Para se ter uma idéia, segundo divulgado pelo jornal "O Globo," na Inglaterra o número de desempregados chegou perto da marca de dois milhões no terceiro trimestre, o maior nível desde 1997, enquanto a taxa de desemprego atingiu 5,8%, o maior índice desde o início de 2000.
Já o Banco da Inglaterra (o banco central britânico) divulgou relatório apontando que a economia do país pode encolher até 2% em 2009. Segundo o BC, o Reino Unido provavelmente já entrou em recessão no terceiro trimestre e não deve se recuperar até o segundo semestre do próximo ano.
Ao todo, 1,82 milhão de pessoas estavam sem trabalho no Reino Unido entre julho e agosto, o que representa uma alta de 140 mil casos em relação ao trimestre anterior. O número é o maior em 11 anos. Do total de desempregados, 16,1% se concentram na Grande Londres. O número de desempregados entre 18 e 24 anos subiu em 53 mil entre o segundo e o terceiro trimestre, para 579 mil pessoas, o maior nível desde 1995.
Um cenário que tende a se repetir: desemprego em massa em áreas metropolitanas, atingindo particularmente os jovens.
É curiosa a reação dos meios de comunicação sobre as razões da crise. A situação é tratada como um fenômeno metereológico, contra o qual nada podemos. Apenas prevê-lo, com a maior antecedência possível, e tentar reduzir seu impacto.
Outros analistas, mais "críticos", apontam a imprudência de alguns "atores" do mercado financeiro internacional como responsável pela crise.
Ora, dizer que um grupo pequeno de "imprudentes" conseguiu causar o colapso do capitalismo global, ou que estamos diante de uma "força da natureza", é zombar da inteligência alheia.
A atual crise global é uma crise do sistema capitalista, uma crise das grandes, e que é engendrada pelo próprio sistema capitalista. O mundo não vai acabar, mas, no meio do caminho, muitas famílias serão reduzidas à miséria. Milhões de pessoas ficarão desempregadas por longos períodos e terão seus futuros, e os futuros de seus filhos, comprometidos de forma irremediável.
Toda essa desgraça deve ser debitada aos governos neoliberais, Reagan-Thatcher, os fundadores, pai e mãe do monstro. E seus seguidores: Menen, Fujimori, Lacalle, Sanchez de Losada, Lucio Gutierrez, FHC (e seu epígono, José Serra).
Esses senhores venderam suas pátrias, boa parte deles está na cadeia, e a outra parte também deveria estar. Acabaram com qualquer controle do estado sobre os mercados financeiros.
Seus sucessores (Chavez, Evo Morales, Kirchner, Lula) promoveram mudanças que farão com que os efeitos da crise sejam reduzidos. Se FHC fosse nosso presidente, o Brasil estaria de joelhos, implorando ajuda para Deus e o Diabo.
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