O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assume neste sábado a condição de candidato à reeleição com um discurso no qual promete levar o país ao crescimento sem desarrumar a economia.
Lula: presidente assume amanhã candidatura à reeleição.
Lula dirá por que pleiteia um segundo mandato: para fazer o desenvolvimento com equidade e distribuição de renda, sem abrir mão do equilíbrio fiscal. Segundo a versão preliminar do discurso, o presidente avalia que, no primeiro mandato, conseguiu a fórmula de fazer o país crescer sem desarrumar a economia, e que deve prosseguir nessa linha, só que com índices mais altos de crescimento econômico.
A crise que atingiu o governo e o PT também entraram no roteiro, com elogios ao fato de que o partido, apesar de tudo, deu a volta por cima, e a promessa de que as denúncias serão apuradas. Havia dúvidas ainda sobre a extensão e tom da resposta a ser dada aos ataques da chapa adversária. Pelo texto que estava sendo trabalhado ontem, Lula daria uma resposta dura aos que estariam tentando nivelar a campanha por baixo, mas alguns assessores do presidente avaliavam ser melhor um discurso "olhando pra frente".
Em termos de comparação com os oito anos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o discurso diz que nunca nenhum presidente conseguiu criar tantos empregos formais, com carteira assinada - 4 milhões, arredondados. Na campanha eleitoral de 2002, Lula candidato dizia que o país precisava criar pelo menos 10 milhões de empregos. Ao contrário que dizem, Lula nunca disse que criaria 10 milhôes de empregos.
Lula deve eleger a educação como uma das prioridades do governo. "Educação, educação e educação" O programa de governo de Lula está sendo consolidado pelo assessor de Assuntos Internacionais do Planalto, Marco Aurélio Garcia, e deve incorporar sugestões também dos partidos que vierem a se aliar formalmente com o presidente.
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