O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, admitiu pela primeira vez em discurso nesta quarta-feira que a CIA (Central de Inteligência dos Estados Unidos) tem prisões no exterior.
Bush defendeu um programa da CIA para interrogar suspeitos de extremismo considerados importantes, dizendo que eles são uma fonte de informação vital, segundo a agência de notícias Reuters.
A admissão do presidente dos Estados Unidos de que a CIA mantém prisões secretas fora do país foi recebida com críticas por políticos de oposição a Bush, em países europeus - alguns dos quais serviriam de base para os centros clandestinos - e organizações de direitos humanos.
O Parlamento Europeu havia montado uma espécie de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar as denúncias, que surgiram no ano passado, e uma das deputadas à frente da investigação disse que as declarações de Bush faziam os governos europeus - que haviam negado a existência de tais instalações - parecerem ridículos.
A admissão de Bush também foi mal recebida por líderes islâmicos e organizações humanitárias.
Kenneth Roth, diretor-executivo da HRW, acusou a CIA de usar tortura contra os prisioneiros. "Apesar de o presidente negar veementemente, os Estados Unidos já usaram métodos como a simulação de afogamento, que só podem ser chamados de tortura", afirmou.
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