22 março, 2006

Chora, Wanderval. De alegria.


A Câmara absolveu mais um deputado acusado de envolvimento no suposto esquema do "mensalão". Wanderval Santos (PL-SP) se favoreceu do baixo quorum para ter o seu mandado preservado. Apenas 444 dos 533 deputados votaram. Foram 242 "sim", pela cassação, 179 "não", pela absolvição, e 20 abstenções. Mas para que Wanderval fosse cassado eram necessários 257 votos contra.

O deputado do PL é o quinto envolvido com o "mensalão" a ser absolvido pela Câmara. Até agora, somente os ex-deputados Roberto Jefferson (PTB), autor das denúncias do "mensalão", José Dirceu (PT), acusado por Jefferson de comandar o esquema, e Pedro Corrêa (PP-PE) foram cassados.

Wanderval Santos foi acusado de quebra de decoro parlamentar porque seu motorista sacou R$ 150 mil de uma conta do empresário Marcos Valério. O deputado alega que o saque ocorreu a pedido do ex-deputado Carlos Rodrigues, que renunciou ao mandato. O parlamentar disse ainda ao conselho que não sabia da transação e que não se beneficiou do dinheiro.

Segundo Wanderval, nada ficou provado contra ele. O deputado chegou a chorar ao negar a acusação do relator de que ele teria "terceirizado" o seu mandato. "Não sabia, não autorizei e não recebi nenhum benefício do senhor Marcos Valério e suas empresas", disse, em seu discurso de defesa na tribuna. Segundo ele quem deveria estar em seu lugar na tribuna era o ex-deputado Carlos Rodrigues. "A covardia levou ele a renunciar".

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