27 maio, 2009

PSDB desqualifica programa para justificar falta de empenho


O secretário de habitação de Sorocaba, que também acumula a secretaria de desenvolvimento, tenta desqualificar um dos maiores programas habitacionais da história do País, o “Minha Casa, Minha Vida”, para justificar sua falta de vontade política para investir em habitação.

O que sabemos é que este é um jogo baixo que busca justificar o injustificável. Vale alguns questionamentos: quantas casas serão construídas pelo governo José Serra? Quantas casas construirá Vitor Lippi no atual mandato? Alíás, quantas casas construiu em seu primeiro mandato? Afinal, quantas casas foram construídas pelo PSDB, em Sorocaba, desde 1995?

O Presidente Lula tomou a iniciativa e criou um programa que possibilitará a construção de um milhão de casas em dois anos. Porém, as esferas de Governo precisam atuar de maneira integrada, todas voltadas para um só interesse: melhorar a qualidade de vida da população.

Foi através do “Minha Casa, Minha Vida”, aliás, que pudemos ter uma radiografia mais real do problema habitacional em Sorocaba. O cadastramento para o Programa tem nos mostrado a distância da Prefeitura (que apontava um déficit habitacional de 10 mil casas) em relação à realidade da população (que, se cadastrando no programa, demonstrou que esse déficit passa de 30 mil).

O Programa do Governo Federal não veio com a intenção de resolver o déficit habitacional da Sorocaba, mas se assumido com seriedade por parte da Prefeitura, vai contribuir sim para diminuir o sofrimento de milhares de famílias que por muitos anos viveu sem a menor perspectiva de realizar este que é um dos principais sonhos do brasileiro.

Me parece, lendo a entrevista do secretário, que o PSDB quer justificar o fracasso de sua política habitacional, se é que um dia a mesma existiu em nossa cidade. Falta ao referido secretário e à equipe administrativa da Prefeitura priorizar os interesses da população em detrimento dos interesses de pequenos grupos. Aliás, esse é motivo que tem impedido o atual prefeito de Governar, ficando atrelado, apenas, à administração dos péssimos acordos realizados em torno de sua reeleição.

José Carlos Triniti Fernandes
Secretário de Comunicação do PT-Sorocaba

24 maio, 2009

De quem será a Sorocaba de 2020?

Merecem destaque as informações publicadas pela imprensa sorocabana dando conta de que a administração municipal já iniciou estudos visando à construção de um novo anel viário na cidade, para início das obras em 2016.

Cada vez mais o desenvolvimento planejado será a tônica das cidades brasileiras. Vários fatores contribuem para isso, como o amadurecimento dos cidadãos e cidadãs que cobram com maior rigor políticas que lhes garantam qualidade de vida, além de contarmos com o Estatuto das Cidades, uma legislação madura, que trata da ocupação urbana responsável.

No entanto, não basta planejar o crescimento. É preciso que se tenha clareza quanto ao público para quem se organiza tal desenvolvimento. Nesse ponto, o governo de Vitor Lippi peca por escolher pela cidade individualizada, elitizada, onde a prioridade absoluta é o transporte individual. Os corredores viários, as novas avenidas, o projeto Sorocaba Total, tudo isso tem partido da concepção de facilitar a vida de quem utiliza o carro como principal meio de mobilidade urbana.

Há vários equívocos nessa opção. Primeiro, porque não é verdade que a maior parte da população possua ou se utilize de automóveis particulares. Além disso, do ponto de vista do respeito ao meio ambiente e a racionalidade do trânsito é um grave erro apostar todas as fichas em avenidas, em detrimento do investimento no transporte público.

Governar para as máquinas é fácil e prático. Após aberta uma avenida, sua manutenção é muito mais simples que o gerenciamento do transporte coletivo, por exemplo. Contudo, o compromisso do poder público é firmado com o povo, não com as máquinas do povo.

É ótimo ver nossas ruas bem cuidadas e estruturadas. Tão bom quanto perceber as calçadas niveladas e acessíveis, nossos ônibus confortáveis e atendendo adequadamente a população, ciclovias adequadas a sua finalidade e não meramente calçadas pintadas de vermelho.

Enfim, um programa de mobilidade urbana deve ir muito além do proposto pelo governo Vitor Lippi. Falta ao prefeito e a sua equipe sensibilidade no sentido de perceber as reais necessidades dos sorocabanos.

