17 abril, 2006

MST quer novo júri para massacre de Eldorado

Agência Estado

"O Brasil terá de conviver ainda por muitos anos com essa crueldade praticada por agentes do Estado", afirmou durante protesto o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) no Pará, Ulisses Manaças, que cobrou da Justiça um novo julgamento para 142 soldados, cabos e sargentos absolvidos pelo Tribunal do Júri em dezembro de 2004.

O coronel Mário Pantoja, condenado a 228 anos, e o major José Maria Oliveira, condenado a 158 anos, respondem em liberdade concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao recurso contra a condenação.

A impunidade dos acusados pela morte de 19 trabalhadores sem-terra em Eldorado dos Carajás dominou todos os discursos durante as passeatas e cultos ecumênicos realizados na capital paraense e na rodovia PA-150, no sul do estado, onde há dez anos ocorreu o episódio. As manifestações foram pacíficas e não foram registrados incidentes.

Na passeata que acabou na frente do Palácio dos Despachos, sede do governo paraense, os sem-terra entregaram ao governador Simão Jatene um relatório sobre o massacre, cobrando melhor tratamento aos feridos e mutilados na Curva do S, em 1996. O governo alega que familiares das vítimas recebem pensão e os doentes todo o tratamento médico.

Caros companheiros: os assassinos de 19 pessoas, impunes dez anos depois do crime? É apenas um detalhe. Se os militares tivessem violado o sigilo bancário de algum caseiro, remunerado pelo bloc PSDB-PFL, ja estariam todos presos. E apanhando.

Um comentário:

Marco Aurélio disse...

Reinaldo

Obrigado por ajudar a lembrar daquele dia fatídico em Eldorado dos Carajás onde 19 homens foram brutalmente assassinados por 155 policiais.

Um abraço

Marco Aurélio