A chefia de jornalismo define que se deverá fazer uma matéria com tal posição política ou ideológica, atendendo a tal e qual interesse de alguma facção partidária.
Quem anda praticando muito isso é a imprensa anti-Lula-Dilma-PT ou pró-Serra, o que dá no mesmo.
Escohido um tema, compõe-se o texto, incluindo as possíveis declarações. Aí sim se discute: “quem diria isso aqui?”, pergunta o jornalista. Seu superior sem olhar o repórter responde como se citasse o próprio nome: “fulano”.
Sergio Miceli, num trabalho magistral, mostrou como de alguma maneira os intelectuais brasileiros sempre foram dependentes de alguma esfera de poder. Das oligarquias, antes, do Estado, depois.
Acrescentamos que a terceira fase de alguns “intelectuais à brasileira” é a associação com o as oligarquias midiáticas.
Há uma troca de favores intensa entre estes “especialistas” e as mídias: “dirás o que penso, e virás comigo ao paraíso”. Por paraíso, entenda-se uma boa divulgação para o próximo livro, um elogio na próxima edição, etc.
Os jornais devem ter uma listinha de intelectuais para pronta entrega de ideias. Eles têm como função assumir a opinião dos veículos, para camuflar o artigo como reportagem.
Os intelectuais à brasileira de padrão delivery mais batidos são: Marco Antonio Villa e Demétrio Magnolli. Mas há outros: uns mais outros menos discretos.
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