09 novembro, 2009

Nhém nhém nhém demo-tucano




Tenho recebido inúmeros emails apresentando o passado de Dilma Roussef. Enquadram-na como terrorista, assassina e um dos quadros mais perigosos da VAR-Palmares, organização que combateu à ditadura militar.

Ingenuamente, imaginei que alguns comentários haviam sido expurgados: ora Lula era um alcóolatra, analfabeto de nove dedos; agora, Dilma é uma bandida que irá concorrer à presidência da república.

Travar este debate é algo que se tornou cansativo e ultrapassado para mim, mas a direita brasileira sempre foi previsível. Todos nos lembramos da "TFP new generation": o natimorto movimento Cansei.

Se faz necessário relembrar que quem combate um Estado autoritário - torturador, ditador - está reagindo em favor da sociedade, em defesa da democracia.

O Democratas foi Arena, partido que sustentava politicamente o governo militar. Mas, antes, virou PFL.

Agora, assim se autodenominam, contraditoriamente ao seu passado ditatorial, numa estratégia infame de confundirem nosso raciocínio, associando-os aos democratas estadunidenses.

O PSDB, oriundo do MDB; hoje, partido do neoliberalismo no Brasil, jogou o ideário social-democrata no lixo. E com ele, seu passado de luta em favor da democracia. Alteraram o curso ideológico e histórico ao se aliarem aos "Democratas" (PFL - Arena).

Se quem luta contra uma ditadura militar - sendo presa e torturada - é bandida, como diria um velho amigo:

"Chegará o dia em que o rabo vai balançar o cachorro...".




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