurício Biazotto recebeu, em nome do prefeito Victor Lippi (PSDB), um documento dos sindicalistas com críticas ao secretário de Desenvolvimento Econômico, Daniel de Jesus Leite.

Ambos os atos sindicais aconteceram no período da manhã. Na zona industrial, a movimentação dos sindicalistas teve início por volta das 5h20. Os ônibus com os metalúrgicos da Tecsis e da Flextronics foram desviados para a avenida Jerome Case, onde aconteceu uma assembléia, na qual os dirigentes da CUT conclamaram os trabalhadores a defenderam a redução da jornada como forma de gerar empregos.

Na assembléia, os sindicalistas também pediram que os metalúrgicos se mobilizem e pressionem os parlamentares em Brasília para que eles ratifiquem as Convenções 151 e 158, que estão tramitando no Congresso Nacional.

As Convenções foram criadas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). A 158 inibe as demissões imotivadas e a 151, possibilita a negociação coletiva para os servidores públicos.


Críticas ao secretário de Desenvolvimento

Na prefeitura, a manifestação começou por volta das 10h, quando um grupo de 50 sindicalistas ocupou a sala da recepção do sexto andar e exigiu entregar um documento ao prefeito Vitor Lippi.

A assessoria do Paço informou que o prefeito estava participando de uma inauguração na zona norte da cidade e só retornaria ao seu gabinete às 14h.

Os sindicalistas aceitaram a sugestão de formar uma comissão e serem atendidos pelo secretário de Governo e Planejamento Maurício Biazotto Corte.

O documento dos sindicalistas contém duras críticas ao secretário Daniel de Jesus Leite (Desenvolvimento Econômico), classificando o comportamento dele como “um entrave à normalidade das relações capital-trabalho em Sorocaba”.

A CUT acusa o secretário de interferir indevidamente em negociações entre sindicato e empresa, e de ser parcial nas mediações que se propõe a fazer. “O senhor Leite tem uma visão escandalosamente afunilada para os interesses imediatos do capital, das empresas”.

Outra crítica da central é a respeito das declarações do secretário à imprensa “Para ele, o crescimento de Sorocaba se deve exclusivamente ao poder público municipal (...) Leite não é capaz de fazer avaliação macroeconômica e não reconhece o esforço comum da sociedade, o papel indispensável dos cidadãos, como trabalhadores e consumidores”.