Em carta, Saulo pede desculpas à Assembléia
A retratação veio por carta. Essa foi a saída do secretário da Segurança Pública de São Paulo, Saulo Abreu, para contornar a crise aberta na Assembléia Legislativa por seu comportamento ao depor na Comissão de Segurança. "O Saulo causou um grande constrangimento entre o Legislativo e o Executivo", disse o presidente da Casa, Rodrigo Garcia (PFL).
No texto, Saulo diz que "se, porventura, alguma colocação foi interpretada como descumprimento do decoro ou desrespeito ao Poder Legislativo, consigno que de minha parte assim não recepcionei". Disse ainda que sempre manifestou "enorme respeito por esse Poder".
Para o corregedor da Assembléia, Romeu Tuma Jr (PMDB), e para o líder do PT na Casa, Ênio Tatto, a carta não basta. A oposição continua pedindo a cabeça do secretário. "Ele não tem mais equilíbrio para exercer a função", afirmou Tatto. Em evento ontem no Palácio dos Bandeirantes, Lembo saiu em defesa de Saulo e garantiu que nunca cogitou sua saída.
Na terça-feira, Saulo bufou, batucou na mesa, questionou a masculinidade de deputados e se recusou a dar informações sobre o combate ao PCC. Disse várias vezes que tinha "mais o que fazer". Tudo isso diante de uma claque de 150 oficiais da PM e delegados, além de um ruidoso grupo de 50 pessoas à paisana, provavelmente policiais civis, que deveriam estar trabalhando.
Um dos momentos da sessão mais comentados pelos deputados é aquele em que Saulo se ergueu contrariado, com as mãos para o alto, deu uma volta às gargalhadas e sentou-se de novo. O episódio está sendo chamado de "dança do PCC".
09 junho, 2006
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