Os 20 vereadores sorocabanos votam, amanhã, um pacotão de projetos que cria 26 novos cargos no Legislativo, com salários que chegam a R$ 10.728,69 (maior que o salário dos próprios vereadores) e aumentam a folha de pagamento da Câmara em R$ 1 milhão por ano.Votam, também, o reajuste salarial do prefeito Vitor Lippi (PSDB), em 4,37% (de R$ 17.132, 47 para R$ 17.881,16) e o reajuste salarial dos 22 secretários, em 4,37% (de R$ 10.279,48 para R$ 10.728,69). Aliás, é muito mais vantajoso ser prefeito de Sorocaba do que Presidente da República, já que o nosso alcaide recebe um salário maior do que o Presidente Lula.
Os vereadores votam, ainda, a redução da jornada semanal de trabalho, de 35 horas para 30 horas, dos servidores efetivos com nível superior da Casa de Leis.
De fato, esse pessoal trabalha demais.
O projeto é tão generoso que fez o indeciso Crespo abandonar sua vaga de deputado estadual para permanecer vereador.
O jornal Cruzeiro do Sul, a voz da maçonaria, aconselhou Crespo a permanecer vereador, já que como deputado estadual ele estaria condenado ao "ostracismo" político, distante de Sorocaba.
Sim, ser deputado estadual é ser condenado ao ostracismo. E ser vereador em Sorocaba e debater o nome de logradouros públicos com figuras do quilate de Rubi, Cláudio do Sorocaba I, dentre outros, é o ó do borogodó da política sorocabana.
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Um comentário:
No ano passado a Câmara deu um aumento de mais de 20% ao prefeito Victor Lippi, logo após ele veio a público que anunciar que não aceitaria o agrado, não sei se cumpriu, mas ele ficou bonito na TV.
Se ele aceitou ou não, eu não acompanhei, mas seus assessores sim. Como ninguém pode ganhar mais que o prefeito, a prefeitura tem conseguido elevar o salário do prefeito para manter alto os salários dos funcionários em cargos de confiança, cargos comissionados negociados em período eleitoral.
Pela lei, nenhum servidor público pode ganhar mais que o prefeito, nem fazendo horas extras, mas, com o aumento, a prefeitura poderá reajustar os vencimentos dessa multidão de comissionados e assim, pagar a fatura da reeleição.
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