José Anselmo dos Santos Neto, o Cabo Anselmo, liderou a Revolta dos Marinheiros em 1964, que culminou com o Golpe de Estado proferido pelos militares. Expulso da Marinha, exilou-se no Uruguai e depois em Cuba, onde fez treinamento de Guerrilha. Retornando ao Brasil, passou a militar na Vanguarda Popular Revolucionária, de Carlos Lamarca. Preso, em 1970, fez um acordo com a Ditadura, agindo como agente duplo, "traindo" seus companheiros. Muitos morreram em virtude de suas delações, inclusive sua namorada, grávida, a paraguaia Soledad Barret Viedma, que apareceu morta ao lado do feto.
Diante disso, Cabo Anselmo, pleiteia junto à Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, anistia pelo período em que foi perseguido político e, consequentemente, indenização pecuaniária.
A Lei de Anistia 10559, de 2002; que substitui a Lei 6683, de 1979 – conhecida como a Lei da Anistia ampla, geral e irrestrita -, dispõe que todos aqueles que sofreram perseguição por motivação exclusivamente política, entre 18 de setembro de 1946 até 5 de outubro de 1988, tem direito à declaração da condição de anistiado político, bem como, indenização de caráter financeiro, diante dos prejuízos sofridos.
Tecnicamente, considerando a versão do, até então, "traidor" Cabo Anselmo, tem direito ao período de 1964 a 1970, momento em que acordou com os militares, entretanto, um depoimento de Cecil Borer (1913/2003), ex diretor da Delegacia de Ordem Política e Social (DOPS) da Guanabara, à Folha de São Paulo, em 2001, declarou que era colaborador de seu Departamento no momento anterior ao Golpe, atuando como agente provocador recrutado pelos militares.
Assim, Cabo Anselmo nunca traiu ninguém, sendo coerente com seus posicionamentos e ações e, portanto, nunca sofreu perseguição política. Não cabendo declaração de anistiado político e indenização. Este é o entendimento do Secretário Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi. E é o meu também.
A afirmação do delegado do DOPS cristaliza a falta de arrependimento de Cabo Anselmo em detrimento à morte de inúmeros jovens idealistas que lutavam, sobretudo, pela instalação de um regime democrático.
Cabo Anselmo não passava de um “leva e atrás” dos militares. Sujeito frio e calculista, sem escrúpulos e princípios, que sentia prazer em cumprir suas tarefas. Nunca foi de esquerda. Nunca acreditou na democracia. E que agora quer tirar a credibilidade da Comissão de Anistia, forçando-os a uma decisão de deferimento, tecnicamente e juridicamente, impossível.
É por isso que toda a esquerda brasileira deve se mobilizar contra este monstro sanguinário despudorado, apresentando argumentos técnicos e politizando a discussão perante à sociedade.
A Lei de Anistia 10559, de 2002; que substitui a Lei 6683, de 1979 – conhecida como a Lei da Anistia ampla, geral e irrestrita -, dispõe que todos aqueles que sofreram perseguição por motivação exclusivamente política, entre 18 de setembro de 1946 até 5 de outubro de 1988, tem direito à declaração da condição de anistiado político, bem como, indenização de caráter financeiro, diante dos prejuízos sofridos.
Tecnicamente, considerando a versão do, até então, "traidor" Cabo Anselmo, tem direito ao período de 1964 a 1970, momento em que acordou com os militares, entretanto, um depoimento de Cecil Borer (1913/2003), ex diretor da Delegacia de Ordem Política e Social (DOPS) da Guanabara, à Folha de São Paulo, em 2001, declarou que era colaborador de seu Departamento no momento anterior ao Golpe, atuando como agente provocador recrutado pelos militares.
Assim, Cabo Anselmo nunca traiu ninguém, sendo coerente com seus posicionamentos e ações e, portanto, nunca sofreu perseguição política. Não cabendo declaração de anistiado político e indenização. Este é o entendimento do Secretário Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi. E é o meu também.
A afirmação do delegado do DOPS cristaliza a falta de arrependimento de Cabo Anselmo em detrimento à morte de inúmeros jovens idealistas que lutavam, sobretudo, pela instalação de um regime democrático.
Cabo Anselmo não passava de um “leva e atrás” dos militares. Sujeito frio e calculista, sem escrúpulos e princípios, que sentia prazer em cumprir suas tarefas. Nunca foi de esquerda. Nunca acreditou na democracia. E que agora quer tirar a credibilidade da Comissão de Anistia, forçando-os a uma decisão de deferimento, tecnicamente e juridicamente, impossível.
É por isso que toda a esquerda brasileira deve se mobilizar contra este monstro sanguinário despudorado, apresentando argumentos técnicos e politizando a discussão perante à sociedade.
2 comentários:
Esse cabo anselmo parece um cara aqui de sorocaba, até a ética é parecida!
Pelo que sei, Cabo Anselmo alega que o então delegado Fleury o abordou dando-lhe a seguinte opção , " ou colabora ou morre " ... alega ainda ter sido duramente torturado... é isso que ele diz. Mas o que se passou realmente nas salas escuras do antigo prédio do DOPS ? A morte de muitas pessoas como ocorreu, independentemente de culpa desse ou daquele, é fato lamentável e que merece ser lembrado como exemplo para sempre. Esse cara, pra mim, é apenas mais um. Muitos dos políticos de hj tbm traem e muito, traem e matam lentamente milhares de crianças que não tem atendimento médico, nem condições mínimas de moradia e educação, com desvios de verbas, favorecimentos, contas no exterior, entre outros absurdos.
Acreditar em quem hoje em dia ?
Na minha humilde opinião nosso país vive hj em dia um momento histórico de total descrédito político. Cada vez mais o precioso tempo que deveria ser gasto por nossos mandatários em prol de melhorias das condições de vida da população e crescimento da nação, está sendo gasto em infindáveis CPIs, tentativas de derrubada, brigas internas no C. Nacional de baixíssimo nível...tudo é feito, menos a luta pelos interesses de quem os elegeu.
Como a certeza de impunidade virou ponto pacífico entre todos, não creio que estarei nesse mundo se uma eventual mudança radical acontecer, infelizmente.
Sacanagem nesse país tornou-se um fato absolutamente normal.
Tenho vergonha !
Abrs
Alexandre
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