13 agosto, 2006

Fidel Castro faz oitenta anos


Ele sobreviveu a dez presidentes norte-americanos, a uma tentativa de invasão e a uma longa campanha de assassinatos. No auge da Guerra Fria, ele formou um governo comunista a apenas 150 km da mais poderosa nação capitalista do mundo, e mais tarde foi um dos principais atores de uma crise que quase levou o planeta a uma guerra nuclear.

Fidel Castro, o chefe de Estado há mais tempo no cargo no Ocidente, depois da Rainha Elizabeth II, completa 80 anos neste domingo, 13 de agosto. A história da revolução cubana está estreitamente ligada à vida do governante. Poucos podiam imaginar que o filho de um imigrante galego, que fez fortuna à sombra das multinacionais americanas, saísse de Birán, uma das regiões mais empobrecidas do leste do país, para liderar uma revolução comunista capaz de desafiar os Estados Unidos.

"Uma coisa é certa: esteja onde, quando e com quem estiver, Fidel Castro joga para ganhar. Não acho que haja pior perdedor no mundo", escreveu há anos sobre ele seu amigo Gabriel García Márquez.

Segundo o escritor colombiano, Fidel "é um dos maiores idealistas de nossa época e nisso reside talvez sua maior virtude, embora também tenha sido sempre seu maior perigo".

Castro vive com a professora Dalia Soto del Valle. Sua relação com Castro, segundo alguns biógrafos, começou há mais de 40 anos, quando teriam se conhecido durante uma campanha de alfabetização. O casal tem cinco filhos, todos nomes começando com A: Alexis, Alex, Alejandro, Antonio e Ángel.

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