Tufão,Farinha, Quinho, Xoto, Lála, Gedião, Gordinho, Paulinho, Pixo, Decrei, Japão, Leandro, Cukão, Messias... poderiam ser da escalação do EC Laranjeiras, mas infelizmente é a lista de alguns amigos que morreram de forma violenta no bairro em que moro.
Assassinatos são a causa de 46% das mortes entre jovens de 12 a 18 anos; na maioria pobre e negra. Um estudo realizado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) transformou em dados estatísticos uma realidade já conhecida pela maioria das famílias que vivem nas periferias do Brasil: se nada for feito para mudar essa situação, desde 2006 – quando os dados foram coletados – até 2011, cerca de 33,4 mil adolescentes serão mortos.
Em termos nacionais e em quase todos os setores sociais da juventude, os homicídios estão à frente de todas as demais causas de morte nesta mesma faixa etária. As chamadas causas naturais são responsáveis pelo óbito de 25% dos jovens. Já os acidentes, correspondem a cerca de 23%.
Obviamente, quase toda a mídia deu destaque para o fato de que boa parte dos assassinatos tinha alguma relação com a criminalidade ou consumo de drogas. Uma constatação não só tardia como também cínica.
Enquanto a política pública mais próxima da periferia for a polícia, essa situação tende a se repetir, nossa juventude necessita urgentemente de socorro, aqui no Parque das Laranjeiras ou na Vila Cruzeiro.
Sei lá, muito velório rolou de lá pra cá, qual a próxima mãe que vai chorar? (RACIONAIS M´CS)
por Josué de Lima
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