O ex-presidente do Paraguai Alfredo Stroessner morreu nesta quarta-feira em Brasília.
Stroessner, de 93 anos, governou o Paraguai entre 1954 e 1989 e estava exilado no Brasil desde que foi retirado do poder, em fevereiro de 1989, em um golpe liderado pelo comandante do Exército paraguaio, general Andres Rodrigues.
O ex-presidente estava internado no Hospital Santa Luzia desde o mês passado com pneumonia e, nos últimos dias, respirava com ajuda de aparelhos, segundo informações de um porta-voz do hospital.
O ex-presidente enfrentava vários processos, a maioria por violações de direitos humanos. Várias organizações responsabilizaram seu governo por pelo menos 900 casos de assassinatos e desaparecimentos durante seu regime.
O deputado Rafael Filizzola, do Partido Solidário, de oposição, lamentou o fato de Stroessner nunca ter sido julgado.
"As vítimas que desapareceram, foram torturadas e mortas devem estar com a sensação de que não houve justiça (para o ex-presidente). Não se pode permitir que o corpo (de Stroessner) receba honras no Paraguai", disse o deputado.
Um ditador a menos. Se houver inferno, Alfredo Stroessner está lá. Já vai tarde.
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