Paulo Henrique Soranz

20 maio, 2009

À morte de um canalha*

Por Mario Benedetti

Os canalhas vivem muito,
mas algum dia morrem

OBITUÁRIO COM ‘HIP-URRAS’

Vamos festejá-lo
venham todos
os inocentes
os lesados
os que gritam à noite
os que sonham de dia
os que sofrem no corpo
os que alojam fantasmas
os que pisam descalços
os que blasfemam e ardem
os pobres congelados
os que amam alguém
os que nunca se esquecem
vamos festejá-lo
venham todos
o crápula morreu
acabou-se a alma negra
o ladrão
o suíno
acabou-se para sempre
‘hip-hurra’
que venham todos
vamos festejá-lo
e não-dizer
a morte
sempre apaga tudo
a tudo purifica
qualquer dia
a morte
não apaga nada
ficam
sempre as cicatrizes
‘hip-hurra’
morreu o cretino
vamos festejá-lo
e não-chorar por vício
que chorem seus iguais
e que engulam suas lágrimas
acabou-se o monstro prócere
acabou-se para sempre
vamos festejá-lo
a não-ficarmos tíbios
a não-acreditar que este
é um morto qualquer
vamos festejá-lo
e não-ficarmos frouxos
e não-esquecer que este
é um morto de merda

*Poema de Mário Benedetti "para" Ronald Reagan

Morreu Benedetti

A cabeça diz-nos que não há milagres, mas o coração insiste em crer que um milagre de vez em quando, além de não alterar a ordem do mundo, viria bem como compensação das inevitáveis tristezas da vida. No fundo, queríamos acreditar que a leitura dos poemas de Benedetti, posta a correr ao redor do mundo, faria recuar a morte que ameaçava. Mario perdeu a batalha, nós, os seus amigos, os seus leitores, também. Restará a memória, restarão os livros, mas, neste momento, memória e livros quase nos parecem somenos. A dor e o desgosto não adormecerão tão cedo. Havia Mario Benedetti e deixou de haver.

José Saramago

19 maio, 2009

A Comissão Privatizante de Intrigas do PSDB

A Petrobras vale R$ 300 bilhões, valor de mercado, final de abril deste ano. Valia R$ 54 bilhões quando FHC deixou o governo. De 2002 a 2008, a produção total cresceu 32,6%. O lucro líquido passou de R$ 8 bilhões pra R$ 33 bilhões. A receita operacional por empregado mais que dobrou. Graças à recuperação da auto-estima dos trabalhadores de todos os escalões e à orientação de fortalecer a empresa, com investimentos e ampliação do quadro de funcionários, de maneira responsável, os resultados aparecem: todos os meses temos boas novas, com descobertas de novas reservas. O ápice foi a descoberta do pré-sal, o maior fato na área de reservas petrolíferas dos últimos trinta anos, no mundo. Além de auto-suficiente, o Brasil poderá ser exportador de derivados, com valor agregado. Ou poderá usar todo esse acréscimo de reservas para seu próprio crescimento, sem depender de importações. Na área de biocombustíveis, a Petrobras articula o mercado de etanol e implanta o programa brasileiro do Biodiesel, referência tecnológica mundial.

José Sergio Gabrielli, atual presidente da Petrobras, foi reconhecido recentemente como um dos principais executivos do setor em todo o mundo. A Petrobras, no governo Lula, é maior, melhor e mais respeitada.

Muita gente pode não ter a dimensão do que significa uma empresa do porte da Petrobras, sob o comando do Estado nacional. O Estado é a representação do poder público, da soberania popular. Uma empresa estratégica pode e deve se subordinar ao interesse público. É do interesse público que ela seja bem gerida e tenha uma transparência máxima, limitada apenas pelas normas de segurança industrial, necessárias especialmente às empresas de alta tecnologia e da área energética.

Dirão os que desejam investigá-la mediante uma Comissão Parlamentar de Inquérito: queremos investigar irregularidades e isso é próprio da democracia. Claro: terão usado os meios investigativos disponíveis? Ministério Público, TCU, CVM, ANP?

Ou desejam uma CPI para transformar a investigação em luta político eleitoral, contando com seus jornalões e emissoras, aliados incondicionais?

Ou desejam criar um clima hostil às estatais?

