Os blogueiros brasileiros precisam ficar de olhos muito abertos. A última moda, agora, parece ser advogados entrando em contato para retirar posts do ar. Depois da condenação do Emílio; da Claudia Mello, do Rio; do pior bar do sistema solar, aqui em São Paulo, chegamos à censura nos blogs de noivinha, vejam se pode.
Será mesmo que as empresas – e os empresários – não entenderam do que se trata a internet? Parece que não. Vejamos as razões:
■Eles ficam possuídos quando os blogs e suas perigosas opiniões livres conquistam as primeiras páginas de busca.
■Não sabem o que fazer com as informações. Críticas, meus caros, fazem parte da vida. Nossas opiniões, dadas livre e gratuitamente, custariam fortunas em pesquisas de mercado. Seres humanos inteligentes, em geral, as utilizam para aperfeiçoar, melhorar.
■Liberdade de expressão? Jamais. Você tem que dizer o que ele quiser, do jeito que quiser.
O resultado vem aparecendo no twitter e pelos blogs e vai resultar em debate na Campus Party 2010. Há dois anos – ou mais – a comunidade levanta, de tempos em tempos, a necessidade de um mecanismo de proteção. Afinal, somos cidadãos exercendo nossos direitos, mas na hora de conseguir defesa nos tribunais a coisa fica difícil. Temos a jurisprudência (e, aparentemente, os juízes) contra nós.
O grande senão é que a comunidade dos blogs parece estar alheia ao Marco Civil e tentando reinventar a roda. Mas a idéia de criar um organismo à EFF parece bastante interessante. Espero que a gente não tenha mais surpresas até janeiro.
por Lucia Freitas
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