O Brasil é o país das mudanças "pra inglês ver". Em 2002 o TSE instituiu a verticalização nas eleições. A medida, muito polêmica, foi um grande passo na busca da fidelidade partidária. Mas na última quarta-feira nosso Congresso, em 2º turno, aprovou a Proposta de Emenda à Constituição que acaba com a verticalização. A Constituição Federal prevê que nenhuma mudança pode ocorrer na legislação eleitoral com menos de um ano das eleições. O TSE deve decidir a questão. Deputados e "especialistas" em direito eleitoral acreditam que a medida já vale para esse ano.
Muito, muito se pode dizer contra a verticalização: o Brasil é um país de dimensões continentais; uma coligação no interior do Acre não reflete muitas vezes os interesses de uma coligação em âmbito federal; e tantas outras coisas.
O fato é que a verticalização é uma entre várias medidas que precisam ser postas em prática para fortalecer os partidos políticos no Brasil. A existência de partidos fortes é um passo importante para a fidelização partidária. Partidos fortes fortalecem o Congresso. Não surgirão Severinos e outras tragédias. Mas quem tem interesse nisso?
Jamais teremos fidelidade partidária no país enquanto não forem adotadas medidas que coíbam coligações espúrias e incoerentes. Mas esse parece ser o desejo dos senhores parlamentares.
Viva a confusão generalizada e o desrespeito ao eleitor!
"Vamos celebrar a estupidez humana,
a estupidez de todas as nações..."
11 fevereiro, 2006
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