Vejam só a entrevista à revista Exame, em 2006, do grão-tucano Mendonça de Barros, ex-ministro de FHC e ex-presidente do BNDES, quanto esta instituição financeira ficou marcada como Banco da Privatização:

Exame - O que o senhor acha que deveria ser privatizado?
Mendonça - Há muita coisa ainda, como os serviços portuários, as estradas de rodagem, o setor elétrico, a Petrobras.
Exame - A privatização da Petrobras seria extremamente polêmica, não?
Mendonça - Sem dúvida. Ainda não tenho opinião formada sobre o assunto, mas se eu estivesse no próximo governo, trabalharia forte na privatização da Petrobras. Esse não é um projeto simples. Tem de ser muito bem estudado, muito bem planejado. Mas acho que deveríamos quebrar esse monopólio que hoje não se justifica. Privatizar ou não é uma questão que tem de ser avaliada de maneira objetiva, não ideológica. Não tenho nada contra a empresa pública, mas quando a empresa pública não tem mais razão de existir, ela precisa ser extinta, e o negócio, vendido para a iniciativa privada.

Mendonça admite sinceramente o que Serra, Aécio e FHC tem vergonha de assumir: o PSDB é o partido da entrega do patrimônio público e o DEM é apenas o coadjuvante. A CPI da Petrobras é apenas mais um lance da trajetória desse pessoal, que tem um pé na política e outro no mercado financeiro.

A gestão neoliberal tucana marcou, sem dúvida, a história da Petrobras, com três fatos: a fúria anti-sindical que tentou aniquilar os trabalhadores na greve de 1995; o naufrágio da plataforma P-36, no qual onze trabalhadores morreram, em 2001; e a tentativa marota de mudar o nome de Petrobras para Petrobrax, em 2000. A alegação para a mudança era o fato de que a Petrobras é uma empresa internacional e não poderia ter seu nome associado a um país. Diante da revolta que eclodiu em todo o país, o governo tucano desistiu da mudança. Se aceitássemos a pequena malandragem, o passo seguinte seria dizer que uma empresa com ações em Wall Street não poderia estar sob comando estatal.

O que seria, então, das reservas bilionárias do “pré-sal”?

Mas, graças aos que resistem, o pré-sal é nosso. O petróleo é nosso. O biocombustível é nosso.

O povo não se entrega aos entreguistas. A CPI é um gesto desesperado de quem não tem proposta para o Brasil, a não ser vender, vender, vender.

Ricardo Berzoini é presidente nacional do PT

A CPI da "Petrobrax" e a tucanalhada

Os tucanos queriam privatizar a Petrobrás, como parte dos acordos assinados com o FMI, trocaram o nome da empresa – orgulho e patrimônio nacional – para Petrobrax, para tirar essa marca de “Brasil”, negativa para eles, e torná-la uma “empresa global”, a ser submetida a leilão no mercado internacional. Não conseguiram. Seu ímpeto entreguista durou menos de 24 horas diante do clamor nacional. Se deram conta que naquele momento tinham avaliado mal os sentimentos do povo brasileiro, que tinham ido longe demais no seu ardor privatizante e entreguista. Tiveram que recuar, mas nunca abandonaram seu projeto, tanto assim que venderam 1/3 das ações da Petrobras na Bolsa de Valores de Nova York, como primeiro passo para a privatização da empresa.

Tinham colocado em prática o programa econômico mais antinacional, de maior abertura ao capital estrangeiro, que o Brasil conheceu, sob o mando de FHC e seus ministros econômicos – Pedro Malan e Jose Serra. Quebraram o país três vezes e correram pedir mais há empréstimos ao FMI, assinando com presteza as Cartas de Intenção, de submissão aos organismos financeiros internacionais. Na crise de 1999, subiram as taxas de juros a 49%, para tentar segurar o capital especulativo e impuseram uma recessão de que a economia só voltou a se recuperar no governo Lula. Entre as cláusulas secretas da Carta de intenções assinadas nesse momento, a imprensa revelou que constava a privatização da Petrobras, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica.

Foram rejeitados pelo povo. Quando Lula, no sexto ano do seu governo, tem o apoio de 80% da população e a rejeição de apenas 5%, FHC tinha o apoio de apenas 18%, mesmo contanto com o apoio total da totalidade da grande mídia, essa mesma que rejeita a Lula.

Viram, com frustração, a Petrobrás se transformar na maior empresa brasileira e em uma das maiores do mundo, conseguir a auto suficiência em petróleo para o Brasil, descobrir o pré-sal, entre tantas outras conquistas, afirmando seu caráter nacional e de identificação com a construção de um Brasil forte.

