27 julho, 2009

A luta de classes acabou?... Operários chineses lincham até a morte executivo que ia demitir 30 mil pessoas.

A venda de uma siderúrgica chinesa foi cancelada depois que um executivo foi espancado e morto pelos trabalhadores aos quais acabara de anunciar uma drástica medida de demissões, informaram nesta segunda-feira os jornais locais.

Os funcionários da Tonghua Iron and Steel, com sede na província de Jilin (nordeste), espancaram até a morte na sexta-feira passada um dos diretores da empresa, Chen Guojun, que anunciou a demissão de até 30 mil funcionários, segundo o jornal China Daily.

Cerca de 3 mil operários interromperam a produção e cercaram Chen, recém-nomeado ao cargo, depois do anúncio da compra de sua unidade pelo grupo privado Jianlong.

"Chen decepcionou e provocou os operários aos anunciar que a maioria ficaria desempregada em três dias", indicou o China Daily, citando um policial local.

Depois de espancar o executivo, os empregados ainda enfrentaram a polícia e impediram a ambulância de ter acesso ao ferido. Chen morreu morreu horas depois de ser levado para o hospital.

Um porta-voz do governo provincial de Jilin, contactado pela AFP, confirmou a morte do executivo, mas não quis dar maiores detalhes, afirmando apenas que a polícia abriu uma investigação sobre o assassinato.

3 comentários:

Fábio Cassimiro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fábio Cassimiro disse...

Para o bem do capitalismo o crescimento chines não pode parar!

A revolução pode não estar tão longe.

Esqueçam a Praça da Paz Celestial, aqui não era nada.

Olhemos para as fábricas e para os operários chineses!

Fábio Cassimiro disse...

Gostaria de indicar a leitura do livro "Adan Smith em Pequin" do historiador Giovanni Arrighi. Sua análise mostra que as relações capitalistas não avançam tão aceleradamente na sociedade chinesa como quer a mídia internacional.

Para Arrighi (que não é marxista)o crescimento chinês da atualidade é reflexo das transformações causadas pela Revolução Cultural Chinesa e terá desdobramentos imprevisíveis.

Um exemplo: Uma indústria chinesa tem um décimo de gerentes e capatazes quando comparadas as suas correlata européias norteamericanas, Arrighi atribui esta autodisciplina dos trabalhadores chineses, em parte, ao elevado sálario real daqueles operários.

Isso mesmo, salário real, mesmo que o salário monetário seja muitíssimo baixo, o Estado provem os trabalhadores com uma completa rede de assistência social

Isso não quer dizer que ganhem muito bem como um operário especializado dos EUA, mas más não é tão baixo como o de um indiano ou mexicano.

Esse "elevado" padrão de vida só é possível devido à intervenção direta do Estado e ausencia da exploração do lucro máximo
capitalista(Não estou dizendo que não há exploração).

Em termos marxistas é uma exploração de tipo capitalita que se dá na forma, ou seja, haveria uma elevada exploração da mais-valia absoluta, mas, por outro lado, uma relativa redução da exploração mais-valia relativa.

Ao concentrar todo o poder econômico em suas mãos, ou quase todo, o Estado chinês, permite-se abrir mão de uma parte da sua lucratividade total em virtude da falta de concorrência, isso aconteceu durante o período do imperialismo na Europa.

Qualquer mudança nessa realidade atual, poderia ser suficiente para causar uma grande convulsão social.

Para o bem do capitalismo o crescimento chines não pode parar.