Mas não se conformaram. Na calada da noite organizaram uma CPI sobre a Petrobrás. Enquanto o povo quer uma CPI sobre a Petrobrax. Tratam de impor os danos que consigam à maior empresa brasileira, tentam impedir que a exploração do pré-sal fique nas mãos do Estado brasileiro, querem afetar o valor das ações da empresa, obstaculizar seus planos de expansão e de crescimento. Porque lhes dói tudo que seja nacional, tudo que represente fortalecimento do Brasil como nação,

São os corvos do século XXI, os novos lacerdistas, os novos udenistas, a direita branca e elitista, antinacional, antipopular, que sente asco pelo povo e pelo Brasil. FHC espumava de raiva ao ver que para tentar ter alguma chance de disputar o segundo turno com Lula, o candidato do seu partido rejeitou as privatizações do seu governo, comprometeu-se a não tocá-las pra frente, sabendo que se chocam frontalmemente com os sentimentos do povo brasileiro.

Querem prejudicar a imagem da Petrobrás, a fortaleza da empresa de que se orgulham os brasileiros, que a querem cada vez mais forte e mais brasileira. Acenam para as grandes empresas estrangeiras de petróleo com a possibilidade de dar-lhes o controle do pré-sal, como presente de ouro, caso consigam retomar o governo no ano que vem, garantindo-se ao mesmo tempo polpudos financiamentos eleitorais. Não hesitam em sacrificar tudo o que seja nacional e popular, contanto que possam voltar ao governo e seguir dilapidando o patrimônio publico.

São definitivamente uma tucanalhada, que precisa ser repudiada e rejeitada pelo povo brasileiro, para que não possam seguir tentando causar danos ao Brasil. Tirem suas patas entreguistas de cima da Petrobrás, do pré-sal e do Brasil, tucanalhada antinacional, antipopular e antidemocrática. O Brasil é maior que vocês, os rejeitou tantas vezes e vai rejeitá-los de novo. É Monteiro Lobato contra Carlos Lacerda, Getúlio contra Rockfeller, o povo brasileiro contra a tucanalhada de FHC. Que se instaure a CPI que o povo quer – a CPI da Petrobráx, onde estão as digitais dessa corja de odeia o povo e o Brasil.

blog do Emir

07 maio, 2009

A crise dos porquinhos



No site do PT Sorocaba, há um artigo do Deputado Paulo Teixeira sobre habitação. Passa lá:

www.ptsorocaba.org.br

(...) A Constituição Brasileira prega que todo o cidadão,seja rico ou pobre, tem direito à moradia. O país, hoje, precisa de 7,2 milhões de novas casas para atender a esse direito. É preciso recordar que 85% dos brasileiros que hoje apenas sonha com a casa própria recebe, como renda mensal, nunca além de cinco salários mínimos. Ou seja, para atender a essa população e ao que exige nossa Carta Magna, é vital que haja um forte subsídio. Mas, sozinho, ele não resolveria o problema. Também é necessário um esforço conjunto, capaz de reunir o esforço das famílias beneficiadas, dos municípios e estados e da iniciativa privada. (...)

Gilmar Dantas: "saia às ruas" e não volte ao STF


Não deixa de ser curioso constatar o clima de Baile da Ilha Fiscal que cercou, literalmente, a impressionante manifestação popular levada à cabo na noite de hoje, 6 de maio de 2009, na Praça dos Três Poderes, em frente ao Supremo Tribunal Federal, aqui em Brasília. Logo cedo, o ministro Gilmar Mendes, alvo dos manifestantes, mandou colocar cercas em todo o perímetro do STF com a inacreditável desculpa de que seria preciso preservar o ambiente para um evento noturno, a apresentação de um anuário jurídico publicado pelo jornalista Márcio Chaer, do site Consultor Jurídico. Chaer e Mendes são amigos, mais que amigos, fraternos aliados empenhados em uma simbiose ideológica travestida de relação jornalística. Difícil é definir quem é a fonte de quem.

Quis o destino que a tertúlia do Conjur, montada para dar um ar de naturalidade a uma noite de protestos anunciados, surtisse um efeito perversamente oposto, alçada que foi a farra a pano de fundo perfeito para as luzes de milhares de velas acesas em frente ao STF. Graças ao convescote, os manifestantes puderam perceber a presença física, ainda que à distância, de Gilmar Mendes. Àquela altura, o presidente do STF já estava amargamente arrependido de ter apostado no fracasso da manifestação. Mais cedo, ele havia relegado o movimento a uma ação de inimigos dos quais, em mais uma de suas declarações infelizes, disse se orgulhar. Com Mendes na mira, vieram as palavras de ordem, gritadas a pleno pulmão. Ele ouviu.

Coisa linda é uma manifestação noturna com 10 mil velas. Pelo menos duas mil pessoas passaram pela Praça dos Três Poderes para participar, olhar ou só constatar o que estava acontecendo em meio àquela alegre balbúrdia de luz. Os carros normalmente indiferentes ao rush da capital federal buzinavam, em apoio aos manifestantes. Pessoas desciam dos ônibus para prestar solidariedade. Ele viu.

Que ninguém se engane. Esta noite, algo se quebrou em Brasília.

acompanhe o movimento aqui

06 maio, 2009

As leis, as salsichas e as alianças de Lippi


Não é de hoje que os quadros mais sérios da política brasileira, independente da cor partidária, reafirmam a necessidade de uma profunda reforma no sistema político-eleitoral brasileiro.

As teses são muitas no que tange a temas polêmicos como a proibição de coligações proporcionais, financiamento de campanha, voto distrital, em lista, enfim, o debate é tão amplo quanto urgente.

E a demora para que essa reforma seja apreciada e colocada em prática, produz situações esdrúxulas como a que percebemos em Sorocaba, no que se refere as alianças estabelecidas pelo PSDB para a reeleição do prefeito Vitor Lippi.

Nas últimas semanas as informações a respeito dos acordos firmados em torno da reeleição do atual prefeito surgem aos montes, quase todas absurdas. Destaque ao caso do PMN, em que o acordo teria sido firmado nos seguintes termos: reeleito o prefeito, os cinco primeiros suplentes da chapa de vereadores teriam direito a cargos comissionados na prefeitura.

É a banalização do interesse público!

As alianças envolvem, é claro, a participação de cada um dos partidos integrantes no governo. Porém, a lógica é a de que cada um ofereça o que tem de melhor, do ponto de vista técnico e político, a bem do interesse público, da moralidade e da eficiência administrativa. E quem poderia prever, quando o acordo foi firmado, que aqueles que viessem a alcançar as cinco primeiras vagas de suplência, seriam os melhores quadros do partido?

E o pior é que não se trata de um caso isolado, há vereadores reclamando o cumprimento de acordos. Nessas situações a pergunta inevitável é a seguinte: como imaginar uma independência de poderes se o Executivo distribui cargos para membros do Legislativo?

Certa vez o então primeiro-ministro alemão Otto Von Bismark sentenciou que “se o povo soubesse como são feitas as leis e as salsichas, não dormiria tranqüilo”. Creio que as alianças políticas de Lippi estejam nesse mesmo patamar, pois, confesso, não durmo tranqüilo sabendo que a cidade onde vivo está debaixo desse tipo de acordo.


Paulo Henrique Soranz Presidente PT Sorocaba

03 maio, 2009

Deu mengão: Zé Dirceu acertou a primeira


No último dia 30 (quinta-feita), Zé Dirceu, em seu blog, anunciou: o Flamengo derrota o Botafogo e o Serra não será Presidente.

Acertou a primeira previsão.

Torcemos (quase rezamos) para que os poderes sobrenaturais do Zé Dirceu funcionem até o próximo ano.

01 maio, 2009

Filha de FHC, funcionária fantasma de senador DEMO, pede para sair


Depois das denúncias de que recebia sem trabalhar um salário de R$ 7,6 mil como secretária parlamentar do senador Heráclito Fortes (DEM-PI), Luciana Cardoso, filha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, pediu demissão do gabinete dele.

A filha do ex-presidente, que estava lotada no gabinete de Heráclito desde 2003, confidenciou que não comparecia ao local de trabalho. Em entrevista à colunista da Folha de S.Paulo Mônica Bérgamo, Luciana Cardoso disse que o espaço “é um trem mínimo e a bagunça, eterna.”

A ex-secretária parlamentar tentou amenizar na entrevista ao afirmar que trabalhava em casa cumprindo tarefas para o senador. Mas logo perdeu a estribeira ao ser questionada sobre o que fazia naquela semana: “Cê não acha que eu vou te contar o que eu tô fazendo pro senador! Pensa bem, que eu não nasci ontem! Preste bem atenção: se eu estou te dizendo que são coisas particulares, que eu nem faço lá porque não é pra ficar na boca de todo mundo, eu vou te contar?”

Nada convenceu o procurador Marinus Marsico que ingressou com uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) solicitando a devolução de todos os salários recebidos por Luciana Cardoso.

fonte: Vermelho.org